Elias Ressuscita o Morto
Por Pastor Hal Mayer
Queridos amigos,
Bem-vindos ao Ministério Guarde a Fé. Obrigado por me acompanharem hoje na continuação do estudo da vida de Elias e do impacto que ele causou em sua época. Temos um trabalho maravilhoso, mas desafiador, para fazer nos últimos dias como terceiro Elias. Os que seguem a lei de Deus serão testemunhas poderosas contra um mundo que cresce em maldade e rebelião.
Ao nos aproximarmos do fim de 2013, oro para que as bênçãos de Deus repousem sobre vocês e que sua fé cresça cada dia mais. Ao abrirmos o ano novo, vamos renovar o compromisso de seguir a Cristo todos os dias, vivendo por Sua lei e compartilhando Sua palavra com outros.
Acabe foi o último de sete reis que gradualmente afundaram Israel. Um continuou a partir de onde o anterior parou, levando avante a apostasia e a rebelião. Este princípio também é verdadeiro no fim dos tempos. Em nossos dias, líderes, não importa de qual tendência política, continuam fazendo o mesmo.
Apenas pensem nisso. Cada vez mais, temos líderes em nações ocidentais ou desenvolvidas que abrem mão de princípios sociais e morais que Deus estabeleceu para nosso bem e proteção. Como nos dias de Elias, cada geração sucessiva de líderes é pior que a anterior, ao minar as constituições e leis que tornaram a nação forte. Mais e mais eles abrem a porta para a pressão de grupos que querem mudar definições quanto ao casamento, ao significado da vida, ao lugar das drogas recreativas, e muitas outras coisas.
E as igrejas não ficam muito atrás. Aliás, à medida que a nação se torna mais liberal e determinada a seguir um caminho profano, líderes de igrejas também parecem descer degraus. É como se as igrejas estivessem levedadas pelo mundanismo da sociedade que compõe seus membros. E à medida que muitas igrejas cedem mais e mais, a sociedade é arrastada para baixo ainda mais.
Antes de continuarmos, oremos pela guia e entendimento vindos de Deus ao estudarmos as Escrituras. Por favor, curvem a fronte comigo se puderem … Pai nosso que estás nos céus, obrigado por Tua sabedoria e amor. Precisamos muito disto hoje ao tentarmos discernir nossos tempos. Obrigado por enviar o Teu filho para morrer por nós na cruz. Que preciosa oportunidade para encontrarmos a salvação e andarmos com Deus. Em uma era de rebelião, que sintamos uma dor profunda e genuína pelos pecados do povo e da nação. Em uma era de apostasia, que possamos, assim como Elias, nos compadecer profundamente pela salvação das pessoas. Em uma era de ilegalidade, que possamos encontrar poder para sermos testemunhas vivas da adoração ao Deus verdadeiro e da obediência à Sua lei. Ao estudarmos hoje, por favor, ajuda-nos a entender o propósito de Deus para Seu povo nos últimos dias. Em nome de Jesus, amém.
A corrida em direção ao fundo do poço está ficando mais veloz assim como no tempo de Acabe. Por exemplo, mais e mais nações estão adotando leis que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A questão chegou a um ponto em que é quase impossível resistir à pressão de transigir e colocar a nação em uma posição de risco diante de Deus. Mas as nações também estão operando para legalizar drogas de rua, as quais tornaram-se predominantes na sociedade. Tentam legalizar jogos de azar, prostituição e todo tipo de tramas para desfigurar a imagem de Deus no homem. Crimes e assassinatos estão por toda parte. Fico chocado quando leio sobre os terríveis crimes cometidos pelos ímpios. É como se estivéssemos vivendo no tempo sobre o qual Judas escreveu em sua epístola, nos versículos 14-16 narrando a profecia de Enoque.
“E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele. Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse.”
Amigos, agora abram comigo suas Bíblias em Amós 8:11. Ouçam as palavras deste importante profeta: “Eis que vêm dias, diz o Senhor DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR.”
Notem que o profeta usa o símbolo da fome para descrever como é não ter a palavra do Senhor. Quando uma nação ou igreja dá as costas à palavra de Deus, cai em sérios problemas. E o texto está falando dos últimos dias nos quais estamos vivendo. Será que há uma fome de ouvir a palavra do Senhor? Será que há uma seca espiritual entre aqueles que professam ser o povo de Deus? Lembrem-se de que uma seca espiritual não é facilmente vista pelas pessoas da igreja. Elas pensam estar bem, quando na realidade não estão.
Notem que nos últimos dias haverá o mesmo problema que Elias enfrentou em seus dias. A rebelião dos reis de Israel, o reino do norte, e especialmente Acabe e Jezabel, entristeceram o Espírito de Deus. Isto deixou a nação com fome espiritual e abriu a porta a todo tipo de pecado. Por isso Deus trouxe uma fome de pão e água como uma ilustração da fome espiritual da palavra de Deus.
Quando Elias entrou em cena, a nação encontrava-se em total rejeição aos princípios do céu. Acabe e Jezabel tinham virado as costas a Deus e erigido altares a Baal e Astarote em muitos lugares. Eles tinham suprimido e proibido a prática da verdadeira adoração a Jeová. Pressionaram o povo a deixar para trás o Deus de seus pais e seguir a Baal. Perseguiram os que defendiam a lei de Deus e Sua verdadeira adoração.
Eles estavam determinados a exterminar a odiosa seita daqueles que guardavam a lei de Deus. Muito antes disto, os sacerdotes e levitas foram demitidos de seus trabalhos. Eles sabiam que não podiam sobreviver em Israel sem o apoio dos dízimos e das ofertas, então deixaram suas terras, lares e posses e foram em direção ao Sul, para Judá, onde puderam continuar o trabalho para o Senhor.
