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A Bíblia e a Revolução Francesa

Por Pastor Hal Mayer

A Bíblia e a Revolução Francesa [1]

Prezados amigos,

Bem-vindos ao Ministério Guarde a Fé. Agradecemos a vocês por se unirem a nós para fazermos outro estudo importante com relação ao fim dos tempos. Sua orações e apoio são importantes para nós porque ajudam a transformar vidas para a eternidade. Tantas pessoas têm agradecido ao Ministério Guarde a Fé por suas demonstrações fiéis de mensagens urgentes para os últimos dias. Muitos me dizem que tiveram a vida e de seus familiares transformadas ao começarem a prosseguir em uma caminhada com Deus. Meu coração se alegra em ver essas coisas e eu aprecio muito suas orações e suas doeações para apoiar o trabalho que Deus designou que o Ministério Guarde a Fé fizesse.

Quero dizer também o quanto estou agradecido por suas orações pelo Highwood Health Retreat, nosso ministério de saúde na Austrália. Sou muito grato pelos voluntários que vieram ao Highwood da Austrália e dos Estados Unidos, Canadá, Europa e até mesmo da Ásia, por um período de três a seis meses para ajudar na reconstrução e auxiliar com o ministério na região. Mais recentemente, voluntários de New South Wales, Queensland, dos Estados Unidos e do Canadá nos ajudaram muito em nossa reconstrução. Caso tenha interesse em ser voluntário na Highwood, entre em contato conosco e trabalharemos para que tudo dê certo.
Neste momento, a Highwood está reconstruindo duas grandes casas que estão sendo transformadas em duplex para que possam acomodar mais equipes de apoio. Será muito útil para nós e acreditamos que isso nos dará muito mais flexibilidade. Ainda esperamos poder remodelar nosso departamento de terapia, mas ainda não temos todos os recursos que necessitamos para este projeto. Por favor, orem em favor disso.

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A França estava no ápice de um grande avanço. Suas indústrias estavam para se desenvolver, sua economia estava pronta para se expandir, seu povo estava à beira de um grande desenvolvimento intelectual. A reforma tinha dado à França a oportunidade de mudar o curso da história ao colocar os princípios de reforma para trabalhar em seu favor. Mas alguma coisa aconteceu que impediu que a França atingisse as maiores alturas; algo terrível; algo escuro e devastador; algo que está sendo repetido atualmente por muitas, muitas nações. Este será nosso estudo de hoje ao explorarmos os tempos nos quais vivemos à luz da história. Seu entendimento deste importante capítulo da história ajudará a entender nossos tempos proféticos.

Mas antes de iniciarmos, vamos orar. Pai Nosso que estás no céu, é com gratidão que viemos a Ti hoje e pedimos Teu Santo Espírito para nos iluminar. Revela-nos as lições para o nosso tempo, e dá-nos a percepção da Tua presença. Mostra-nos como viver e como não viver para que possamos refletir os verdadeiros princípios do céu em nossa vida. Percebemos que nossa sociedade está mudando. E vemos como a profecia bíblica está se cumprindo. Portanto, abre as janelas do céu e derrama bênçãos sobre nós ao estudarmos este tópico hoje. Em nome de Jesus, amém.

A Bíblia sempre foi o centro do conflito entre Cristo e Satanás. Por toda a história, Satanás tem tentado obscurecer a Bíblia porque ele sabe que ela tem poder para salvar a alma perdida do pecado e da destruição eterna. Ele está determinado a fazer tudo que puder para evitar que as pessoas a leiam, mesmo que para isso tenha que queimá-las em estacas ou torturá-las em uma masmorra. Sua crueldade não tem limites. Mesmo que você não seja cristão, ele é seu adversário perigoso.
A razão que faz Satanás odiar tanto a Bíblia é porque Ela revela a vontade de Cristo e mostra o caminho para a salvação. É também a mensagem de Cristo para Sua igreja. Mas acima de tudo, o inimigo odeia a Bíblia porque Ela expõe seus planos enganosos. A inimizade de Satanás com Cristo é mortal e é executada, se possível, nos seguidores de Cristo. Ele quer varrer todo o mundo com seu poder destrutivo. Precisamos da Bíblia para sobreviver aos seus ataques, tanto em nossa vida diária como na crise final.

