O Adorno e o Caráter Cristão
Por Pastor Hal Mayer
Prezado amigo,
Bem-vindos ao Guarde a Fé. É maravilhoso saber que Jesus voltará em breve e que estamos vivendo no momento mais crucial da história deste mundo. Muito obrigado por estar conosco hoje e ouvir mais uma mensagem para o tempo em que vivemos.
Em primeiro lugar, quero dizer que agradeço muito por suas orações e por todo o apoio, que é tão importante para nós e para a causa de Deus através do Ministério Guarde a Fé. Visite o nosso website e acompanhe os Resumos de Inteligência Profética. Há muito mais informações disponíveis, muito mais do que poderíamos colocar no CD. São dados impressionantes.
Pode ser que seja de seu conhecimento que agora temos um palestrante associado. O Pastor Jeff Wehr é um grande pregador e possui um material excelente para nos apresentar. Decidi convidar um palestrante associado para conseguir atender a alguns convites que tive que recusar devido aos muitos compromissos agendados. O Pastor Wehr poderá atendê-los. Entre em contato com nosso escritório se desejar que ele vá pregar em sua região.
A mensagem de hoje é um pouco diferente das outras. Gostaria de compartilhar com você o que a Bíblia fala a respeito de um princípio que precisamos compreender nestes últimos dias. Vivemos no período mais importante da história deste mundo. Jesus em breve virá e devemos colocar de lado todo o orgulho e vaidade para que Seu Espírito Santo possa ser derramado sobre nós e possamos terminar a obra que nos foi confiada. Deus quer atuar através de nós para alcançar outras pessoas, portanto, a sua maturidade de caráter é a questão mais importante. Que Deus esteja conosco ao nos aproximarmos do fim do tempo da graça para que vivamos de acordo com os ensinos de Sua Santa Palavra.
“E vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua fornicação” (Apocalipse 17:3, 4).
Note a maneira como essa mulher está vestida. Ela usa cores lindas. Por que usa vestes coloridas? Por serem dissuasivas e ela pode usá-las para enganar o povo a não seguir a Cristo, mas a si mesma. Parece muito bonita, mas é suja e detestável, uma grande prostituta por cometer fornicação espiritual com os reis da terra. Em outras palavras, é uma igreja geopolítica com uma religião geopolítica. A prostituta pertence a Satanás.
Essa mulher com a religião mundial e o poder geopolítico é de domínio de Satanás, ou a igreja de Satanás. O verso cinco esclarece bem: “E na sua testa estava escrito o nome: MISTÉRIO, A GRANDE BABILÔNIA, A MÃE DAS PROSTITUIÇÕES E ABOMINAÇÕES DA TERRA.” É algo muito sério. Ela não é apenas uma prostitua espiritual, mas a mãe de todas as falsas igrejas que ensinam a falsa doutrina. Ela as ensinou como suas filhas a praticar a fornicação com os reis da terra. Se estiver prestando atenção, perceberá que os líderes do mundo estão sempre consultando líderes religiosos.
Nesses versos também vemos que a mulher é adornada com ouro e pedras preciosas. Já imaginou por que a Bíblia teria descrito a mulher com todos esses ornamentos e adornos? Creio que esse ponto é muito importante. Penso que Deus enviou uma mensagem ao povo da última geração que estaria atento aos sinais nos últimos dias. O fato de a mulher estar vestida e adornada dessa maneira é um aviso a todo o povo de Deus. Eles viverão da forma diametralmente oposta ao decidirem ser fieis a Cristo. Não seguirão as falsas doutrinas das igrejas impuras que são, de fato, filhas de Roma. Possuem a fé pura e um adorno natural. Afinal, são povo de Sua propriedade, não de Satanás.
Ouça os versos de Apocalipse 12:1 que descrevem a mulher pura, ou a igreja pura. “VIU-SE um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.”
Perceba o contraste entre essa mulher, ou a igreja de Deus, e a prostituta. São muito diferentes. Sim, suas descrições são simbólicas. Mas os símbolos utilizados são familiares às representações da nossa realidade. Aquela que possui a fé simples é apresentada com adornos simples, não com ouro, prata e joias feitas por homens, mas com o sol, a lua e as estrelas. Esses símbolos representam seu caráter, que é puro e incontaminado com a aparência do mundo. São representações claras do amor de Deus e do poder e das bênçãos do Céu. O povo de Deus expressará apenas o adorno interior do coração.
O povo de Satanás, porém, estará tomado pelo estilo de vida barato e sensual do mundo, incluindo sua música, os entretenimentos, o alimento e seus adornos. A Bíblia apresenta o contraste entre as duas igrejas porque o Pai celeste quer que fique claro que no coração pecaminoso existe o desejo de tornar a aparência exterior mais atrativa à natureza humana carnal.