Então, Acabe e Jezabel procuravam meios para acabar com qualquer oposição aos seus planos. Hoje há certos grupos de pessoas que querem fazer o mesmo. Essas são as pessoas que, por exemplo, estão determinadas a normalizar o estilo de vida homossexual. Elas também querem limitar a liberdade de expressão para que ninguém possa falar livremente contra seu estilo de vida ou planos. Querem leis que exijam que escolas ensinem o seu estilo de vida às crianças. Alguns países já têm leis que criminalizam aqueles que ensinam a verdade bíblica acerca da visão de Deus sobre o estilo de vida homossexual.
Acabe e Jezabel eram muito liberais e queriam que tudo quanto Deus proibira fizesse parte da sociedade. Eles fizeram tudo quanto puderam para impedir o povo de cumprir suas obrigações para com Deus, incluindo a perseguição de obreiros bíblicos de Deus, conhecidos como profetas do Senhor. Eles estabeleceram uma sociedade que seria muito perigosa para qualquer um que protestasse contra sua depravação. Estabeleceram um sistema de espionagem para encontrar esses traidores. E quando os encontravam, eles eram executados pela chamada “traição”. As coisas ficaram tão ruins que estes profetas do Senhor tiveram que se esconder em uma caverna.
O povo de Deus sempre encontrou refúgio e consolo em lugares isolados. Os ambientes naturais são também bons locais de treinamento para o caráter. Elias, por exemplo, provinha das áreas montanhosas de Gileade. Seu treinamento em meio à natureza foi perfeito para ele entender a Deus. Se ele vivesse em Samaria, teria sido contaminado pelo prevalecente rumo da sociedade.
João Batista também foi um homem do deserto. Ele conheceu a Deus através da natureza, algo que ele nunca poderia ter feito em Jerusalém ou em qualquer das outras cidades de Israel e Judá. Os mesmos princípios são válidos hoje para aqueles que constituem o terceiro Elias. Os que têm a melhor oportunidade de conhecer a Deus e tornarem-se Seus amigos são aqueles que vivem em áreas rurais em contato com o segundo livro de Deus: a natureza.
E quem é o terceiro Elias? Bem, são os mensageiros de Deus que hoje levam o testemunho direto e o conselho da Testemunha Verdadeira. Vejam Apocalipse 3:14. O primeiro Elias tinha o trabalho de confrontar a apostasia quase universal e restaurar a verdadeira adoração a Deus naquela terra. O segundo Elias, ou João Batista, preparou o caminho para o primeiro advento do Messias por meio de uma mensagem de reavivamento e reforma em meio à prevalecente apostasia. Ele também motivou o povo e a igreja a restaurar a verdadeira fé como preparação para a chegada do Messias.
O terceiro Elias tem a mesma obra dos dois anteriores. Ambos tiveram a responsabilidade de confrontar a apostasia e de restaurar a verdadeira adoração a Deus nas nações. O terceiro Elias sustentará o verdadeiro sábado de Deus diante do desprezo quase universal por ele. O santo sábado do sétimo dia tem sido pisado pela maioria das pessoas. A lei de Deus não significa muito para elas. Mesmo assim, esta era a meditação do rei Davi o dia inteiro: “Oh! quanto amo a tua lei!” disse ele. “É a minha meditação em todo o dia.” Salmo 119:97.
O amor de Elias pela lei de Deus o levou, sob a unção do Espírito Santo operando em sua personalidade e caráter, a fazer coisas que mais ninguém estava disposto a fazer. Mas ele tinha um preço a pagar. Teve que ficar isolado da sociedade durante um bom tempo junto ao ribeiro de Querite. Vocês acham que ele queixou-se de estar a sós? Acho que não. Ele tinha a companhia de Deus. Ele podia orar e meditar sobre o propósito de Deus para Seu povo. Podia implorar pelo reavivamento da verdadeira adoração a Deus e por uma mudança no espírito do governo e nas leis opressoras que este impunha.
Finalmente, quando a fome aumentou e o ribeiro de Querite secou, Elias foi enviado à cidade sidônia de Sarepta. Ali descobriu um desesperado lar imerso em pobreza e necessidade, prestes a perecer. A viúva rendera as esperanças, mas Deus interveio miraculosamente, e sua lamentável e escassa comida tornou-se um suprimento duradouro de alimento para a sua casa. Elias, a viúva e seu filho sobreviveram quando todos morriam de fome. Vocês acham que isso acontecerá nos últimos dias? Acredito que seja inevitável. Do jeito que as coisas estão, suspeito que as consequências não serão tão diferentes.
Mas o povo de Deus será preservado assim como Elias. A dieta de Deus para Seu fiel profeta naquele pequeno lar era simples, porém saudável. Era vegetariana, e na verdade vegana. Notem que enquanto ele esteve no ribeiro de Querite, aqueles corvos trouxeram-lhe pão e carne. Ele não estava em uma dieta vegetariana ou estritamente vegetal naquela fase anterior de seu ministério. Mas ao se aproximar do confronto com a apostasia, sua vida tornou-se cada vez mais simples. Sem dúvida, a dieta vegetal manteve sua mente clara e aguçada. Deus também estava tentando ensinar Elias. E através da experiência de Elias, Ele está nos ensinando a nos prepararmos para a semelhante crise relacionada à adoração que virá em breve. Temos que ser mais simples e limpos em nossos hábitos alimentares. Deixe as carnes e mude para uma dieta vegetal. Este é o exemplo de Elias para nós.
Imagine comer todos os dias por pelo menos um ano com um homem como Elias. Vocês acham que a viúva considerou isso um privilégio? Enquanto o rei de Israel e seus servos prediletos tentavam encontrar Elias para matá-lo, a viúva de Sidom, uma cidadã do próprio país de Jezabel, estava avidamente aprendendo acerca do verdadeiro Deus. Tenho certeza que ela também aprendeu a orar com Elias, pois Elias era um homem de oração. Ele provavelmente ensinou-lhe a orar a Deus. Que bênção deve ter sido para ela estar tão bem acompanhada.
Do mesmo modo, nos foi dado o privilégio de cear com Cristo, a melhor companhia de todas. Ele diz: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”, Apocalipse 3:20. Ao abrir a palavra de Deus com reverência, Cristo bate na porta do coração. Se deixá-Lo entrar, Ele fará com que você cavalgue sobre as alturas da terra e o sustentará com a herança de Jacó, Isaías 58:14. Ao honrá-Lo guardando Sua santa lei, Ele o preencherá com as riquezas de Sua graça. Você nunca mais será o mesmo.
