Bispos Manipulam o Congresso
Por Pastor Hal Mayer
Prezado amigo,
Calorosas boas-vindas a você e à sua família. Estamos realmente nos aproximando do fim. Recentemente o periódico norte-americano Wall Street Journal ressaltou que a Igreja Católica Romana “emergiu como grande força política… por meio de lobby político, juntamente com a mobilização dos grupos de base das igrejas católicas por todo o país”. Dessa forma, fez com que a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, conhecida por ser decididamente liberal e totalmente democrática, a decretar uma lei em harmonia com a política conservadora católica romana.
Apesar de essa decisão gerar protestos, a Igreja Católica desempenhou um papel fundamental em uma das maiores mudanças da história legislativa dos Estados Unidos. Os bispos impuseram os seus interesses de tal forma junto à Câmara dos Deputados e ao presidente que os legisladores agiram contra a própria vontade. Assim que souber o que aconteceu, você ficará surpreso diante do poder de Roma nos Estados Unidos. Do ponto de vista profético, esse acontecimento é impressionante, a despeito de qual seja a sua posição em relação às questões abordadas na legislação.
Antes de darmos continuidade ao assunto, gostaria de esclarecer que o Ministério Guarde a Fé dedica-se a documentar os cumprimentos proféticos. Não é de nosso interesse promover assuntos políticos ou opinar sobre questões partidárias. Respeitamos os líderes de nosso governo porque Deus os estabeleceu ali por certo período de tempo para realizar o trabalho. Ao estudar a profecia bíblica e seu cumprimento, não temos a menor intenção de demonstrar desrespeito a esses líderes ou às suas funções.
No entanto, também reconhecemos que tais líderes são agentes morais livres e que Deus não dita a maneira que devem agir ou pensar, apesar de que tudo o que fazem ocorre apenas com a permissão divina para que se cumpram os propósitos de Deus. Pode ser que Deus adie por algum tempo as consequências das decisões que esses homens tomam. Impeça seus esforços por meio de forças opositoras. Mas ninguém pode fazer nada “contra a verdade, senão em favor da própria verdade” (2 Coríntios 13:8). É possível até mesmo que Deus envie anjos em forma de homens para defender a Sua vontade diante das assembleias legislativas.
A mesma coisa ocorre em relação aos líderes religiosos. Não os desrespeitamos e cremos que eles possuem liberdade de escolha assim como qualquer outra pessoa. Hoje, porém, há uma grande influência que visa a direcionar-nos para a lei dominical. A profecia bíblica nos diz que ambos os grupos, o religioso e o político, têm um grande papel a desempenhar nos últimos acontecimentos da história deste mundo.
Lembre-se da advertência registrada em Apocalipse 16:15, que diz: “Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha.” Esse verso nos lembra da proximidade da segunda vinda de Cristo e de que Ele virá como um ladrão, ou seja, num momento em que não é esperado. Por causa disso, esse verso também nos lembra de que devemos vigiar. A única maneira de vigiarmos é abrirmos os nossos olhos e observarmos o cumprimento da profecia. O verso de Apocalipse adverte-nos a guardar as nossas vestes. Em outras palavras, isso quer dizer que jamais devemos deixar a justiça de Cristo a fim de que não sejamos envergonhados por nossos pecados, que trazem nudez de caráter. Amigo, esse conselho é vital para a última geração. Note a combinação entre o ato de vigiar e de levar uma vida justa. Mais do que nunca precisamos viver de forma justa por meio da justiça de Cristo, pois o tempo está muito próximo ao vermos as profecias se cumprirem em rápida sucessão. Nosso destino eterno está em jogo neste exato momento. Não retarde a preparação necessária.
Lerei uma afirmação profética poderosa encontrada na Bíblia. Trata-se de um texto bíblico conhecido, especialmente se você é um dos nossos ouvintes assíduos, pois já o citei anteriormente. Ele está em Apocalipse 17. Começando no verso 1, a Bíblia diz: “Veio um dos sete anjos que têm as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas, com quem se prostituíram os reis da terra; e, com o vinho de sua devassidão, foi que se embebedaram os que habitam na terra.”
Em seguida, o apóstolo João descreve uma mulher vestida de escarlate sentada sobre uma besta escarlate repleta de nomes de blasfêmia. Essa besta e a mulher representam o catolicismo romano, tanto o poder civil, representado pela besta, como o poder religioso, representado pela mulher. Não há outra entidade na terra que corresponde à descrição feita por João a não ser a Igreja Católica Romana. Note que os habitantes da terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição, ou de suas doutrinas. A prostituição ocorre quando alguém é infiel. Essa igreja possui doutrinas que são infiéis ao Senhor e à Bíblia.
A embriaguez que assola os habitantes da terra já está acontecendo no âmbito espiritual. Roma foi tão bem-sucedida em desenvolver a sua popularidade nos países ocidentais que a maioria dos habitantes desses países não apresenta muita objeção às suas doutrinas ou poder, exceto poucas pessoas do mundo secular, ou aqueles que seguem crenças e um estilo de vida bem liberal. Claro que aqueles que entendem a profecia bíblica e que aceitam Jesus e toda verdade em seu coração e vida não se embriagarão com o vinho de Roma, mas também representam uma minoria.
Note também que os reis da terra se prostituíram com Roma. Os governantes deste mundo buscam o conselho de Roma. Eles são influenciados por Roma ao tomar suas decisões. Roma desenvolveu uma poderosa influência sobre eles. Esse poder reflete-se de muitas maneiras diferentes.