Há uma descrição na história dos resultados desastrosos que aconteceram quando uma nação rejeita a Bíblia. Esta nação é a França. E é importante que entendamos a história da França com um discernimento profético de como o mundo estará imediatamente antes da segunda vinda de Cristo. Espero que sua mente se abra ao considerarmos as implicações para o nosso próprio tempo.
Ouça esta afirmação no livro Educação, páginas 227 e 228. “O espiritismo afirma que os homens são semideuses não decaídos; que “cada mente julgará a si mesma”, que “o verdadeiro conhecimento coloca os homens acima de toda a lei”, que “todos os pecados cometidos são inocentes”, pois “o que quer que seja, está certo”, e “Deus não condena”. Representa os mais vis dos seres humanos como estando no Céu, e grandemente exaltados ali. Assim, declara ele a todos os homens: “Não importa o que façais; vivei como vos aprouver, o Céu é vosso lar.” Multidões são levadas assim a crer que o desejo é a lei mais elevada, a libertinagem é liberdade, e que o homem só tem de prestar contas a si mesmo…”

“Ao mesmo tempo a anarquia procura varrer todas as leis, não somente as divinas mas também as humanas. A centralização da riqueza e poder; vastas coligações para enriquecerem os poucos que nelas tomam parte, a expensas de muitos; as combinações entre as classes pobres para a defesa de seus interesses e reclamos, o espírito de desassossego, tumulto e matança; a disseminação mundial dos mesmos ensinos que ocasionaram a revolução francesa – tudo propende a envolver o mundo inteiro em uma luta semelhante àquela que convulsionou a França.”

Você ouviu esta lista? Temos todas essas coisas hoje em dia? Por exemplo, vemos a centralização da riqueza e do poder? É claro que vemos. A consolidação das empresas é apenas um exemplo. Embora haja a tão chamada “competição”, apenas algumas corporações enormes controlam a maioria dos recursos em um dado setor da economia. E isso dá a eles um enorme poder. Sendo assim, os bancos centrais estão usando a crise civil econômica para aumentar e consolidar riqueza e poder nas mãos de poucos, e estão tirando a maior parte da riqueza pela desvalorização da moeda. Outro exemplo é o mercado de ações, que enriquece poucos com os gastos de muitos. E assim segue a lista.

Existe um espírito de inquietação, de revolta e derramamento de sangue? E as revoltas na Grécia, Grã-Bretanha e Espanha em tempos recentes? E quanto as revoltas no norte da África e no Oriente Médio? Revoltas e derramamento de sangue estão em todo lugar.

E sobre a disseminação mundial dos mesmos ensinamentos que levaram à Revolução Francesa? Temos isso? Com certeza temos. O ensinamento funciona assim: você faz o que bem entender. Você é seu próprio juiz do que é certo ou errado. Deus não se importa mais. Você não precisa mais dele. Esta ideia está em todo lugar, meus amigos. A revolução francesa foi o resultado destas e outras questões e conduziram à anarquia e ruína. Nosso mundo está seguindo na mesma direção. É como se a história da França que levou à revolução fosse semelhante ao que está acontecendo hoje. Portanto, vamos considerar a história da França à luz deste relato profético e ver se podemos entender claramente aonde nosso mundo vai chegar.

Durante a reforma protestante, mesmo antes de Lutero começar a denunciar o papa, havia um professor muito culto, mas muito humilde, na universidade de Paris que estava ensinando os princípios do evangelho aos seus alunos. Seu nome era Lefevre. Uma vez ele disse de Cristo: “A grandeza indescritível da mudança, – o inocente é condenado, o culpado é mantido livre; o abençoado sofre a maldição, e o amaldiçoado recebe a bênção; o vivo morre e o morto vive; a Glória é oprimida nas trevas e aquele que não conhecia nada além de confusão de rosto é revestido de glória.” D’Aubigne, London ed., b. 12, cap. 2.