Oh! Amigos, vocês não querem essa experiência? Eu quero. Não quero viver no mundanismo. Quero viver com Cristo. Quero que Sua palavra me preencha com alimento rico para a minha mente e coração. Aqui estamos em um período da história terrestre em que as nações estão espiando umas às outras, e seus próprios cidadãos estão coletando enormes volumes de dados digitais e criando um imenso mecanismo de vigilância para rastrear suas associações e atividades. Estão se intrometendo em suas vidas como nunca antes. O significado disto é importante, elas estão, em essência, ressuscitando os princípios da Idade Média, quando a Igreja Romana governava o mundo.
A Bíblia diz que por meio de toda esta cara infraestrutura eles estão se preparando para fazer guerra contra o Cordeiro. Ouçam Apocalipse 17:12-15: “E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta. Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis. E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas.”
É tudo pelo controle; tudo para forçar as nações a adorar e reverenciar um poder terrestre movido pelo próprio Satanás. A crise final da falsa adoração será semelhante aos tempos de Acabe e Jezabel. E será cruel! O povo de Deus será colocado sob o domínio de nações e governantes cujo propósito principal será forçá-los a praticar uma fé proibida pela lei de Deus.
Sobre o poder religioso romano, Apocalipse 13:7 diz: “E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.”
Trata-se aqui de uma religião global. É opressora, e o povo de Deus terá que esconder-se se quiser ser fiel a Deus, assim como os profetas do Senhor nos tempos de Elias.
Entretanto, ouçam o que Deus fará por Seu povo. Assim que Seus juízos forem derramados sobre as nações rebeldes e ímpias da Terra, Ele protegerá Seus fiéis. Lerei Isaías 26:20-21.
“Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos, e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira. Porque eis que o SENHOR sairá do seu lugar, para castigar os moradores da terra, por causa da sua iniquidade, e a terra descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais os seus mortos.”
As nações e igrejas farão tudo quanto puderem para impedir que o fiel exército de Deus, o terceiro Elias, dê o aviso final para sair de Babilônia (Apocalipse 18:4), busque a Deus e guarde Seu santo sábado e a lei dos dez mandamentos. Finalmente, embora eles estejam oprimidos e alguns sejam até mesmo mortos por sua fé, Deus os esconderá e protegerá dos Seus juízos.
Estas nações já acionaram as agências de espionagem e outras ferramentas para obterem total vigilância, e poderem finalmente eliminar os que são fiéis a Deus. Toda a espionagem, todas as câmeras e todo o equipamento que gerencia a organização e o processamento de dados estão sendo feitos às custas dos próprios cidadãos espionados. Eles estão criando o regime mais caro e opressor de toda a história. Hitler e suas tropas da SS teriam ficado orgulhosos deste sistema. Quando tudo isso for implementado para tentar impedir o povo de Deus de fazer o seu trabalho, vocês terão que estar sob a proteção de Deus.
Um líder continua a partir de onde o líder anterior parou. Um líder mina a Constituição e os direitos humanos de uma forma, e o próximo líder faz o mesmo de outra forma. O presidente George W. Bush, por exemplo, minou a Constituição americana ao praticar tortura em prisões secretas, detenções por tempo indefinido, tribunais em vez de julgamentos com júri, etc. Tudo em nome da guerra contra o terrorismo. Ele também fez estas coisas com cidadãos americanos, o que fere especialmente a Constituição. Estas, a propósito, são todas características da Inquisição da Idade Média. Em outras palavras, o presidente Bush restaurou métodos antigos de injustiça que a Constituição americana foi designada para impedir.
Agora, o presidente Barak Obama mina a Constituição americana de outra forma. Ele está especialmente envolvido na redistribuição das riquezas e em eliminar da sociedade a classe média, a qual tem sido um baluarte contra a tirania. Ao fazer isso, ele prepara o caminho para que um líder poderoso assuma o papel de comando. Ele também está preparando o alicerce para o ataque final contra a liberdade religiosa através da nova lei do sistema de saúde, exigindo que as empresas aprovem medidas que alguns empresários não podem acatar conscientemente. Ou eles fecham seus negócios completamente, ou reduzem as horas de seus empregados para meio período, para não terem que pagar por coisas que sua fé não lhes permite que façam.
A própria nova lei do sistema de saúde fere a Constituição ao exigir que pessoas de fé que têm certas convicções desobedeçam esta lei se quiserem ser fiéis à sua consciência. Isso soa como algo familiar? Será que chegará o tempo em que vocês terão que desobedecer a lei do país se quiserem ser fiéis a Deus? Uma vez estabelecida, a intrusão em assuntos religiosos expandirá para outras coisas, incluindo a observância do domingo e outros assuntos religiosos.
O que o próximo presidente fará é incerto, mas independente de seu partido, levará este processo avante. Parece que isto acontece de forma desconexa. Cada questão que prejudica a Constituição pode não parecer ligada às outras. Mas gradualmente, com os diversos partidos políticos que conduzem os Estados Unidos, uma nova ordem social está sendo formada e a maior parte das pessoas nem percebe. Com o tempo, todas estas peças do quebra-cabeça serão encaixadas, e um dia acordaremos e perceberemos que nossos direitos e liberdades se foram, e que estamos vivendo em um estado de vigilância total, que tem o poder de impor seus decretos e leis às pessoas de forma opressiva.
Não devemos temer a nova ordem se estivermos em Cristo. Outros já passaram por isso antes. Sofreram e até mesmo entregaram a vida por amor à sua consciência. Há nações que já são assim. A questão é que os Estados Unidos e as nações da Comunidade Britânica do mundo desenvolvido foram estabelecidos sobre princípios completamente diferentes. Foram fundados sobre o princípio da liberdade. Foram construídos com uma estrutura legal que tinha o propósito de impedir coisas como as que estamos vendo agora. Mas por fim, como predito na Bíblia, eles sucumbirão a uma religião global.