Em 1989, por exemplo, a Alemanha reunificou-se e o muro de Berlim que separava o leste do oeste deixou de existir. Esse foi o resultado do plano desenvolvido por João Paulo II com a cooperação de Ronald Reagan e outros líderes mundiais – plano esse que foi chamado pela revista norte-americana Time como a campanha clandestina que representou “as maiores alianças secretas de todos os tempos”. Roma nunca seria capaz de restabelecer a antiga Europa e consequentemente ressuscitar o Sacro Império Romano sem a dissolução do comunismo da Europa ocidental, especialmente o comunismo que controlava a Europa central e oriental. Essa foi umas das principais conquistas de Roma sob o papado de João Paulo II, uma conquista que abriu caminho para a criação da União Europeia que hoje é um bloco confederado de nações sob uma constituição e sob um único governo com domínio supranacional. A Europa era praticamente constituída dessa forma na época em que esteve sob o domínio de Roma na Idade Média. Hoje há novas pessoas, há novos documentos e novas atividades, mas os princípios são os mesmos. Roma está trabalhando arduamente para restabelecer os antigos relacionamentos que a colocarão novamente no trono da Europa. Até mesmo o presidente da União Europeia é um jesuíta católico romano altamente treinado para exercer seu papel.
O que aconteceu entre João Paulo II e Ronald Reagan foi uma aliança, um esforço conjunto. Roma tinha muito poder na Polônia, pois mais de 90% da população era católica romana. João Paulo II também era polonês – o que dificultou muito para que o governo comunista polonês anulasse a sua influência. Na verdade, os esforços do governo foram totalmente malsucedidos.
Isso, no entanto, ocorreu em 1989. Desde então, a popularidade de Roma na América cresceu drasticamente. Os americanos estão intimidados por Roma, o que lhe confere influência e poder tremendos. Atualmente, Roma tem expandido seus esforços políticos e está determinada a influenciar as leis da nação sempre que possível. Assim que Roma tiver poder para ditar as leis que deseja, ela influenciará os legisladores para decretarem seu objetivo geopolítico supremo: as leis dominicais.
A Santa Sé, que é o nome oficial do Vaticano entre as nações-estado, gabou-se de possuir considerável grandeza. “De acordo com o cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, a Santa Sé é ‘pequena, mas grande; a maior do mundo sob qualquer ponto de vista”, publicou a Zenit em 13 de fevereiro de 2009.
Bertone discursou durante uma conferência que marcou o octagésimo aniversário do Tratado de Latrão de 1929, que estabeleceu o atual Vaticano como uma cidade-estado independente e reconheceu a sua soberania. Esse tratado também marcou o início da cura da ferida mortal mencionada em Apocalipse 13:3.
“O cardeal Bertone ressaltou de maneira especial o funeral de João Paulo II e a eleição de Bento XVI, ‘que trouxe até Roma as maiores autoridades políticas do mundo e grandes multidões’”.
O pontificado de João Paulo II, o segundo mais extenso da história, e talvez o mais influente dos últimos tempos da perspectiva global, elevou a popularidade do papado a níveis sem precedentes – o que intensificou profundamente a sua influência e poder político.
A Bíblia também identifica o papado como grande, especialmente em relação à sua arrogância, pecados e blasfêmia contra Deus, tudo isso em nome de Deus e de Cristo.
Em Daniel 7:25, por exemplo, lemos que a Santa Sé “proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei”. Se já houve alguma organização que notavelmente mudou a lei de Deus, essa organização é a Igreja Católica. Se já houve alguma organização que magoou os santos do Altíssimo por meio da perseguição, essa organização é o papado, mesmo que nesse meio tempo tenha criado seus próprios, por assim dizer, “santos”.
A Bíblia faz referência até à cidade-estado do Vaticano: “Que cidade se compara à grande cidade? Lançaram pó sobre a cabeça e, chorando e pranteando, gritavam: Ai! Ai da grande cidade, na qual se enriqueceram todos os que possuíam navios no mar, à custa da sua opulência, porque, em uma só hora, foi devastada!”
(Apocalipse 18:18, 19). A respeito da grande meretriz, a Bíblia declara: “A mulher que viste é a grande cidade que domina sobre os reis da terra” (Apocalipse 17:18).
O Vaticano, de fato, é grande. O cardeal Bertone não falou em vão ao afirmar que a Santa Sé é “a maior do mundo sob qualquer ponto de vista”. Talvez ele não tenha se referido à definição bíblica da grandiosidade do Vaticano e da Santa Sé, mas do ponto de vista profético, ele inadvertidamente confirmou as palavras da Sagrada Escritura.
Essa grandiosidade reflete-se também em muitos aspectos do relacionamento de Roma com outras nações-estado. Os líderes da maioria das nações sempre que estão na Europa a negócios visitam Roma para uma audiência com o papa. Roma sabe que isso lhe confere poder político em escala global. Mas, quem sabe, não haja prêmio maior para Roma do que manipular os Estados Unidos, que foi originalmente estabelecido em princípios protestantes. Roma tem trabalhado pacientemente para fortalecer seu poder nos Estados Unidos a fim de ser capaz de influenciar as suas leis e diretrizes. Esse dia chegou.
Ouça à poderosa declaração do livro O Grande Conflito, página 581: “A Palavra de Deus deu aviso do perigo iminente; se este for desatendido, o mundo protestante saberá quais são realmente os propósitos de Roma, apenas quando for demasiado tarde para escapar da cilada. Ela está silenciosamente crescendo em poder. Suas doutrinas estão a exercer influência nas assembleias legislativas, nas igrejas e no coração dos homens.”