A prostituta de Apocalipse 17 está envolvida com o espiritualismo. Suas joias fazem parte do sistema místico de adoração. Todo o sistema de culto pagão abrangia a adoração de divindades através do uso de ornamentos e enfeites que supostamente tinham poderes mágicos.
O Salmo 135:15 diz: “Os ídolos dos gentios são prata e ouro, obra das mãos dos homens.”
Portanto, ao colocarmos em nosso corpo ornamentos de ouro e prata feitos por seres humanos, estamos adorando a obra das mãos de homens. Fazemos, porém, ainda mais do que isso. Conferimos também certa adoração aos princípios de Satanás. De maneira semelhante, os protestantes que quebram o santo sábado de Deus e santificam o domingo também prestam homenagem a Roma, por ser ela a responsável por mudar o dia de adoração de sábado para o domingo para a maioria do mundo cristão.
A história das joias merece grande consideração, especialmente em relação às igrejas caídas e às pessoas que as apoiam.
Primeiro, é importante lembrar que a aliança de casamento tem suas raízes no espiritualismo. Os ocultistas deixam claro que sua história vem dos mistérios e segredos ensinados pelo ocultismo.
Se desejar pesquisar mais sobre esse assunto, acesse o nosso website e ao longo do texto deste sermão você encontrará links de artigos e livros que abordam esse tema.
Manly Palmer Hall, por exemplo, em seu livro ocultista, Secret Teachings of All Ages, menciona que o “anel de ouro (aliança de casamento)… representava a união do ser superior (deus) com o ser inferior (natureza) e a cerimônia que consumava essa indissolúvel união da divindade com a humanidade na natureza do místico constituía o casamento hermético dos Mistérios.”
Parece estranho, não acha? Essa citação faz referência ao espiritualismo. A aliança de casamento representa a eternidade e a imortalidade da alma, assim como várias divindades. Está ligada ao espiritualismo pagão.
The History and Poetry of Finger-Rings,
Os aneis eram utilizados entre os antigos egípcios, gregos e romanos para vários propósitos. A maioria deles estava relacionada ao espiritualismo. Entre antigos povos pagãos, todos os aneis eram mágicos e sagrados. Eram utilizados para adivinhar a sorte. Também estavam ligados às previsões do zodíaco. Os adivinhos da antiguidade usavam também aneis encantados para predizer o futuro. O uso do anel ligava-os ao poder e à energia que os habilitava a realizar mágicas, como predizer o futuro e curar doenças.
Divination and Enchanted Rings
Confira também Masonic and Occult Symbols Illustrated, Cathy Burns, página 300. (O texto não está disponível. Verificar a disponibilidade em livrarias).
Na Igreja Católica, a versão cristianizada do culto pagão e dos rituais ocultistas, o papa usa um anel de ouro com uma esmeralda caríssima ou outra pedra preciosa. É conhecido como Anel do Pescador e é o símbolo de sucessão do apóstolo Pedro, símbolo de autoridade papal. Na realidade, esse anel é uma mera adaptação do paganismo.
De muitas formas a Igreja Católica Romana usa aneis em suas cerimônias. Por exemplo, durante a liturgia oficial da consagração de um bispo, “aquele que o consagra ergue e abençoa o anel… depois asperge água benta sobre ele e, utilizando sua mitra, coloca o anel no dedo anelar da mão direita de quem é consagrado…” É um símbolo do casamento do sacerdote com a igreja.
O propósito de explicar tudo isso é para que você compreenda a imagem e o significado que a Igreja Católica confere ao uso do anel pelos sacerdotes. Além de ser um símbolo de casamento com a igreja, é um símbolo de sua posição e poder. O anel é muito importante para representar a autoridade papal. Os católicos que têm uma audiência com o papa beijam o anel como um símbolo de sua submissão à sua autoridade.
Apesar de sua origem pagã e das adaptações dentro do cristianismo, os aneis e outras joias são comumente usados pela sociedade sem qualquer consideração sobre seu significado.
Hoje em dia, homens e mulheres enfeitam o corpo com todos os tipos de obras de mãos humanas. Você já deve ter notado o aumento da utilização de piercings por todo o corpo. O uso de aneis corporais era comum nas sociedades antigas e nos cultos pagãos em geral.
Devemos, no entanto, compreender como Deus vê a questão do adorno exterior. Ouça o que Deus diz em Isaías 3:16-21. Falando a respeito de Seu povo apostatado, Deus ressalta que a forma como se adornam é uma evidência de sua apostasia.