Lefevre causou um impacto em seus alunos e muitos deles se converteram ao cristianismo e ao evangelho. Um deles foi William Farel. Farel era um seguidor fervoroso do papa e muito zeloso em defender a fé católica. A princípio, ele rejeitou o evangelho, mas como geralmente é o caso, não pôde encontrar paz em sua alma. Seus pecados o atormentaram até que ele finalmente começou a ler a Bíblia e lá ele encontrou a Cristo e O aceitou como seu Salvador pessoal.

Wikipedia Article on Jacques Lefèvre d‘Étaples [2]

Artigo da Wikipedia sobre Jacques Lefèvre d‘Étaples [3]

Meus amigos, a Bíblia mudará sua vida. Se você deseja amar a Deus, estude a Bíblia. Se você quer que seus pecados sejam perdoados, estude a Bíblia. Se você quer salvação, estude a Bíblia. Se você quer viver para sempre, estude a Bíblia. Isso não é tudo, é claro. Você deve se render ao amor de Cristo apresentado na Bíblia. Você deve se doar a Ele e deixar que Ele mude seu coração.

William Farel ficou tão entusiasmado em proclamar a Cristo quanto tinha sido em defender o papa. Por onde quer que ele fosse ganhava conversos ao evangelho. Também obteve sucesso ajudando um grande número de professores da universidade a encontrarem a Cristo e que se uniram a ele na proclamação da verdade. Artesãos e trabalhadores comuns ouviram sobre o evangelho pela primeira vez, e muitos deles se alegraram com a luz da palavra de Deus. A Bíblia estava começando a transformar a vida das pessoas, e se não fosse impedida, transformaria a vida da nação. Até mesmo a irmã do rei Francis I aceitou a mensagem de conversão.

Roma escondia a Bíblia das pessoas. Elas tinham fome e sede da mensagem celeste, mas em vez disso, Roma dava a eles apenas pedacinhos que não satisfazem. Os que queriam ouvir o evangelho eram como viajantes cansados que chegavam a uma fonte de água fresca. E sua alegria não tinha fronteiras.

Um dos primeiros conversos de Farel ao evangelho foi o bispo de Meaux, William Briconnet. Este homem era um dignitário da igreja, mas fez muito para trazer o evangelho às pessoas comuns, do campo. Ele também corrigiu muita corrupção removendo os sacerdotes maus e corrigindo os abusos. Lefevre tinha ficado responsável pela tradução do Novo Testamento das Escrituras Sagradas para o francês e a publicou em Meaux. Foi mais ou menos na mesma época em que o Novo Testamento Luterano estava saindo das gráficas em Wittenberg. O bispo Briconnet era muito eficiente em distribuir Bíblias entre os fariseus para que o povo pudesse tê-las em suas próprias mãos. Isso, é claro, era um grande pecado aos olhos da hierarquia. A hierarquia católica romana finalmente descobriu que o bispo estava do lado do evangelho.

Wikipedia Article on William Farel [4]

Artigo da Wikipedia sobre Guilherme Farel [5]

Wikipedia Article on Guillaume Briçonnet [6])

Não demorou muito para que eles determinassem que o bispo fosse silenciado de alguma forma. Afinal, se eles não podiam controlar seus próprios líderes, como eles poderiam esperar manter o resto da sociedade sobre sua supervisão. Finalmente, Briconnet foi forçado a escolher entre a renúncia da fé protestante e a fogueira. Infelizmente, ele escolheu a renúncia. No entanto, seu povo era mais convicto que ele. Muitos deles deram a vida nas chamas. Isso espalhou o interesse pela Bíblia por toda a França.

Então surgiu um nobre muito severo. A princípio, Louis de Berquin amava a igreja, mas quando ele foi providencialmente levado a conhecer a Bíblia e a Jesus, tornou-se tornou um forte defensor da doutrina reformista. Estava politicamente conectado e fez muito para espalhar o evangelho na França. Mas a igreja estava determinada a silenciá-lo também. O rei Frances I foi pressionado.