Você ouviu? Roma está silenciosamente crescendo em poder! Essa profecia tem se cumprido cada vez mais. Há, porém, mais poder a ser conquistado por ela. Roma ainda não conseguiu influenciar os Estados Unidos a decretar leis dominicais. No entanto, lembre-se de que as suas doutrinas têm conquistado aceitação e influência no meio legislativo.
Hoje quero mostrar-lhe o cumprimento direto dessa profecia e da profecia a respeito dos reis e governantes da terra prostituindo-se com Roma, especificamente com suas doutrinas. Continuarei a leitura: “[Roma] está a erguer suas altaneiras e maciças estruturas, em cujos secretos recessos se repetirão as anteriores perseguições. Sorrateiramente, e sem despertar suspeitas, está aumentando suas forças para realizar seus objetivos ao chegar o tempo de dar o golpe. Tudo que deseja é a oportunidade, e esta já lhe está sendo dada. Logo veremos e sentiremos qual é o propósito do catolicismo. Quem quer que creia na Palavra de Deus e a ela obedeça, incorrerá, por esse motivo em censura e perseguição.”
Fico pensando porque a autora relacionou a popularidade de Roma e sua influência legislativa com a perseguição dos que obedecem à lei de Deus. Não é interessante? Penso que a razão de ter feito tal relação seja bem clara. As leis são criadas pelas nações. À medida que Roma conquista popularidade e influência, adquire força política. Com isso, pressiona os legisladores para criarem leis que atendam aos seus desígnios. Note que chegará o tempo de Roma dar o golpe. Fico imaginando porque a autora usou o termo “golpe”. Esse termo me faz lembrar de uma serpente pronta para dar o bote na vítima inocente que está concentrada em cumprir a missão que Deus designou que fizesse.
A citação que acabei de ler diz que Roma “está aumentando suas forças”. Essa é uma referência ao aumento de sua influência, especialmente nos países democráticos ocidentais, refere-se aos votos. Roma está fazendo isso de muitas formas. Ela faz isso, por exemplo, através da imigração católica na Europa Ocidental, nos Estados Unidos e em outros países do ocidente. Além disso, Roma também possui as conferências de bispos próximas aos centros de poder das nações ocidentais. Na América do Norte, a Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos está em Washington, DC, não muito distante da Casa Branca e do Congresso. Não é preciso dizer que isso acontece para que os bispos possam influenciar os líderes políticos e entidades legislativas para defender o pobre, que, embora seja algo bom, Roma usa para fortalecer o seu próprio poder e influência entre o povo. Essa tática se traduz em votos contra e a favor dos indivíduos ou leis que contam ou não com o apoio de Roma. As instituições jesuítas de Roma influenciam gerações após gerações de membros do congresso e outros líderes políticos que são treinados pelos próprios jesuítas. A lista das “forças” de Roma é imensa.
A influência de Roma, no entanto, manifestou-se poderosamente durante o voto recente na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, que consequentemente forçou o presidente a agir de acordo com as exigências de Roma. Lembre-se de que a porta-voz da Câmara dos Deputados é a católica romana Nacy Pelosi. Apesar de se dizer liberal, Pelosi possui boas relações com a hierarquia da igreja católica nos Estados Unidos e exterior, especialmente em Roma, como você poderá verificar a seguir. Lembre-se também de que o líder da maioria da Câmara dos Deputados, Steny Hoyer, é católico romano. Por sua vez, o líder da minoria da Câmara dos Deputados é John Boehner, também católico romano. Além disso, os católicos romanos compõem praticamente 30% do Congresso Norte-Americano, muitos dos quais foram treinados pelas instituições jesuítas, cuja mais notável de todas é a Universidade Georgetown em Washington, DC.
A decisão a que me refiro é a reforma do sistema de saúde recentemente aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos estabelecendo um sistema de saúde universal no país. Trata-se realmente de uma lei que representa um passo surpreendente em direção à socialização do sistema de saúde norte-americano. Essa é uma das principais promessas de chapa da administração Obama. É interessante notar que a igreja católica, desde 1963, apoia o conceito de sistema de saúde universal às custas do Estado. A igreja e a administração liberal encontraram uma causa em comum.
Embora não seja o nosso intuito analisar aqui todas as ramificações dessa lei em particular, é preciso apresentar-lhe uma informação que o ajudará a entender o restante desse material. Originalmente, essa lei previa que o governo pagasse pelos abortos como parte do sistema de saúde.
A princípio, o projeto de lei conferia ao Secretário de Saúde e Serviços Humanos o poder de tornar o aborto um benefício essencial em todos os planos de saúde, em qualquer “plano público” criado pela legislação. Mas a última versão do projeto de lei apresentada pela Câmara dos Deputados já não previa mais isso. Na verdade, a questão do aborto foi especificamente excluída da versão da lei da Câmara apesar de o presidente Obama ser um grande defensor das leis liberais de aborto, assim com Nanci Pelosi, porta-voz da Câmara. A maneira como o projeto de lei foi mudado é a história que você precisa ouvir.
A posição da igreja católica quanto ao aborto é uma das doutrinas de Roma que o povo de Deus pode concordar. No entanto, Roma usa essa doutrina para atingir seus objetivos. Nesse caso, Roma viu a oportunidade de pressionar legisladores liberais pró-aborto em excluir o recurso financeiro destinado ao aborto a fim de aprovar a lei.