Ao mencionar as calamidades que viriam sobre Judá, Sua igreja, Deus fala através de Seu profeta: “Diz ainda mais o Senhor: Porquanto as filhas de Sião se exaltam, e andam com o pescoço erguido, lançando olhares impudentes; e quando andam, caminham afetadamente, fazendo um tilintar com os seus pés. Portanto o Senhor fará tinhoso o alto da cabeça das filhas de Sião, e o Senhor porá a descoberto a sua nudez, Naquele dia tirará o Senhor os ornamentos dos pés, e as toucas, e adornos em forma de lua, os pendentes, e os braceletes, as estolas, os gorros, e os ornamentos das pernas, e os cintos e as caixinhas de perfumes, e os brincos, os aneis, e as joias do nariz.” Em seguida, no verso 26, Deus diz que “as suas portas gemerão e prantearão; e ela, desolada, se assentará no chão”.
Você quer se lamentar e ficar espiritualmente desolado? Claro que não. Quer a maturidade espiritual e a plenitude do poder de Deus em sua vida, não quer? A propósito, “olhares impudentes” são olhares que não têm pudor, atrevidos e sensuais. Note que a Bíblia também condena as joias do nariz.
Você já notou quantas joias as pessoas utilizam atualmente, como piercings, brincos, colares, braceletes, além de tantos outros? Você acha que o aumento do uso das joias pode ser um sinal do fim dos tempos? Um sinal de apostasia e rebelião?
Eis as palavras do profeta Jeremias, no capítulo 4, verso 30: “Agora, pois, ó assolada, por que fazes assim, e te vestes de escarlata, e te adornas com enfeites de ouro, e alargas os olhos com pinturas, se debalde te fazes bela? Os amantes te desprezam e procuram tirar-te a vida.”
Note que o profeta Jeremias faz uma ligação entre o enfeite exterior, como maquiagens e outros ornamentos, com a prostituição e a fornicação. A imoralidade sexual na Bíblia é geralmente usada para ilustrar a apostasia espiritual. Quando homens e mulheres se afastam de Deus, usam os enfeites como sinal de sua rebeldia.
Em Ezequiel 23:40 está escrito: “E mais ainda: mandaram vir uns homens de longe; fora-lhes enviado um mensageiro, e eis que vieram; por amor deles, te banhaste, coloriste os olhos e te ornaste de enfeites.”
Deus estava criticando Seu povo, Sua igreja, por causa de suas pinturas e enfeites, como um sinal de sua apostasia ao seguir o padrão de outros povos. Ao nos envolvermos no movimento ecumênico, estamos, na realidade, seguindo outros povos. Somos levados a mudar o que cremos, o que ensinamos e a maneira de agirmos para sermos aceitos entre eles, assim como as mulheres que pintavam os olhos e se enfeitavam com joias nos dias de Ezequiel.
Oséias 2:13 diz assim: “Castigá-la-ei pelos dias dos baalins, nos quais lhes queimou incenso, e se adornou com as suas arrecadas e com as suas joias, e andou atrás de seus amantes, mas de Mim se esqueceu, diz o Senhor.”
Baalins é o plural de Baal. Mais uma vez, observe a conexão entre os enfeites exteriores mundanos, a prostituição espiritual, a adoração pagã e o afastamento de Deus. Aqueles que adoram deuses pagãos ou, em outras palavras, falsos deuses, são muitas vezes vistos utilizando enfeites e joias.
O profeta Sofonias falou no capítulo 1, versos 7 a 8. “Cala-te diante do Senhor Deus, porque o Dia do Senhor está perto, pois o Senhor preparou o sacrifício e santificou os seus convidados. No dia do sacrifício do Senhor, hei de castigar os oficiais, e os filhos do rei, e todos os que trajam vestiduras estrangeiras.” Vestiduras estrangeiras são aquelas que não são aprovadas pelo Senhor, assim como nos termos “deuses estranhos” ou “deuses estrangeiros”.
Alguns ensinam que a única porção bíblica que os cristãos devem seguir é o Novo Testamento. Dizem que somos “Cristãos do Novo Testamento” e que não precisamos seguir os princípios do Antigo Testamento.
Portanto, busquemos também passagens no Novo Testamento. Antes, porém, gostaria de salientar que os verdadeiros seguidores de Cristo determinam a verdade através da pesquisa em toda a Bíblia. O Novo Testamento é tão claro quanto o Antigo Testamento a respeito dos enfeites exteriores do corpo.
Ao examinarmos os escritos de Paulo e Pedro, por exemplo, dois dos mais notáveis apóstolos, vemos que nenhum deles dá qualquer abertura quanto ao uso de joias. Paulo é claro ao escrever sobre o assunto. Em 1 Timóteo 2:9 ele afirmou: “Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso.”