Enquanto aumentava o perigo, Berquin recebeu uma carta do famoso e sábio, mas o oportunista Erasmus “pede para seres enviado como embaixador a algum país estrangeiro,” escreveu ele. “Vai viajar na Alemanha. Conheces Beda e outros como ele; é um monstro de mil cabeças, lançando veneno por todos os lados. Teus inimigos se contam por legiões. Fosse a tua causa melhor do que a de Jesus Cristo, e não te deixariam ir antes de te haverem miseravelmente destruído. Não confies muito na proteção do rei. Seja como for, não me comprometas com a faculdade de teologia.” O Grande Conflito, página 216

Este tipo de conselho não impressionou Berquin. Portanto, longe de aceitar esse conselho comprometedor, ele redobrou seus esforços e mais ousadamente proclamou o evangelho. Depois de muitas voltas e reviravoltas intrigantes Berquin também foi executado e queimado na fogueira. Essas perdas foram difíceis na reforma, mas serviram para aumentar a convicção de outros e espalhar os ensinamentos da Bíblia por toda parte.

Quando Berquin foi executado, William Farel deixou Meaux e foi para sua casa. Ali ele pregava a verdade nas áreas vizinhas. Uma grande perseguição surgiu em Meaux e isso espalhou muitas outras pessoas, apenas espalhando a luz da verdade ainda mais longe.

E enquanto todas essas coisas aconteciam na França, Deus estava levantando outra arma em seu arsenal em Paris. João Calvino tinha vindo para estudar teologia na Universidade e estava mostrando grande esperança como defensor da igreja católica.
Ele foi um forte papista e não queria ter nada a ver com as doutrinas da fé reformada. Até chegou a pensar que os reformadores mereciam o fogo no qual tinham sido consumidos.

Mas Deus tinha um plano para Calvino e sabia como alcançá-lo. Calvino tinha um primo cujo nome era Olivetan, um valdense, que finalmente traduziu a Bíblia para o francês para os valdenses.

Olivetan, como todo jovem valdense, foi enviado como missionário para se infiltrar em universidades e onde mais fosse possível para espalhar o evangelho. Ele estava passando um tempo em Paris quando encontrou seu primo Calvino. Naturalmente, as confusões religiosas do dia se transformaram em discussões.

Um dia Olivetan fez a seguinte observação rude para Calvin: “Há apenas duas religiões no mundo. Uma classe de religiões é a que foi inventada pelos homens, na qual todos os homens salvam a si mesmos por meio de cerimônias e boas obras; a outra é a religião que é revelada na Bíblia e que ensina o homem a olhar para a salvação somente pela graça livre de Deus”.

“Não seguirei nenhuma de suas novas doutrinas”, exclamou Calvino; “acha que vou viver no erro todos os meus dias?” História do protestantismo, J. A. Wylie, livro 13, capítulo 7. Ver também O Grande Conflito, página 220

Mas a forte reação de Calvino apenas serviu para fazê-lo pensar na observação de Olivetan. Quanto mais ele tentava se livrar, mais se sentia perturbado. A convicção do pecado veio sobre ele e sua profunda ignorância. Tentou fazer penitência e obedecer todas as exigências da igreja, mas nada disso o ajudou.

Um dia, em grande desespero, ele viu um protestante sendo queimado na fogueira em praça pública e ficou maravilhado com a paz estampada em seu rosto enquanto as chamas o consumiam, especialmente ao comparar isso com o desespero e escuridão em sua alma. Ele sabia que os hereges descansavam sua fé na Bíblia. Por isso decidiu lê-la por si mesmo. Lá, encontrou um Jesus amável e foi impulsionado a entregar seu coração a Cristo. Agora, ao invés de defender a igreja católica, ensinava o evangelho de casa em casa em Paris. Continuava seu trabalho silenciosamente. Deus o estava preparando para fazer um trabalho proeminente mais tarde. Mas finalmente começaram a suspeitar dele também. Quando os oficiais vieram prendê-lo por heresia pela porta da frente, Calvino escapou pela janela dos fundos e fugiu de Paris unicamente para espalhar o evangelho no campo.