O projeto de lei original da reforma do sistema de saúde criou uma grande oposição em relação a vários aspectos da legislação e enfrentou problemas nos subcomitês. Os conservadores, especialmente os membros católicos do congresso, introduziram uma emenda para impedir que os abortos fossem pagos com o dinheiro federal. Para a tristeza da igreja católica, os comitês negaram a emenda. Em contrapartida, os conservadores do congresso tinham força para indeferir o projeto de lei por completo, caso o apoio financeiro para o aborto não fosse excluído. Parecia que o projeto de lei enfrentava sérios problemas.
Nesse momento, os bispos começaram a interferir diretamente. O cardeal Rigali da Filadélfia, que é o presidente dos bispos do Comitê Pró-Vida, escreveu uma carta ao Congresso em 29 de julho em que jurou que os bispos se oporiam “fortemente” a um projeto de lei para a reforma do sistema de saúde que previsse recursos financeiros para a realização de abortos. “Não se deve exigir de ninguém que pague ou participe da realização de abortos”, disse a carta. “Sinceramente esperamos que a legislação não vá de encontro aos nossos critérios”, afirmou. “Permanecemos apreensivos sempre que emendas que visam proteger a liberdade de consciência e garantir que o dinheiro público não seja gasto em abortos são derrotadas nos comitês de votação.” É evidente que os bispos planejavam usar a sua influência para pressionar o Congresso a sujeitar-se às doutrinas de Roma. Lembre-se de que a questão não é se você concorda ou não com a posição da Igreja Católica, mas sim com o poder cada vez maior de Roma para impor as suas doutrinas no meio legislativo.
À medida que o debate prosseguia no congresso, fiquei imaginando se a Igreja Católica procuraria de alguma forma se envolver mais na questão. Mal fazia ideia de que Roma, na verdade, estava prestes a mobilizar uma enorme campanha para planejar um golpe de estado e forçar os democratas liberais a votarem a favor das emendas conservadoras contra os recursos financeiros para o aborto no projeto de lei.
Em 11 de novembro de 2009, a Associated Press publicou um artigo intitulado “Bispos Católicos Moldam o Projeto de Lei da Reforma de Saúde”. O parágrafo de abertura é muito revelador: “Os bispos católicos emergiram como uma força tremenda na luta da reforma do sistema de saúde, usando a sua influência sobre milhões de católicos e trabalhando em segredo por debaixo dos panos no Congresso a fim de introduzir fortes restrições com relação ao aborto no projeto de lei da Câmara.”
Note que os bispos usaram a sua influência sobre milhões de católicos nos Estados Unidos, 68 milhões para ser exato, para pressionar o Congresso para fazer a sua vontade. Eles trabalharam por debaixo dos panos – secretamente, poderia dizer, assim como predisse a profecia. O parágrafo seguinte do artigo é tão revelador quanto o primeiro: “[Os bispos] não gastam nenhum centavo no que é legalmente definido como lobby, mas os legisladores e pessoas relacionadas reconhecem que a voz dos bispos é importante – e mudam os votos.”
O periódico Wall Street Journal revelou boa parte da poderosa campanha conduzida pelos bispos. Ouça: “Ao menos quatro deputados [aliados da Conferência dos Bispos] agiram diretamente na Câmara… reunindo-se com os legisladores e com a porta-voz Nancy Pelosi. O grupo distribuiu temas de discussão entre os padres do país e espalhou panfletos pelas igrejas sob o título: ‘A Reforma do Sistema de Saúde É para Salvar Vidas, Não Destruí-las’. Circulou também pelas igrejas uma reza apoiando a reforma do sistema de saúde que incluía a frase: ‘Levantaremos a nossa voz para proteger os que ainda não nasceram.’” O movimento, porém, não parou por aqui, como você poderá verificar em alguns minutos.
Eis uma pequena história. Nos Estados Unidos, há uma relação aberta de longa data entre os líderes do governo e os bispos católicos romanos. Ao menos desde a administração do presidente Carter, os presidentes norte-americanos e os papas passaram a formar alianças secretas para atingir objetivos geopolíticos em comum. Tais alianças bem-sucedidas abriram também as portas para os bispos estarem cada vez mais envolvidos em intervenções diretas quanto às questões governamentais do país nos anos subsequentes. Com o grande aumento da população católica romana nos Estados Unidos através da imigração, além do aumento da popularidade da igreja nos últimos trinta anos, os bispos adquiriram um grande poder político. Quase todos os norte-americanos não apresentam objeção alguma em relação ao poder geopolítico estrangeiro que influencia fortemente a política dos Estados Unidos: o poder conhecido como Igreja Católica Romana.
O Wall Street Journal revelou o que realmente aconteceu secretamente às portas fechadas: “Os deputados aliados aos bispos estiveram no escritório da porta-voz Nancy Pelosi em negociação com altos funcionários… até chegarem às condições finais do acordo.”
Mais cedo no mesmo dia, Pelosi, católica e defensora do aborto, foi contatada pelo cardeal Theodore E. McCarrick, ex-arcebispo de Washington, hoje em Roma. Ele entrou em contato com Pelosi diretamente de Roma para discutir especificamente sobre as restrições a respeito do aborto que ele e Roma desejavam que fossem incluídas no projeto de lei. “Esse foi apenas um elemento de um intensivo lobby planejado pelos bispos católicos da nação”, publicou Breitbart.com, “que emergiram com uma força tremenda nas negociações da reforma do sistema de saúde.”