Paulo disse que Deus exige a modéstia, o que também significa evitar chamar a atenção para si. As joias e outros adornos chamam a atenção. Modéstia, por sua vez, é sinônimo de humildade e bom senso, ser sóbrio e sério, mas sem se tornar triste.
O apóstolo Pedro também falou claramente sobre os enfeites ao escrever em 1 Pedro 3:3: “Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário.”
Em outras palavras, devemos viver de tal forma que não atraiamos a atenção para nós mesmos pelo vestuário, pelo penteado ou pelo uso de adornos exteriores. Essas coisas depreciam a influência do cristianismo. A propósito, o “frisado de cabelos” refere-se ao antigo costume oriental de colocar coisas no cabelo para fazer com que ficasse “arrumado”. Costumavam usar grandes adereços no cabelo para chamar a atenção. Era comum nos dias de Pedro, na verdade era a moda, amarrar o cabelo ou fazer tranças das formas mais variadas e complexas.
O apóstolo continua dizendo: “Seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus.”
Em outras palavras, o caráter é que deveria ser contemplado, não um enfeite exterior e superficial. As joias são corruptíveis e, um dia, também serão destruídas.
Conforme mencionei anteriormente, as sociedades pagãs utilizavam joias. A Bíblia nos diz que os egípcios as utilizavam (ver Êxodo 12:35, Gênesis 41:42-44), pois os israelitas receberam a ordem de levar as joias dos egípcios antes de partirem. Essa ordem não foi dada para que eles mesmos as usassem, mas para que pudessem levar algo de valor monetário – e o ouro e a prata eram o pagamento ideal por todo o seu trabalho como escravos.
Os midianitas também usavam joias (ver Números 31:1-2, 7, 49-51), bem como os ismaelitas (ver Juízes 8:24, Salmo 83:2-7), os Medos e Persas (ver Ester 3:8-12), os amonitas, os moabitas, os filhos de Seir (ver 2 Crônicas 20:22-25), os filisteus, os sidônios, de quem veio Jezabel (ver 1 Samuel 6:4, 8, 2 Reis 9:30) e, obviamente, os babilônios (ver Daniel 5:7, 13, 16-17).
Além do mais, sempre que Israel caia em apostasia, procurava suprir a falta de adorno espiritual no caráter com adornos exteriores no corpo. Somos relembrados das palavras de Isaías que lemos anteriormente sobre o andar “com o pescoço erguido”, além de todos os ornamentos da cabeça, pescoço, orelhas, nariz e tornozelos.
Você já notou que Deus descreve a apostasia pelo uso de joias? Penso que isso tenha um profundo significado. Quantas vezes você já ouviu pastores pregarem a respeito do que a Bíblia diz sobre as várias formas de enfeites que os membros trazem para a igreja? Muitas vezes, durante campanhas evangelísticas, os evangelistas se desculpam por não pregarem sobre adornos dizendo: “Esses novos membros podem aprender sobre isso mais tarde.” No entanto, será que o pastor faz o acompanhamento depois? Se faz, é fácil convencer o novo membro a retirar todas as joias? Essa é uma das razões por ter decidido abordar esse assunto hoje. É preciso saber o que a Bíblia diz para podermos fazer o que for necessário, ou mesmo para ajudarmos outras pessoas. Na realidade, esse tema é muito importante.
Querido amigo, Deus está nos chamando a seguir Seu conselho e a seguir todas as Suas leis. Não devemos chamar atenção para nós mesmos. Isso é orgulho. A Palavra de Deus é o tesouro mais precioso que temos. É de vital importância que observemos todos os Seus mandamentos. Somente assim prosperaremos. Você também crê nisso? Como pode o verdadeiro povo de Deus, sejam homens ou mulheres, fazer uso de enfeites mundanos quando a Palavra de Deus é tão clara, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento?
De onde vieram todos esses adornos?
A Bíblia nos diz que Lúcifer era adornado com pedras preciosas e ouro. Em Ezequiel 28:13 lemos: “Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados.”
Deus criou Lúcifer esplendoroso. Era belo em tudo. Cada uma dessas pedras tinha uma cor diferente e, sob o brilho da luz celestial, especialmente na presença de Deus e de Cristo, o arco-íris de cores de Lúcifer era magnífico. Pare por um instante e imagine um ser como esse. Certamente ele deve ter sido impressionante em sua magnificência.
O coração de Lúcifer, porém, tornou-se orgulhoso e altivo. Desejou ser igual a Deus. Permita-me ler Ezequiel 28:15-16: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras.”
Lúcifer teve o privilégio de estar diante do trono do Todo Poderoso Deus. Porém, queria mais. Isaías 14:13-14, referindo-se a Lúcifer, diz: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.”