Os anjos estão detendo os ventos da contenta até que todos os detalhes sejam revistos e testados, os erros acertados, os defeitos corrigidos e as brechas reparadas. Então, uma crise enorme virá sobre o mundo inteiro, que deixará os “homens desmaiando de terror”. Quando isso acontecer, todas as proteções à liberdade que estão sendo gradualmente suprimidas serão finalmente deixadas de lado, e o povo de Deus será lançado no crisol da crise. Serão acusados do mesmo modo que Elias foi de ser perturbador de Israel. Eles serão acusados de ser a causa de calamidades e desastres que atingirão especialmente as cidades das nações.
Mais uma vez, se estivermos em Cristo não temeremos estas coisas, mas poderemos entendê-las claramente para ajudar outros a escaparem das garras de Satanás. O terceiro Elias terá convicção e senso do dever para com o Deus do céu, o Deus de Elias.
Este é o verdadeiro sentido do terceiro Elias. Como o profeta antigo, eles enfrentarão um governante furioso e igrejas decididamente em rebelião. Enfrentarão as leis da apostasia nacional e global e proclamarão o verdadeiro sábado de repouso que está na lei de Deus desde a criação. Como Elias, eles abrirão a Bíblia para almas famintas e explicarão a elas a vontade de Deus.
Oh! Amigos. Que sejamos parte disso. Seu destino eterno depende de suas escolhas atuais. Então, que vivamos para Jesus e aprendamos a amar a palavra de Deus. Que tenhamos entusiasmo por Sua lei e que sustentemos estes maravilhosos princípios de Seu reino. Preparemo-nos para nos tornarmos o terceiro Elias.
Agora voltemos à história de Elias para entender um pouco mais sobre viver em uma sociedade de total vigilância e o que Deus planeja fazer com Seu povo fiel durante esse período.
Após Elias ter vivido na casa da viúva por um bom tempo, Deus leva esta mulher ao mais profundo teste de sua fé. E ela realmente luta. Deus manteve a ela e seu filho vivos durante a fome, e agora o filho fica doente e morre rápida e inesperadamente.
1 Reis 17:17, 18: “E depois destas coisas sucedeu que adoeceu o filho desta mulher, dona da casa; e a sua doença se agravou muito, até que nele nenhum fôlego ficou. Então ela disse a Elias: Que tenho eu contigo, homem de Deus? vieste tu a mim para trazeres à memória a minha iniquidade, e matares o meu filho?”
Esta prova quase foi grande demais para ela suportar. Perdera o marido e a estabilidade financeira há algum tempo, e agora perde a única coisa que lhe restara. Este era seu único filho e seu conforto na solidão. Ela se pergunta se cometeu algum pecado, ou se talvez seu pecado passado de adorar a Baal seja a causa deste sofrimento. Ela foi muito hospitaleira ao profeta. Como podia ela ser recompensada com este terrível suplício, a morte de seu filho?
Pensem nisso por um minuto. O que vocês acham que Deus queria fazer deixando isto acontecer com ela? É importante entender que Deus permite que nossas possessões mais preciosas sejam tiradas de nós para aprendermos a buscá-Lo. Sua fé não era tão forte quanto poderia ser. Sua experiência não era tão rica quanto poderia ser. Às vezes Deus permite que soframos dor para abrir nossos olhos e vermos como permitimos que outros seres humanos tomem o lugar de Deus.
Deus nos abençoa para fortalecer nossa fé. Mas uma mudança negativa nas circunstâncias também pode ser Sua bênção. A adversidade ajuda-nos a buscá-Lo com orações mais fervorosas e pensar na vida para ver se há algo que não está em harmonia com a Sua palavra. Mas na dor e no sofrimento Deus nos abre do céu uma janela que de outra forma não apreciaríamos. Neste mundo, meus amigos, temos que regozijar, não importa o estado em que estejamos; se em prosperidade material e terrena, se em pobreza, se em dor, se em sofrimento.
O filho era o único conforto daquela mulher em sua viuvez. Era seu único filho. A querida viúva esperara que seu filho morresse de fome, um destino muito pior do que morrer de doença. Mas ele fora salvo miraculosamente pela chegada de Elias. Agora, a morte de seu filho encheu-a de dor por parecer-lhe tão desnecessária. Será que ela se esqueceu das bênçãos que recebera e dos milagres que aconteceram e continuavam acontecendo? Quão fácil é para nós esquecer o que Deus tem feito por nós em meio a uma terrível prova. Somos rápidos em culpar a Deus quando as coisas não vão bem para nós. Mas muitas vezes é Deus quem traz tanto as bênçãos da prosperidade quanto as bênçãos da adversidade.
Esta mulher tinha todas as expectativas de que Deus lhe faria bem. Afinal de contas, ela tinha cuidado de um grande profeta do Senhor. Ela provavelmente lavou sua roupa, limpou seu quarto e também fez seu pão todas as manhãs. Fora empregada para sustentá-lo e tinha fortes razões para pensar que seria protegida do mal e do perigo. Mas ela perde seu filho pela morte. Imaginem o choque e as frustradas expectativas. Daria ela agora as costas a Deus?
O problema inesperado e repentino levou-a a falar precipitadamente e a contender com Elias: “Que tenho eu contigo, homem de Deus?” “Não tomei conta de você e dei-lhe um lugar em minha casa? Não fui obediente às suas instruções e às instruções do Seu Deus?” Dá para ver como ela se sentiu. Ela basicamente culpa Elias e, consequentemente, o Deus de Elias pela morte de seu filho. Para ela, Elias era representante de Deus, e perguntou em angústia se seus pecados eram tão grandes que nem mesmo seu serviço na causa de Deus poupou-lhe a punição. Cometera ela algum pecado pelo qual teria que agora pagar o preço? Muitas vezes as pessoas pensam desta forma quando passam por adversidades. Pensam que Deus as está punindo por algum grande pecado em suas vidas. A adversidade é um dos meios pelos quais Deus nos leva a nos arrependermos de nossos pecados, mas este não é o único motivo das adversidades. Jó passou por severa adversidade embora não ofendera a Deus.