Esse foi apenas o início da intervenção dos bispos. Eles tinham uma estratégia muito bem planejada. A seguir, citações do mesmo artigo: “Não foi a primeira vez que um católico de alta patente fez intervenções junto a oficiais de importância para estabelecer rígidas restrições com relação ao aborto na reforma do sistema de saúde. O cardeal Sean P. O’Malley, de Boston, apelou pessoalmente ao presidente Barack Obama sobre a questão junto ao altar da igreja em setembro durante o funeral do senador Edward M. Kennedy, de Massachusetts. [Além disso] Os bispos secretamente entraram em contato com os membros do congresso e senadores com o pedido de intervenção.”
Roma trabalhou de todas as formas possíveis. A emenda Stupak, em que as restrições com respeito ao aborto são apresentadas, foi o instrumento utilizado para pressionar o Congresso. Ela foi criada e apresentada pelo membro da câmara Bart Stupak, de Michigan, grande oponente católico romano do aborto, embora seja democrata. A emenda Stupak não foi nem mesmo considerada viável até que os bispos católicos envolveram-se na semana anterior à votação do projeto de lei com uma imensa campanha para pressionar a Câmara dos Deputados a excluir o recurso financeiro destinado à realização de abortos. Ouça as palavras de Bart Stupak: “A Igreja Católica usou seu poder – sua influência, se preferir – para interferir nessa questão. Ela teve que fazer isso. Trata-se de uma crença fundamental da religião…”
Segundo afirmou o relatório AP, “[na verdade] foi Stupak que informou Pelosi… que caso ela quisesse um acordo em relação ao projeto de lei da reforma de saúde, seria sensato convidar os assistentes dos bispos que já estavam em seu escritório. ‘Eles já estão aqui e representam um dos grupos principais que você quer que esteja do seu lado, porque, então, não chamá-los e buscar uma solução?’, disse Stupak. Pelosi aceitou o conselho e o resultado revelou o que realmente aconteceu por debaixo dos panos. A Conferência dos Bispos convenceu Nancy e outros líderes da ala democrata de que a única maneira de conseguir com que a versão do projeto de lei apresentada pela Câmara fosse aprovada era através da inclusão da emenda antiaborto de Stupak. A emenda Stupak foi aprovada pela Câmara por 240 votos contra 196, conduzindo o projeto de lei para a fase final de aprovação.
A emenda foi copatrocinada por Joseph Pitts, evangélico da Pensilvânia, e grande inimigo do aborto. Esse é um exemplo da cooperação entre católicos e evangélicos para atingir os objetivos políticos de Roma.
MSNBC Article on Health Reform
A batalha intensificou-se tanto em relação ao envolvimento da Igreja Católica, como também em relação à emenda. Na realidade, havia quarenta democratas que estavam insatisfeitos com o projeto de lei. Esse grupo seria suficiente para impedir que o projeto de lei apresentado por Pelosi fosse aprovado se todos estivessem dispostos a votar contra. Pelosi e os líderes democratas aliados trabalharam a portas fechadas, lutando para forjar um acordo de última hora para salvar o projeto de lei. Roma obviamente tirou vantagem dessa situação.
Vários democratas, incluindo Jason Altmire, da Pensilvânia, declararam manter contato com os bispos católicos de suas localidades. Altmire afirmou que tinha que obter a aprovação do bispo em Pittsburgh antes de votar a favor do projeto. Imagine ter que pedir a aprovação de seu pastor para votar leis! Como pode os bispos católicos terem uma influência tão poderosa assim!
O membro da câmara Steve Driehaus, de Ohio, disse que estava “tentando votar a favor”, mas que não votaria a favor da reforma do sistema de saúde a menos que constassem as seguintes palavras no documento: “Nenhum recurso financeiro federal deve ser utilizado para pagar por abortos de forma que nenhum recurso federal deve ser utilizado para pagar por abortos na opção pública.” Dreihaus é católico romano e trabalhou diretamente com a Universidade Jesuíta Xavier como professor de ciência política, em outra ocasião como diretor e hoje como consultor da Community Building Institute, colaboradora da Universidade Xavier e United Way. Dreihaus mantém boas relações com os jesuítas e sem dúvida sabe como trabalhar com eles.
A Fox News 4 publicou um editorial escrito pelo comentarista de rádio Bill Press intitulado “Congresso de Bispos Católicos”. “Analise a situação”, escreveu Press. “Após meses de debate, o corpo legislativo nacional está pronto para dar início a uma votação histórica. Antes, porém, de os legisladores votarem sim ou não, o projeto de lei deve primeiro ser enviado para a aprovação do Supremo Concílio Religioso. Somente depois de clérigos não eleitos darem a sua bênção, os políticos eleitos recebem a permissão de votar.
“Isso aconteceu no Irã? Não, isso aconteceu aqui mesmo, na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos durante a votação da reforma do sistema de saúde.
“Um projeto de lei meticulosamente desenvolvido – o resultado de meses de debate por três comitês diferentes da Câmara – estava diante da Câmara para a votação final. Mas, no último momento, os lobistas a favor da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos invadiram o Capitólio, declararam que não podiam aceitar as provisões no projeto de lei restringindo o recurso federal para o aborto, exigiram que a linguagem fosse mais rígida e restrita – e democratas submissos e obedientes fizeram exatamente o que os bispos ordenaram.”
Em outras palavras, o voto conservador católico na Câmara dos Deputados era tão vital para Nancy Pelosi que ela sabia que tinha que ter o apoio dos bispos. Ela precisava de 218 votos. Considerando que ainda faltavam 19 votos até aquele momento, é surpreendente notar que o projeto de lei foi aprovado com uma votação tão acirrada – o que demonstra que a luta realmente foi intensa. O resultado final dos votos foi 220 a favor do projeto de lei, apenas dois votos a mais do mínimo necessário. Esse resultado também sugere que esses 21 votos estavam impedindo a votação a favor das exigências da Igreja Católica.