Que tragédia! A criatura mais exaltada e bela que já existiu desejou ainda mais. Queria ter a autoridade do próprio Criador. Queria ser como o próprio Deus. Por causa de seu pecado, Lúcifer, agora Satanás, foi expulso do Céu e foi removido de sua posição, sendo substituído por outro.
Na ocasião em que Satanás se rebelou, a rebelião foi completa, em todas as áreas de sua vida. Não é necessário dizer que ele perverteu aquilo que Deus queria que fosse bom. As joias e os adornos de todos os tipos tornaram-se uma forma de exaltação própria.
Ao tentar pobres humanos mortais, Satanás procura fazer com que se pareçam com ele. Quer colocar em nós um espírito orgulhoso e altivo. Em outras palavras, quer que adoremos o eu.
Assim, ele usa qualquer meio para manifestar sua rebelião em nós, incluindo música e entretenimento, comida, vaidade e adornos. Há outras formas de manifestar orgulho, mas todas as formas de ouro, pedras preciosas, pérolas e outros enfeites óbvios são sua tentativa de fazer com que fiquemos parecidos com ele, orgulhosos, algumas vezes de forma bem sutil. Por ser algo muito comum em nossa sociedade, parece um pequeno detalhe, algo sem muita importância. Parece que “todo mundo está fazendo isso”.
Os enfeites exteriores revelam o verdadeiro centro de nossas atenções. Demonstram se estamos realmente interessados em chamar a atenção para nós mesmos em vez de Deus.
Na verdade, é muito mais do que isso. O uso de enfeites exteriores por homens e mulheres revela a superficialidade do caráter e o vazio espiritual da alma. Aqueles que são cristãos maduros não necessitam de enfeites exteriores, sejam aneis ou colares, braceletes ou broches. A simplicidade do vestir é um princípio do Reino do Céu. O adorno do Céu é o caráter. Que necessidade tem um verdadeiro cristão de qualquer outro aspecto para mostrar quem ele é?
O adorno é uma forma de vaidade, que mostra o desejo de se mostrar, de ostentação, de soberba e envaidecimento. Embora nem todo aquele que usa joias manifeste um espírito orgulhoso ou soberbo, há um foco subliminar centrado no eu.
Atualmente, a igreja de Deus demonstra-se superficial em muitos aspectos. Frequentemente, os sermões pregados dos púlpitos modernos são vazios e não vão muito além das mensagens evangélicas mais básicas. Cada vez menos se vê o incentivo aos membros das nossas igrejas a estudarem a Bíblia à luz do tempo do fim e a viverem plenamente de acordo com a Palavra de Deus.
Essa superficialidade geralmente é vista na escolha da música. Em vez de hinos de poder, com letras ricas e cheias de significado, as igrejas geralmente usam corinhos que carregados de linguagem superficial e repetitiva. A ênfase da música está no sentimento, não no desenvolvimento do caráter ou em grandes temas do evangelho.
Outra maneira pela qual as igrejas revelam sua superficialidade é por meio do uso de entretenimentos para ludibriar os adoradores enquanto estão nos bancos, como palhaços, mímicas e outras caricaturas que distorcem o evangelho do manso e humilde Jesus.
Uma vez mais, a mesma superficialidade é vista quando é dada ênfase em doutrinas ecumênicas ou ideias baseadas em pontos comuns da fé com outras igrejas em vez da verdade que foi dada especialmente àqueles que vivem nos últimos dias.
O que desejo mostrar são as várias características que andam de mãos dadas quando uma igreja ou seus membros não possuem profundidade espiritual. Quando nossa experiência com Deus torna-se superficial, inevitavelmente acaba envolvendo outras formas de superficialidade, inclusive o uso de joias e adornos.
Há cristãos sinceros e genuínos que fazem uso das joias porque não entendem o princípio bíblico em relação aos adornos. Não conhecem o ensinamento bíblico e provavelmente ninguém nunca os tenha ensinado. Embora Deus não os responsabilize por aquilo que não tiveram a oportunidade de saber, o fato de negarem-se a seguir o conselho bíblico com relação à sua forma de viver, após a verdade ser-lhes revelada, é o mesmo de serem impedidos de conhecer a Deus de maneira plena e madura.
Um cristão maduro é aquele que estuda a Bíblia diligentemente, roga para que pelo Espírito Santo fale ao seu coração e mostre-lhe tudo que não esteja em conformidade com os princípios celestiais.
Provérbios 8:13 nos diz que “o temor do Senhor é odiar o mal; a soberba e a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, eu odeio.” Em outras palavras, é evitar o uso de qualquer coisa que alimente o orgulho ou as formas mais sutis da arrogância. Esse texto fala diretamente a nós. Podemos nos deixar levar pelo orgulho de muitas maneiras. Temos tendências naturais para isso e a menos que lutemos com todas as forças, cairemos na armadilha de Satanás e nos tornaremos orgulhosos e altivos.