Mas agora, em sua extrema angústia, a viúva tenta de tudo para encontrar alguma razão para a doença fatal. Ela pareceu esquecer-se das bênçãos e misericórdias demonstradas por Deus, e sua fé foi profundamente provada. Mas isto é mais que uma prova de fé. Pensemos com mais profundidade sobre o terrível suplício que ela estava passando.
Deus estava conduzindo esta mulher aos Seus caminhos secretos. Intencionava mostrar-lhe algo de Si mesmo que ela jamais entenderia a menos que passasse por esta prova. Agora ela compreenderia, em escala reduzida, o mistério da separação entre Deus e Seu filho unigênito, Jesus Cristo, ao carregar sobre Si o peso do mundo inteiro lá no Getsêmane. Ele mostrou a esta mulher um pouco da dor que Ele sofreria quando Cristo tomasse sobre Si todos os pecados que já foram cometidos e que serão cometidos e pelos quais houve arrependimento. Ela nunca poderia entender plenamente a dor da separação entre o Pai e o Filho quando Cristo esteve na cruz, mas pela perda de Seu próprio filho, teria um pequeno vislumbre disso.
Pensem nisso meus amigos. Elias foi capaz de mostrar a esta mulher da nação pagã de Sidom algo que não podia mostrar a seu próprio povo em Israel. Mostrou-lhe um vislumbre do amor de Deus pelo mundo perdido, especialmente por aqueles que estavam afastados, assim como ela.
Oh! Meus amigos. Deus ama vocês. Ele ama seus semelhantes. Ama aqueles que estão próximos e têm entendimento da Sua verdade, mas Ele também ama aqueles que estão longe dela. Ele deseja usar vocês para alcançá-los. Deseja usar vocês como Seu terceiro Elias para compartilharem os sofrimentos das pessoas e ajudá-las a entender o amor de Deus e a necessidade de se arrepender e preparar para a vinda do Senhor nas nuvens de glória.
Antes de culpar a mulher por sua reação para com Elias, lembrem que ela foi especialmente honrada por Deus. Sua conexão com o profeta e com o favor especial de Deus em providenciar farinha e azeite todos os dias para ela e seu filho pode ter levado seu coração a se exaltar acima do correto. Ela pode ter se orgulhado de sua prosperidade; ao seu redor pessoas passavam fome e morriam. Esta aflição a manteria humilde e dependente de Deus.
Neste mundo, somos muitas vezes grandemente abençoados por nosso Pai celestial, que é muito, muito bom para nós. Ele manifesta-Se a nós todos os dias com as bênçãos do céu. Tudo o que temos que fazer é abrir os olhos e olhar ao redor. Apesar disso, temos que estar preparados para as eventuais censuras e repreensões da providência de Deus. Aquilo que pensamos ser forte e inabalável é, na verdade, vacilante e passageiro. Portanto, temos que regozijar em tempos de bonança, tendo em vista que também temos que regozijar nos chamados tempos “ruins”, quando a providência de Deus toma um rumo diferente.
É fácil ser forte e estar feliz quando as coisas vão bem, mas a aflição, “tocando-te a ti, te perturbas”, Jó 4:5. É na aflição, entretanto, que devemos ter mais confiança em Deus do que em tempos de bonança. É durante a aflição que temos que repousar nossa fé mais firmemente nas mãos do nosso Salvador. É durante a aflição que temos que confiar fervorosamente na providência de Deus. E é na aflição que devemos nos regozijar com mais fervor ainda em Seu amor.
Elias ficou angustiado pelo menino e com o coração partido pelas lágrimas e dor da mãe. Também sentia a aflição. Foi tocado por seus sofrimentos. Neste aspecto, Elias é um tipo de Cristo. Ele sentiu a perda.
Elias, pelo poder de Deus, alimentou miraculosamente este jovem e sua mãe com pão, mas não o tipo de pão que prevenisse doença e morte. Era um pão temporal. Agora Deus, por meio de Elias, ensinaria uma importante lição para todos os tempos: que a vida humana não é tão importante quanto a vida espiritual.
Jesus disse aos apóstatas líderes judeus de Seus dias: “Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.” João 6:49–51.
Vejam que Elias estava para ensinar que a vida não consiste do pão temporal, e que o pão mais importante é o pão espiritual. O homem pode comer do pão espiritual e ter vida eterna. Este pão é a palavra de Deus, que é Cristo, o Verbo, que desceu do céu para sofrer uma morte cruel como substituto do homem. Cristo deu Sua carne, Sua vida pela raça humana caída. Entender Seu sacrifício na cruz é o meio pelo qual esse pão celestial nutre o pecador e restaura Sua vida eterna quando ele rende-se ao Seu poder. Ao estudarmos a palavra de Deus sob a influência do Espírito Santo, somos alimentados com este maná celestial. Jesus tem vida vinda do alto. Ao colocarmos nosso caráter terreno em harmonia com o caráter de Cristo, recebemos mais pão e alimento do céu.
Doença e morte temporais não são nada comparadas a doença e morte espirituais. Deus deixou esta criança morrer para que Elias mostrasse a esta mulher o verdadeiro milagre. O milagre do pão temporal não importava tanto, mas sim o milagre da vida em Deus. Ele usou Elias para miraculosamente restaurar o morto à vida, símbolo adequado da cruz de Cristo.
1 Reis 17:19: “E ele disse: Dá-me o teu filho. E ele o tomou do seu regaço, e o levou para cima, ao quarto, onde ele mesmo habitava, e o deitou em sua cama.”
Elias não discute o problema com a mulher. Ele não se defende e não defende a Deus. Ele não tem a resposta. Confia em Deus, mas está profundamente perturbado por esta terrível virada de circunstâncias. Ele não diz nada, pois não tem nada a dizer. Não pode consolá-la. Não pode pregar para ela. Não pode arrazoar com ela. Às vezes, meus amigos, é assim que acontece na vida. Não há nada que se possa dizer, a não ser manter a boca fechada na presença de alguém que esteja passando por tanta dor e agonia. Como Elias, tudo o que se pode fazer é levar o problema a Deus. Oh! Quantas vezes esquecemos que devemos ir a Ele em toda prova e em toda emergência.