Obviamente, meu amigo, os bispos católicos convenceram Nancy Pelosi e outros líderes democratas de que colocariam todo o projeto de lei a perder se não fizessem as mudanças em relação à questão do aborto.
Bill Press continuou: “Ao fazer isso, eles poderiam muito bem ter jogado a primeira emenda [da Constituição dos Estados Unidos], que estabelece a separação da igreja e do estado, pela janela. Os defensores da liberdade civil deveriam estar igualmente insatisfeitos com tal rude violação da Constituição”, afirmou. “Na verdade, os membros do Congresso concederam aos bispos católicos o poder de vetar a legislação federal: poder que nenhum grupo de líderes religiosos deve ter sobre um congresso secular e eleito pelo povo. Afinal, quem elegeu os bispos? Quem eles representam?”
Meu amigo, as “pedras” estão falando. Apesar de Bill Press, católico, estar do outro lado da questão do aborto em relação aos bispos, e apesar de muitos dentre o povo de Deus concordarem com os argumentos dos bispos, os estudantes da profecia não devem perder de vista a importância desses fatos.
Ouça as palavras do profeta Daniel em relação ao poder de Roma: “Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava…” (Daniel 7:7). Embora ainda não tenhamos visto esse poder no auge de sua força, estamos começando a ver a maneira de Roma agir. Ela devorou os democratas e quebrou-os em pedaços. Esse é apenas o começo, amigo. Lembre-se, porém, de que esse é apenas o cumprimento parcial da profecia. Roma está se preparando para devorar o povo de Deus se puder, e, segundo Daniel 8:25, “destruirá os poderosos e o povo santo” – aqueles que guardam todos os mandamentos de Deus e recebem o poder do Espírito Santo na chuva serôdia. Roma está demonstrando seu poder ao atingir a estatura que lhe foi designada na profecia.
Bill Press apontou outra coisa muito interessante: “Por que os bispos católicos recebem tratamento especial?” perguntou. “Você consegue imaginar as queixas e reclamações dos democratas se religiosos conservadores como James Dobson e Pat Robertson tivessem o mesmo acesso que os bispos? Ou os protestos dos conservadores se o Congresso, antes de tomar qualquer decisão, pedisse a bênção de Al Sharpton e Jesse Jackson? Sem mencionar o alvoroço universal que ocorreria se um grupo de clérigos mulçumanos fosse consultado antes da votação. Nenhum outro grupo de líderes religiosos recebeu esse acesso especial aos corredores do poder…”
Qualquer católico americano, até mesmos um bispo, tem o direito de opinar em questões políticas nos Estados Unidos como indivíduo, mas algo totalmente diferente é ver bispos fazendo lobby no Congresso como igreja ou entidade religiosa e em seguida partir para uma enorme campanha para pressionar o Congresso através dos membros da igreja. Trata-se da violação da primeira emenda, que estabelece a separação da igreja e do estado na Constituição dos Estados Unidos, até mesmo da própria constituição. A razão de os bispos possuírem tal poder de influência deve-se à natureza dupla da Igreja Católica. Nenhuma outra igreja possui o tipo de poder que Roma detém, pois é uma igreja e ao mesmo tempo uma nação-estado. A Bíblia assim nos diz em Apocalipse 17 ao descrever essa entidade como uma besta e ao mesmo tempo como uma mulher. Há outras nações que misturam religião e política, mas nenhuma delas possui a influência e o poder global de Roma.
Bill Press concluiu: “Se bispos católicos vão exigir voz na legislação, então, eles devem seguir as mesmas regras que todos os outros interessados especiais fazem em Washington: devem registrar-se como lobistas e pagar os impostos exigidos. Se os bispos insistirem em se envolver na política, devemos insistir que seja retirada a condição de isenção de impostos da Igreja Católica.”
Em outras palavras, as leis da nação estão sendo influenciadas e manipuladas por uma igreja poderosamente influente que assim opera sem pagar impostos – o que é ilegal nos Estados Unidos.
O Vaticano na verdade criticou a legislação civil do Congresso dos Estados Unidos antes da votação e liberou os votos católicos apenas depois que as exigências de Roma foram satisfeitas. O resultado da legislação na Câmara demonstra que apesar de os republicanos não terem número de votos suficiente para impedir a aprovação de projetos de lei, o Vaticano tem poder para fazer com que sejam aprovados em harmonia com seus próprios objetivos.
Note que a Igreja Católica Romana, uma nação estrangeira, ocupa agora a posição de julgar ao menos algumas das leis norte-americanas. Isso não deve passar desapercebido pelos estudantes de profecia. Assim que a Igreja Católica tiver o poder de pressionar com sucesso a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos contra a vontade da maioria, teremos atingido um momento sem precedentes na história. Isso nos faz pensar quanto tempo levará para Roma influenciar a grande maioria fazendo com que qualquer lei que infrinja seus princípios seja “consertada” pelos bispos católicos. Pior do que isso, quanto tempo levará até que Roma seja capaz de fazer com que leis sejam criadas e aprovadas com o intuito de restringir a liberdade da última geração dos guardadores do sábado de Deus, como as leis dominicais.
Embora você e eu possamos concordar com a posição de Roma sobre a questão do aborto, é extremamente significativa a atuação bem-sucedida de Roma em pressionar politicamente os membros do congresso a fazerem a sua vontade, mesmo que a vasta maioria discorde da sua posição.