Em 1 João 2:16 está escrito que “tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.”
Veja, amigo, devemos crucificar o eu e evitar tudo aquilo que venha a alimentar o orgulho. As joias estão entre os elementos do orgulho desta vida. Talvez alguém diga que não se tornam orgulhosos simplesmente por usarem adornos. O problema é que isso é algo muito sutil. Aqueles que se tornaram orgulhosos geralmente não reconhecem essa verdade e apresentam algumas desculpas. Estão enganados e são levados a crer que estão bem aos olhos de Deus.
Lembra-se de como Deus agiu em relação ao orgulho de Nabucodonosor? “Falou o rei, dizendo: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência? Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Passou de ti o reino. E serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo domina sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer. Na mesma hora se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor, e foi tirado dentre os homens, e comia erva como os bois, e o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceu pêlo, como as penas da águia, e as suas unhas como as das aves.” Esse relato encontra-se em Daniel 4:30-33.
Felizmente, Nabucodonosor se arrependeu de seu pecado e finalmente voltou a ser rei.
Pense em como Deus agiu com o rei Herodes. Leia o relato em Atos 12:21-23: “E num dia designado, vestindo Herodes as vestes reais, estava assentado no tribunal e lhes fez uma prática. E o povo exclamava: voz de Deus, e não de homem. E no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou.”
Deus também foi firme com o orgulho de Edom: “A soberba do teu coração te enganou, como o que habita nas fendas das rochas, na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem me derrubará em terra? Se te elevares como águia, e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te derrubarei, diz o Senhor.” Esse texto encontra-se em Obadias 1:3-4.
Como você pode ver, o orgulho é muito ofensivo a Deus. É algo que não pode ser tolerado no reino eterno, pois abriria o caminho para que o pecado perpetuasse sua triste história. Cristo nos dá a oportunidade de voluntariamente cooperarmos com Ele para aprendermos a viver em humildade como nosso Mestre. Essa é a mensagem que permeia toda a Bíblia.
Você já leu o que está escrito em Filipenses 2:5-8? “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a Si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.”
Em 1 Pedro 2:21-23 está escrito: “Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na Sua boca se achou engano. O qual, quando O injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-Se Àquele que julga justamente.”
Amigo, é assim que devemos viver nestes últimos dias. Devemos seguir em tudo as pegadas de Jesus. Nossa vida deve ser modelada de acordo com a dEle. Ele é o nosso exemplo em tudo. Nada fez Ele para Se promover, mas sempre glorificava o Pai. Assim, devemos nós glorificar Cristo em cada detalhe.
Ouça o que Deus fará com aqueles que estiverem agarrados às joias e a outros enfeites. Jeremias 4:30 diz: “Agora, pois, que farás, ó assolada? Ainda que te vistas de carmesim, ainda que te adornes com enfeites de ouro, ainda que te pintes em volta dos teus olhos, debalde te farias bela; os amantes te desprezam, e procuram tirar-te a vida.”
Todo enfeite do exterior é colocado em vão. Revelam apenas nossa insegurança e necessidade de manter a aparência diante dos olhos de outros seres humanos. Em contraste aos adornos humanos, Jesus mencionou os lírios do vale em Mateus 6:28-29: “E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam. E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.” Lembra-se da história de Salomão? Ele estava cheio de vaidade por causa da glória que havia alcançado. Quando Salomão se afastou de Deus, seu coração se encheu de orgulho. Cristo ilustrou a necessidade de um caráter belo. Devemos revelar a graciosidade do caráter cristão, que conferirá a nós uma beleza muito superior à que o ouro, a prata, os diamantes ou as pérolas jamais poderão nos dar.
A beleza que Deus coloca em nosso caráter é como o lírio do campo. Ele não quer que você fique cheio de coisas que chamem a atenção.
Seu sorriso, o brilho em seus olhos é um adorno muito mais bonito do que qualquer joia que possa usar. Sua beleza em Cristo é manifestada através da presença dEle em sua vida. Esse é o verdadeiro adorno. A Bíblia diz: “Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências” (Romanos 13:14). Isso quer dizer que devemos evitar tudo aquilo que revele o orgulho. Devemos apresentar-nos da maneira como Deus nos fez, da forma como nos Ele criou.
O que Deus pede que façamos com as joias e outros enfeites? Ele nos deu exemplos claros na história. Quando Jacó estava com dificuldades, ele ordenou que sua família se purificasse. Veja o que aconteceu em Gênesis 35:2 e 4: “Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: tirai os deuses estranhos, que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes. Então deram a Jacó todos os deuses estranhos, que tinham em suas mãos, e as arrecadas que estavam em suas orelhas.”