Ouçam esta simples declaração de Ciência do Bom Viver, página 48: “Em toda emergência devemos buscar auxílio dAquele que tem à Sua disposição ilimitados recursos.” E esta promessa é tanto para vocês quanto foi para Elias. Memorizem. Meditem. Repitam várias vezes.
Elias simplesmente pede que ela traga o filho. Ele tem um cômodo para si no sótão, no segundo andar da casa. Talvez fosse bem embaixo das telhas, como sótãos geralmente são. Neste sótão ele podia permanecer escondido durante muito, muito tempo, e espiões não poderiam vê-lo. Alguém pode se perguntar se este sótão já estava lá quando Elias chegou, ou se teve que ser especialmente construído para ele. De qualquer forma, foi dedicado ao profeta e não era somente um lugar especial para dormir e guardar algumas coisas. Era seu lugar especial de oração. Era um altar ao seu Deus.
Meus irmãos e irmãs, vocês têm um lugar especial em seus lares que é um altar para o seu Deus? Há um lugar aonde vocês podem ir para orar e pedir a direção de Deus, e levar seus problemas, dores e sofrimentos? Oh! Amigos, isso é muito importante. Levem todas as suas ansiedades ao seu Pai celestial. Não tentem resolver seus problemas sozinhos. Vocês precisam da Sua sabedoria e graça para tudo e, especialmente, em toda emergência.
Elias leva o menino para o próprio quarto e deita-o em sua própria cama. Então ele implora humildemente a Deus para que a criança seja restaurada. Ele ora para que o fôlego retorne ao corpo da criança para que ela possa viver novamente.
Ouçam a oração de Elias no versículo20: “E clamou ao SENHOR, e disse: Ó SENHOR meu Deus, também até a esta viúva, com quem me hospedo, afligiste, matando-lhe o filho?”
Pense no que está incluso na oração de Elias ao raciocinar com Deus: “Veja o que esta mulher fez por mim”, ele ora. “Ela cuidou de mim. Ela me escondeu e protegeu dos espias, me alimentou com pão e água. Nutriu-me, socorreu-me, e cuidou de todas as minhas necessidades temporais. Estou aqui provisoriamente com ela porque Tu me enviaste. Certamente tomaste tudo isso em consideração, e mesmo assim permitiste que esta criança, seu único filho, morresse. Quem sabe até tiraste-lhe a vida de propósito. Por que, meu Deus, fizeste isto com esta viúva que já se encontra aflita por sua viuvez? Tu és o Deus das viúvas e dos aflitos. Como podes permitir que mais este terrível sofrimento venha sobre ela? O que os outros pensarão? Esta viúva é minha maior benfeitora. Será que outros ao ouvirem acerca disto terão medo de hospedar-me porque onde estou, trago morte? Todo Israel está morrendo por causa da palavra que deste-me para proclamar a Acabe sobre a retenção da bênção da chuva. Agora, até mesmo os estrangeiros são afligidos de morte com a minha presença.” Embora estas não sejam suas exatas palavras, uma cuidadosa análise do que Elias disse envolve todas estas ideias.
Agora, eis o restante da oração de Elias, no versículo 21: ”Então se estendeu sobre o menino três vezes, e clamou ao SENHOR, e disse: Ó SENHOR meu Deus, rogo-te que a alma deste menino torne a entrar nele.”
Por que Elias se estende sobre o menino? Isso tem um enorme simbolismo. É como se ele estivesse tentando mostrar que gostaria de colocar seu próprio fôlego e calor no menino. Estava mostrando como se identificava com ele. Simbolicamente o cobriu estando sob inspiração divina e implorou a Deus por sua ressurreição. Este símbolo representa Cristo que veio a esta Terra para soprar vida novamente à humanidade, e oferecer um meio de escape do pecado, e ressurreição para a vida eterna.
O impulso divino de Elias se estender sobre o menino foi um sinal do que Deus faria por Seu poder e graça para ressuscitar almas mortas à vida espiritual. Se estiverem dispostas, o Espírito Santo se estenderá sobre elas, as cobrirá, e colocará vida nelas. Quando você, morto em ofensas e pecados, aceita a vida de Deus na própria alma, é restaurado à vida eterna em Cristo. É um ato espiritual e miraculoso de Deus!
Mas ainda há outras camadas de simbolismo. Elias cobriu o corpo do menino com seu próprio corpo, mão com mão, pé com pé, coração com coração. Da mesma forma, espiritualmente falando, não foi isso que Jesus fez por nós ao tornar-se um com a raça humana? Ele tomou nosso corpo, nossas mãos, nossos pés e nosso coração. Identificou-se completamente conosco e entrou em nossos sofrimentos e dores. Ele até mesmo entrou na nossa morte para que tivéssemos vida eterna. Elias simbolicamente entrou na experiência desta criança ao estender-se sobre ela três vezes, assim como Cristo entraria na experiência da raça humana. Lembrem-se, Elias não foi um homem de muitas palavras, ele era um homem de ação. O ato inspirado de Elias ilustra a plenitude da humanidade de Cristo e Sua unidade com a raça humana.
Cristo estava tão próximo da família humana que estendeu-Se na cruz e tomou nossa penalidade para que nós pudéssemos escapar da morte eterna. Mão com mão, pé com pé, coração com coração, Ele assumiu o nosso lugar completamente na cruz. Ele tomou a nossa penalidade para que pudéssemos ser espiritualmente restaurados da cabeça aos pés. Seu coração foi partido para que nossos corações fossem curados. Por causa do Seu sacrifício assumindo aquilo que, por justiça, deveria ser nosso, podemos ter o que era, por justiça, dEle.