Havia um número suficiente de democratas conservadores, em sua maioria católicos, que se opunha ao aborto e não estava disposto a votar em favor do projeto de lei não modificado. Os democratas liberais e mais poderosos tiveram que abrir mão de um de seus princípios mais importantes para fazer com que os conservadores apoiassem a reforma do sistema de saúde. O fato de o projeto de lei ter sido aprovado com apenas dois votos de vantagem, revela que Roma tem poder suficiente para influenciar o resultado da votação se for de seu interesse, mesmo se houver uma grande margem de votos contra ela. Isso também nos revela que Roma ainda não possui poder total se a Câmara estiver mais unida contra suas posições. Mas ela está a caminho de conseguir esse poder.
Não muito tempo atrás, os republicanos detinham o poder sobre o Congresso. Por muitos anos, desde a administração Reagan até a administração atual, os democratas tiveram pouco poder. O Partido Democrata precisou eleger mais democratas conservadores para atuar com mais sucesso no Congresso. Ouça as informações publicadas no periódico Wall Street Journal:
“O sucesso dos bispos serviu com um lembrete de que a estratégia dos democratas ao longo dos últimos dois ciclos de eleição de recrutar mais candidatos conservadores para concorrer para cargos na Câmara e no Senado pode ter consequências políticas indesejadas para os liberais da base do partido. Cerca de 40 democratas da Câmara se opõem aos direitos de aborto.”
Percebe o que aconteceu? Havendo democratas conservadores suficientes no Congresso que se opunham ao aborto, a Igreja Católica pôde usá-los para manipular o Congresso a fim de legislar em harmonia com seus princípios religiosos. Isso é muito perigoso, meu amigo. O que acontecerá se mais democratas conservadores forem eleitos ao Congresso dos Estados Unidos?
“Há registros na história do ativismo político dos bispos”, continuou o Wall Street Journal. “Na disputa presidencial de 2004, alguns bispos afirmaram que não permitiriam que o candidato democrata John Kerry, católico que apoiava os diretos de aborto, participasse da cerimônia de eucaristia. Em 2005, a Conferência dos Bispos apoiaram os esforços do então presidente George W. Bush e legisladores republicanos na intervenção do caso “direito de morrer” de Terri Schiavo. Raramente, porém, a igreja se envolveu na briga política com tamanha força decisiva [como no caso da reforma do sistema de saúde].”
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Lembre-se de que dentre os membros do congresso, 30% são católicos romanos. A maioria deles é liberal. Mas se isso mudar e mais e mais conservadores forem eleitos ao longo do tempo, o cenário pode mudar, conferindo a Roma mais poder. No entanto, até mesmo agora, o poder total pode ocorrer em relação a qualquer questão específica, caso a nação inteira esteja envolvida em solucioná-la. Se ocorrerem desastres em massa, por exemplo, e os bispos, os pastores das principais denominações e os pregadores evangélicos começarem a promover a observância do domingo como uma forma de levar a nação de volta para Deus, as leis dominicais podem facilmente ser aprovadas na Câmara e no Senado.
“A Conferência dos Bispos dos Estados Unidos…”, publicou a Associated Press, “obtém grande parte de seu poder do número significativo de católicos do país… mas também da moral especial e da posição religiosa de seus membros. Muitos deles mantêm contato regular com legisladores, influenciando nas questões de política de imigração para o benefício de pessoas de baixa renda.”
Note a observação feita a respeito da moral especial e da posição religiosa dos membros da Igreja Católica. A sugestão aqui é que eles detêm mais poder e influência do que outras pessoas ao se pronunciarem.
Kathy Saile, porta-voz da Conferência dos Bispos dos Estados Unidos, fez um comentário muito revelador citado no relatório AP mencionado anteriormente. Após apontar que os democratas estão cientes do poder dos eleitores católicos, dentre os quais mais de 50% votou no presidente Obama, o AP informou que Kathy Saile declarou: “Muitos membros do congresso deram ouvidos aos seus eleitores.” Claro que ela quis dizer que principalmente os eleitores católicos estavam sendo ouvidos pelos democratas que estão cientes de seu poder. Esse comentário feito pela porta-voz da Conferência dos Bispos Católicos sugere que os bispos trabalharam por debaixo dos panos incentivando o povo a entrar em contato com os candidatos eleitos e instruindo-lhes até mesmo quanto ao que deveriam dizer.
Na verdade, foi exatamente isso o que a Conferência dos Bispos Católicos fez. Eles se engajaram em uma forte campanha, realizada em grande parte fora do conhecimento da mídia, por meio da distribuição de “panfletos em todas as paróquias da nação solicitando que as pessoas orassem pela restrição do aborto e entrassem em contato com os membros do congresso e os senadores exigindo que ‘consertassem o projeto de lei com emendas pró-vida’”, informou o relatório AP.
Além disso, continuou o relatório AP, “os assistentes da Conferência dos Bispos envolveram-se a fundo na trama legislativa da reforma do sistema de saúde, até mesmo colocando os bispos para intervir junto aos republicanos – que estavam relutantes em ajudar os democratas a aprovarem o projeto de lei – para certificarem-se de que eles apoiariam as restrições em relação ao aborto.”
Em outras palavras, os bispos trabalharam em ambos os lados da ala política a fim de o projeto de lei ser aprovado com as restrições que desejavam. Por incrível que pareça, os bispos não foram tão bem-sucedidos com os republicanos como foram com os democratas. Apenas um republicano votou a favor do projeto.