Quando o Senhor irou-Se com Seus filhos no deserto por causa do que aconteceu em volta do bezerro de ouro aos pés do monte Sinai, disse Ele a Moisés: “Dize aos filhos de Israel: és povo de dura cerviz; se por um momento subir no meio de ti, te consumirei; porém agora tira os teus atavios, para que Eu saiba o que te hei de fazer. Então os filhos de Israel se despojaram dos seus atavios, ao pé do monte Horebe” (Êxodo 33:5-6).
A tradução literal do texto que descreve a atitude dos israelitas diz que eles “se despojaram dos seus atavios a partir do monte Horebe” (Ver Êxodo 33:6, NASB). A remoção das joias simboliza a mudança do coração. Em nenhum outro lugar no Antigo Testamento Deus concedeu a Israel permissão para voltar a usá-los.
Conforme comentamos anteriormente, houve um período na história de Israel em que o povo entrou em apostasia. Nessa ocasião, eles voltaram a usar joias. Isaías 3, porém, apresenta o julgamento de Deus sobre essa questão. Acusou-os de orgulho por estarem usando joias. Essa demonstração de orgulho era tão pecaminosa quanto qualquer outra. Deus disse que os despojaria de seus adornos.
Como você pode ver, quando Deus chama Seu povo a se apresentar diante dEle, Ele pede que todas as joias sejam removidas. Isso, porém, é mais do que uma proibição temporária. Em primeiro lugar, elas jamais poderiam ter sido usadas. Observe que o contexto desses versos está relacionado com a purificação do pecado. No caso de Jacó, ele tinha ofendido e enganado seu pai e seu irmão. Agora, estava com medo e decidiu buscar a proteção de Deus. Portanto, pediu que sua família se purificasse removendo toda forma de idolatria, inclusive as joias.
No caso de Moisés, o povo tinha pecado e Deus iria puni-los por sua rebelião. Como demonstração de arrependimento, deveriam tirar todas as joias e se humilhar diante de Deus.
Pense no verso a seguir à luz do que a Bíblia ensina sobre a questão das joias. O texto é de Ezequiel 7:19-21. Ao mencionar os últimos dias, pouco antes da vinda de Cristo em glória nas nuvens do céu, é-nos dito que todas essas coisas, que tiveram tanto valor nesta vida, serão totalmente inúteis. “A sua prata lançarão pelas ruas, e o seu ouro será removido; nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia do furor do Senhor; eles não fartarão a sua alma, nem lhes encherão o estômago, porque isto foi o tropeço da sua iniquidade. E a glória do Seu ornamento Ele a pôs em magnificência, mas eles fizeram nela imagens das suas abominações e coisas detestáveis; por isso Eu lha tenho feito coisa imunda. E entregá-la-ei por presa, na mão dos estrangeiros, e aos ímpios da terra por despojo; e a profanarão.”
Em Tiago 5:3 está escrito que “o vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias.”
Os enfeites de ouro e prata com pedras preciosas perderão seu valor e atração para aqueles que ficarem sob a ira de Deus. Eles fazem parte da idolatria em nossos dias. No capítulo 2, verso 20, o profeta Isaías diz: “Naquele dia o homem lançará às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro, que fizeram para diante deles se prostrarem.” Pela maneira como que nos adornamos, demonstramos que adoramos a nós mesmos em vez de Deus. A propósito, o adorno inclui não apenas as joias, mas também terrenos, casas suntuosas, carros ou mesmo a falsa piedade. Nos dias de Jesus, os fariseus aumentavam seus filactérios e as barras de suas roupas. Tratava-se da ornamentação exterior que caracterizava a falsa piedade (ver Mateus 23:6).
Ao fazermos uso de adornos exteriores, na realidade buscamos chamar a atenção para nós mesmos. Em essência, isso é uma forma de autoadoração e idolatria. Esses objetos feitos por mãos humanas serão lançados um dia às toupeiras e aos morcegos.
Devemos adorar a Deus. Em Salmo 29:2 lemos: “Dai ao Senhor a glória devida ao Seu nome, adorai o Senhor na beleza da santidade.” Unicamente a santidade de caráter que é atrativa ao céu. O nosso adorno deve ser a santidade de caráter.
Paulo também diz em Romanos 13:11 e 12 que “conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz.”
Talvez a razão mais importante para nos adornarmos com a beleza de caráter seja o tempo em que estamos vivendo. Essa é uma era degenerada e ímpia. Nos últimos dias somos chamados a despertar e rejeitar as obras das trevas.