Ouçam esta maravilhosa declaração da Review and Herald, de 21 de março de 1893: “O Redentor do mundo foi tratado como nós merecíamos, para que nós pudéssemos ser tratados como Ele merecia. Ele veio ao nosso mundo e tomou nossos pecados sobre Sua própria alma divina, para que pudéssemos receber Sua justiça imputada. Ele foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não teve participação alguma, para que pudéssemos ser justificados pela Sua justiça, na qual não tínhamos participação alguma. O Redentor do mundo entregou-Se a Si mesmo por nós. Quem era Ele? A Majestade do céu, derramando Seu sangue sobre o altar da justiça pelos pecados do homem culpado.”
Mas há mais. Elias, que já era um homem de oração, implorou a Deus que restaurasse a vida deste menino. Elias implorou a Deus que o revivesse. Vocês acham que nós, como terceiro Elias, temos que implorar a Deus para reviver Seu Espírito em nossas vidas, nossos lares, nossas escolas, nossas comunidades e nossas igrejas? Deus precisa que vocês implorem a Ele em oração pelas almas perdidas. Se não tiverem essa experiência, como Ele poderá operar? Mas quando fazemos isto, Ele operará para trazê-las de volta à vida. Oh! Meus amigos, esta é a sua obra. Esta é a minha obra. Devemos buscar os perdidos e clamar a Deus para atuar neles com Seu Santo Espírito, assim como Elias clamou a Deus pela ressurreição desta criança querida. Amigos, temos que nos tornar homens e mulheres de fervorosa oração ou não poderemos nos tornar parte do terceiro Elias.
Deus não tratou esta viúva da forma como ela merecia. Em vez disso, mostrou Seu amor por ela através desta profunda lição de perda e restauração. Ele mostrou a perda de Seu próprio Filho pela morte na cruz. Não sabemos se ela compreendeu a lição plenamente, mas os ensinamentos de Elias se estendem até nós hoje. Vocês acham que Deus permite que vocês passem pela dor, sofrimento e perda para ensinar-lhes acerca de Si mesmo, para que vocês possam entrar em Seus sofrimentos? Vocês passarão por isso, se fizerem parte do terceiro Elias.
A propósito, a palavra hebraica nephesh, traduzida por “alma” nestes versículos, aparece 700 vezes no Antigo Testamento, traduzida de várias formas. Mas nenhuma vez a palavra nephesh está ligada com, ou mesmo transmite a ideia de uma entidade imortal com uma existência consciente separada do corpo. A tradução por “alma” nesta passagem em particular pode enganar. Provavelmente poderia ter sido traduzida por “vida” como ocorre em outras situações. Por exemplo, mais tarde na mesma história, Elias pede ao Senhor que tire-lhe a vida, ou nephesh (1 Reis 19:4). Os tradutores usaram corretamente a palavra “life” para nephesh neste caso. “Vida” é o termo que mais está em harmonia com o que Elias está pedindo a Deus pela criança: “que a vida deste menino torne a entrar nele.”
Elias se estendeu sobre a criança três vezes e orou a Deus. Ele teve perseverança. E Deus responde à oração fervorosa e perseverante. Amigos, é vitalmente importante que entendamos isso. Às vezes Deus não responde nossas orações imediatamente porque Ele quer que sejamos mais fervorosos e aprendamos a perseverança. Isto é importante se vocês desejam expandir sua fé. Se vocês quiserem ter poder, terão que orar perseverantemente. Se quiserem ter influência espiritual, têm que orar perseverantemente. Se quiserem cumprir toda a obra do terceiro Elias, têm que orar perseverantemente.
Versículo 23: “E Elias tomou o menino, e o trouxe do quarto à casa, e o deu a sua mãe; e disse Elias: Vês aí, teu filho vive.”
Esta é a primeira vez na história que alguém trouxe um morto à vida. Isso nunca acontecera em Israel. Mas aconteceu a esta mulher fenícia que obedecera fielmente às instruções do Senhor. A ressurreição de seu filho aliviou-lhe de várias formas. Primeiro, ela foi aliviada da dor da perda. Segundo, ela foi aliviada dos sentimentos de culpa pelo pecado passado de adorar a Baal. Terceiro, ela foi aliviada da ideia de que o Deus do céu era vingativo como os deuses fenícios. E quarto, ela foi aliviada da preocupação quanto à presença de Elias.
Eis uma lição sobre o poder da oração e o poder dAquele que responde às orações. Percebam também que trata-se do poder dAquele que pode devolver a vida. Neste sentido, há outra lição espiritual. Quando estamos mortos em pecado, Deus é gracioso para conosco e estende Seu amor e perdão. E quando nos arrependemos recebemos perdão e somos restaurados a uma nova vida em Cristo. A criança que Elias ressuscitou dos mortos é um exemplo apropriado do que Cristo pode fazer na sua vida.
Imaginem a alegria dela! Agora, ao invés de lágrimas de dor, havia lágrimas de felicidade. O coração da viúva estava preenchido e seus pensamentos voltaram-se para Elias e seu Deus: “Então a mulher disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra do SENHOR na tua boca é verdade.” Isso está em 1 Reis 17:24.
Ela já sabia disso antes, mas de alguma forma a perda do filho a fez vacilar. A confiança da viúva em Deus foi restaurada e fortalecida pela ressurreição de seu filho. Sua fé é reavivada e ela reconhece o papel profético de Elias. Ela entregou-se à direção da palavra de Deus por meio do profeta. Ela é agora uma crente e uma adoradora do verdadeiro Deus de Israel; já não adora mais a Baal.
Tenham em mente que tudo isso aconteceu em Sarepta, uma cidade na fronteira de Sidom. A viúva manteve em segredo a presença de Elias. Nem a multiplicação milagrosa de farinha e azeite ficou conhecida. Se outros tivessem descoberto a presença de Elias, Acabe também o teria descoberto.