Seu nome é Jospeh Cao, católico romano de New Orleans, Los Angeles, Estados Unidos. Assim que as provisões antiaborto foram incluídas, Cao passou a apoiar o projeto de lei da reforma do sistema de saúde. Cao estudou por seis anos no seminário jesuíta para se tornar padre, mas abandonou o seminário a fim de estudar filosofia e direito. Cao concluiu o mestrado na universidade jesuíta Fordham em Nova York após graduar-se em direito na universidade jesuíta Loyola em New Orleans. Durante o período em que cursou direito em Loyola, ministrou aulas de filosofia para a instituição. Sem dúvida, Cao conhece muito bem os ensinos católicos e a posição da igreja em relação ao sistema de saúde universal e ao aborto. Assim, era de se esperar que auxiliasse Roma em seus esforços para conseguir que a legislação fosse aprovada na Câmara dos Deputados.
Loyola University of New Orleans
O relatório AP ainda registrou: “O resultado [da votação da reforma do sistema de saúde na Câmara dos Deputados] irritou os defensores dos direitos do aborto, que não conseguiram conquistar votos suficientes na Câmara para impedir a intervenção católica. Os bispos ‘basicamente votaram. Eles ditaram tudo – o que é totalmente inapropriado – uma interferência grosseira da igreja nos assuntos do estado’, afirmou Eleanor Smeal da Maioria Feminista. ‘O movimento das mulheres e as forças pró-escolha sentem que foram enganados.’”
Los Angeles Times News Article
Gostaria que você parasse para pensar nesses comentários por um instante. Consegue perceber o que está acontecendo? Aqueles que defendem a separação da igreja e do estado nesse caso são as feministas e os defensores pró-aborto. Será que aqueles que defendem a separação da igreja e do estado baseados no princípio bíblico devem se unir a esses movimentos? Nas ocasiões em que a melhor solução para uma emergência nacional ou internacional é uma solução religiosa, geralmente ela é apresentada revestida de piedade e justiça, mas, na verdade, trata-se de um meio para aniquilar a separação da igreja e do estado e forçar as pessoas a transgredirem a lei de Deus. Em sua opinião, quão eficaz seria a argumentação do povo fiel de Deus em favor da separação da igreja e do estado, e contra as leis dominicais, se estiver ligado a pessoas que lutam por objetivos cada vez mais liberais? Amigo, de várias maneiras diferentes, o povo de Deus guardador do sábado também tem sido “enganado” pela intervenção dos bispos católicos romanos. Trata-se apenas de uma questão de tempo.
“Tony Perkins, presidente do Family Research Council, grupo evangélico que tende a favorecer os republicanos, afirmou que a votação de sábado esteve entre as vitórias mais importantes para os inimigos do aborto desde o caso Roe versus Wade na decisão da Suprema Corte de 1973, que legalizou o procedimento, pois dessa vez ocorreu sob a liderança democrática”, publicou o Wall Street Journal.
Em relação ao Partido Democrata, Nancy Pelosi afirmou o seguinte durante uma entrevista coletiva à imprensa: “Estamos felizes de assumir a responsabilidade por esse projeto de lei, e o crédito também.” Mas o verdadeiro crédito vai para os bispos católicos, cuja campanha agressiva fez com que o resultado da votação favorecesse os democratas. Diante da habilidade do Vaticano de mudar a opinião dos democratas liberais, podemos ver, meu amigo, que Roma já cumpriu em grande parte seu destino profético de se tornar a influência política e religiosa mais poderosa na política norte-americana.
Ouça a seguinte citação do livro O Grande Conflito, página 588: “Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as mãos através do abismo para apanhar a mão do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, desprezando os direitos da consciência.” Os Estados Unidos, ao que tudo indica, está prestes a concluir o processo de estender-se por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano.
Os bispos também foram até o Senado, mas não foram capazes de conseguir uma emenda para a versão do projeto de lei do Senado a fim de eliminar o recurso financeiro em prol do aborto. Aparentemente, o Senado não possui inimigos do aborto suficientes para a Igreja Católica fazer o que fez na Câmara. Essa é a razão de Roma ainda não ter atingido claramente o auge de seu poder. No entanto, durante o processo de conciliação das duas versões do projeto de lei, os bispos mais uma vez pressionaram fortemente para que houvesse a remoção do recurso financeiro pró-aborto. Novamente, os membros conservadores da Câmara exigiram restrições para o aborto. Como resultado, o presidente Obama foi forçado a emitir uma ordem executiva restringindo o recurso financeiro para o aborto no projeto de lei conciliado. Apenas, então, houve votos conservadores suficientes a favor do projeto. Os bispos não ficaram satisfeitos com a ordem executiva, pois pode ser facilmente mudada. Sem dúvida, eles continuarão pressionando o corpo legislativo até conseguirem o que querem. Devido a outras questões constitucionais do projeto de lei, há alguns estados norte-americanos que já entraram com processos judiciais contra o Governo Federal dos Estados Unidos a fim de contestar a lei por completo. Certamente, os bispos usarão o seu poder para influenciar o resultado.
Amigo, ao nos aproximarmos do fechamento da porta da graça, há algo que ainda lhe falta fazer a fim de se preparar para a crise? Espero que você esteja levando essas coisas a sério e fazendo o que for preciso para ter um relacionamento sincero e íntimo com Jesus. Hoje é o tempo; não algum outro momento no futuro. Hoje é o dia da salvação. Devemos estar espiritualmente preparados se quisermos ser protegidos pela graça de Deus no momento em que não houver nenhuma lei humana para assim o fazer.
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