Mais precisamente, vivemos no antitípico Dia da Expiação. Todos os tipos de cerimônias do ciclo anual dos serviços do santuário, que foi estabelecido pelo antigo Israel sob a orientação de Deus, possuem um cumprimento antitípico no plano da salvação. A cada ano, no Dia da Expiação, o povo se reunia em santa convocação e afligia a alma (ou se humilhava diante de Deus), enquanto o santuário era purificado. A purificação do santuário está relacionada à purificação da igreja e do povo de todo o pecado e impureza que estiver registrado nos livros do Céu e no coração do povo.
O propósito da purificação do santuário no antigo Israel era o de simbolicamente remover os pecados que tinham sido transferidos para o santuário ao longo do ano por meio de sacrifícios em favor do pecador. Como você deve se lembrar, o sangue dos cordeiros imolados era aspergido no santuário, simbolicamente removendo o pecado do pecador e transferindo-o para o santuário para finalmente ser removido no Dia da Expiação.
Simbolicamente, esse processo era um tipo da obra de Cristo nestes últimos dias. Durante o antitípico Dia da Expiação, Cristo está purificando Sua igreja e Seu povo de todo pecado e mostrando a eles como viver sem cair em pecado. Isso é importante porque aqueles que passarão pelo tempo de angústia, logo antes da volta de Jesus, viverão na presença de um Deus Santo sem um mediador. A única razão para necessitarmos de um mediador é porque pecamos. Mas depois do fechamento da porta da graça, não haverá mediador, pois Cristo terá deixado o santuário celestial. Assim, os verdadeiros seguidores de Cristo viverão sem pecar por um período de tempo antes da volta de Jesus e por toda a eternidade.
Mas não estarão sozinhos. Cristo viverá neles através do Espírito Santo. A essa altura, terão alcançado vitória completa sobre todos os pecados e sua vida refletirá a imagem de Cristo de forma plena e madura através do poder do Espírito Santo. Terão afligido a alma por causa da tristeza pelo pecado. Terão se humilhado diante de Deus em completa contrição e arrependimento. Cristo terá preenchido todo vazio causado pelo pecado. Ele terá revelado todos os aspectos da vida que não estavam em conformidade com Ele e não refletiam Seu caráter. Acima de tudo, eles terão reconhecido o pecado e o abandonado.
Hoje em dia, o Israel espiritual moderno deve fazer o mesmo que o antigo Israel. Precisamos afligir nossa alma e nos humilharmos diante de Deus, não somente um dia, mas durante toda a nossa vida. Vivemos no período do antitípico Dia da Expiação, que teve início em 1844 e continuará até o fechamento da porta da graça.
Tal como o antigo Israel, nossa vida deve refletir o tempo solene em que vivemos. O propósito da purificação do santuário é o de nos humilharmos. Sempre que Israel se humilhava diante de Deus, removiam suas joias e adornos exteriores. O Dia da Expiação não abre espaço para o orgulho e muito menos para joias. Estamos nos preparando para nos encontrarmos com o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Meu amigo, este tempo em que vivemos é precioso. Talvez seja o período mais importante para o povo de Deus refletir a Sua imagem. Estamos nos preparando para receber o Espírito Santo pelo poder da chuva serôdia, ou pelo menos deveríamos. Vivamos realmente crendo que Cristo virá em breve. Não façamos uso de nada em nossa vida que somente irá fortalecer nosso orgulho e amor pela aparência e que reduzirá nossa capacidade de compreender e receber o Espírito de Deus. Este é o tempo de todos os tempos em que devemos com sinceridade fortalecer a nossa fé à Palavra de Deus.
Antes de terminarmos, gostaria que você notasse que utilizei somente textos da Bíblia neste sermão. Creio que a Bíblia é tão clara neste ponto que não precisamos de nada mais.
A mensagem deste mês foi inspirada em um livro recentemente lançado. O título é Jewelry, Ornaments, Personal Decoration and More… The Spiritualism Connection. São 270 páginas repletas de material que o auxiliarão a lidar com o assunto. Foi escrito por Gwen e Rick Shorter. Trata-se de um excelente material para ajudar a compreender a questão do adorno nestes últimos dias. Se desejar um exemplar deste livro, envie-nos 16,00 dólares, incluindo a postagem para endereços dos Estados Unidos, e ficaremos felizes em atender o seu pedido. Os ouvintes internacionais devem enviar-nos 20,00 dólares.
Foi um imenso prazer passar esses momentos com você. Esperamos que você tenha sido imensamente abençoado pela mensagem deste mês. Agradecemos as suas orações e o seu apoio. Eles são muito importantes para nós. Até o próximo mês. Que Deus o abençoe e mantenha você e seus familiares em Seus braços de amor e cuidado. Guarde a fé!
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