Elias não estava buscando louvor terreno. Estava mais interessando em fazer o bem do que em ficar conhecido por isso. E aparentemente o povo de Sarepta não percebeu nada de diferente dentro ou nos arredores da casa da viúva. Quem sabe ela vivia no final de uma rua escondida, por onde poucos passavam. Quem sabe ela também tivesse outros tipos de proteção visual como uma cerca viva ou algumas árvores que impediam que olhos curiosos espreitassem o que ela fazia. Não sabemos realmente como, mas Elias passou por Sarepta oculto e desapercebido. Mesmo a ressurreição do morto não chamou atenção. Foi uma dor reservada e uma alegria reservada. Era perigoso demais compartilhar com outros. Deus protegeu Elias de ser descoberto pelo tempo que viu ser apropriado manter a seca devastadora e mortal.
Na providência de Deus, Ele também protegerá aqueles que confrontam a apostasia em nossos dias. Ele usará Seu povo fiel, o terceiro Elias, para ensinar o caminho da salvação ao perdido, mesmo que perseguido por amor à justiça. Eles talvez tenham que se esconder em lugares solitários por um tempo. Talvez tenham que ir a terras estranhas. Talvez tenham que viver em circunstâncias desconhecidas, mas Deus sabe onde estão e os vigia com um cuidado especial. Em meio à apostasia quase que universal, Ele cuida do verdadeiro Israel. “Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel”, diz o Salmo 121:4. Esse é o nosso Deus, meus amigos. Ele nunca deixa passar nada; Ele sempre está ali; sempre desperto. Ele nunca dá as costas às almas fiéis que estão tentando fervorosamente fazer a Sua vontade.
E assim foi com Elias. Deus sempre esteve cuidando dele, quer junto ao ribeiro de Querite, sendo alimentado pelos corvos, quer sob o cuidado e hospitalidade da viúva. Todos estes estavam sob a direção de Deus e Lhe obedeceram. Vocês acham que Deus pode fazer isso hoje? Eu acho. Acham que Deus fará isso por vocês? Eu acho. Se a resposta for sim, então não têm que ter medo do amanhã. Não precisam temer a angústia que sobrevirá ao planeta. Não precisam temer perseguição ou a opressão patrocinada pelo Estado. Apenas continuem fazendo seu trabalho e adaptem-se às circunstâncias. Pode ser que tenham que trabalhar secretamente e, por algum tempo, precisem até mesmo se esconder dos poderes governantes. Mas Deus sempre os susterá, pois prometeu que “este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas.” Isaías 33:16.
Amigos, vocês tentam seguir o conselho do profeta? Ou ignoram o que o profeta diz e vivem dissolutamente? Muitos cristãos querem os benefícios e as bênçãos de Deus, mas não querem viver a vida ou “andar no caminho”, como se diz. Se vocês querem ser bem sucedidos em sua busca da vida eterna; se querem ser bem sucedidos em vencer o pecado; se querem ser bem sucedidos em tornarem-se o terceiro Elias, têm que seguir e obedecer ao conselho dos profetas. E nestes últimos dias, Deus proveu instruções inspiradas para nós. Vocês as seguem? Ou esquivam-se dos sacrifícios envolvidos?
Há mais uma coisa a ser observada acerca da morte da criança. Deus permitiu que isso acontecesse para aprofundar a fé da mulher nEle. Elias a deixaria em breve. Ao conduzi-la por este vale de dor e angústia, a ressurreição foi mais doce, e sua confiança no Deus de Israel ficou mais profunda e forte. Ela estava abundantemente satisfeita com Deus e nunca mais duvidaria de Seu amor. E ela continuaria a adorar e a obedecer ao Deus de Israel, mesmo quando o profeta não estivesse mais com ela.
Vocês acreditam no profeta mesmo que ele não esteja mais entre nós? Será que uma das razões pela qual Deus permite que passemos pela dor nesta vida seja para entendê-Lo mais profundamente? Penso que sim. Estou convencido disso. Deus ordena a dor e o sofrimento para que nos acheguemos mais a Ele. A dor é às vezes a melhor maneira para aprofundar nossa confiança e fé em Deus.
Notem que tudo isso estava acontecendo enquanto Elias estava exilado em uma terra estranha. Somos estrangeiros em terra estranha. Esta Terra não é o nosso lar. Mas somos forçados a viver aqui neste mundo cada vez mais perverso. Elias estava sendo perseguido pelos poderes da terra. Ele teve que se esconder. Mas Deus desta vez usou a necessidade de se esconder para ensinar à pecadora mulher fenícia, maravilhosas lições sobre um Deus amoroso desejoso de dar-lhe a salvação. Além disso, Ele também está nos ensinando. Teremos a mesma experiência se nos tornarmos parte do último Elias da história.
Elias é um homem de oração e, portanto, um homem de poder. Vocês podem ter o mesmo poder de Elias se com persistência pedirem a Deus. Isso é de suma importância se quiserem cumprir os princípios do terceiro Elias.
Amigos, vocês querem fazer parte do terceiro Elias? Querem que sua vida seja como a de Elias? Querem o poder que ele recebeu de Deus? Se querem, então vocês podem responder ao chamado de Deus de colocar suas vidas em harmonia com a vida do profeta. Façam isso hoje. Vocês podem não ter a inspiração direta que os antigos profetas tiveram. Mas o que Deus precisa é daqueles que O amam de todo o coração, e daqueles que amam os perdidos assim como Ele ama. Quando vocês sentirem o fardo da responsabilidade pela salvação das almas, seu zelo será de acordo com este entendimento e então não medirão esforços para salvar os que estão ao redor.
Oremos: Nosso Pai celestial, somos muito gratos pela história de Elias. Obrigado pelas lições nela contidas e pelas importantes instruções que há para nós em nossos dias. Oramos para que sejamos capazes de desenvolver semelhante persistência e fervor na oração. Estás tão disposto a fazer milagres hoje quanto estiveste no passado. Mas nós somos fracos em poder porque não agimos por fé e perseverante oração. Por favor, Pai, fortaleça-nos na fé e na oração. Que sempre voltemos nossos corações ao Mestre. Que sempre ministremos a todas as almas que pudermos encontrar. E guarda-nos fiéis até que Jesus venha nas nuvens de glória. Em nome de Jesus, amém.
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