Wikipedia Article on John Calvin [7]

Artigo da Wikipedia sobre João Calvino [8]

Mas um evento imprudente mudou o curso da reforma na França. Conforme o rei estava oscilando entre a fidelidade católica e protestante, alguns protestantes, ansiosos em continuar com a reforma na Alemanha e outros lugares, decidiram espalhar cartazes por toda Paris em uma noite. Um dos cartazes estava fixado na porta do quarto do rei. Não se sabe se foi um amigo ou adversário da reforma que o colocou lá.

Mas não importava. Os papistas tiraram vantagem disso. Eles encorajavam o rei a se opor à reforma, alegando que as doutrinas reformadas causariam o colapso de toda a sociedade. O rei apoiava os papistas e isso conduziu ao terrível massacre da noite de São Bartolomeu. Em uma noite, milhares de protestantes foram mortos a sangue frio em Paris. A crueldade implacável durou três meses e se espalhou por todo o país. Tipógrafos, autores, alunos, professores, artesãos e até mesmo alguns da nobreza desapareceram repentinamente. Muitas casas foram esvaziadas. Roma despojou a França de suas mentes mais brilhantes, seus melhores artesãos e seus trabalhadores mais produtivos.

Wikipedia Article on the Affair of the Placards [9]

Wikipedia Article on the St. Bartholomew’s Day massacre [10]

Artigo da Wikipedia sobre o caso dos cartazes [11]

Artigo da Wikipedia sobre o Massacre da noite de São Bartolomeu [12]

Calvino finalmente deixou a França e, como sugestão de William Farel, que agora estava vivendo em Geneva, fez da cidade suíça sua casa e centro de trabalho. Mas a França agora tinha pouca influência de transformação. Os papistas se regozijavam com isso. Mas a infeliz França estava para sentir a maldição de sua rejeição da Bíblia e sua influência na sociedade.

As consequências do massacre da noite de São Bartolomeu foram incríveis. Não apenas removeu os protestantes pelo massacre ou pelo exílio, como também removeu a influência da Bíblia na sociedade. Enquanto os papistas se alegravam com o derramamento de sangue e o papa forjava uma medalha para comemorar a crueldade, a França agora estava para sofrer as consequências dramáticas de rejeitar as Escrituras Sagradas, por toda a sociedade. Tudo sofria por causa da rejeição da palavra de Deus.

Frances I tinha sido responsável por promover o reavivamento do aprendizado na França. Ele amava a realização intelectual. A reforma envolvia um argumento intelectual que a França se agradava em ver. Essa era uma das razões pelas quais ele tolerou a reforma. Ele gostava da contestação intelectual que a Bíblia dos reformistas trouxe à França, especialmente contra o dogma católico romano e, em especial, os monges preguiçosos. Talvez ele gostasse de assistir seus desconfortos ao exporem sua ignorância, um tipo de esporte.

Mas o fervor fanático dos papistas rejeitava seu desejo por liberdade no mercado de trabalho intelectual. Pelo fato de Frances apoiar os papistas que colocavam muita pressão política sobre ele, uma estagnação intelectual desceu sobre a França. As mentes mais nobres ou tinham sido assassinadas ou estavam em exílios em outras terras. A França estava se aproximando do grande avanço do aprendizado. Poderia ter sido um dos líderes em conhecimento e sabedoria. Mas ao virar as costas para a Bíblia dos protestantes, agora ela estava para ser empurrada de volta à escuridão.
Há uma outra lição aqui. A iluminação espiritual não protege a sociedade contra o fanatismo, intolerância e perseguição. Em nossos dias de grande luz e realização intelectual, não estamos mais seguros da manipulação emocional e do fanatismo que a França estava. Sob a pressão da crise, as pessoas podem facilmente ser dominadas e manipuladas a fazer coisas que de outra forma não fariam.

Veja também no livro O Grande Conflito, o capítulo sobre a reforma francesa.
Por causa da Bíblia e do esclarecimento intelectual, a França estava em uma posição de se beneficiar economicamente. A Bíblia teria aumentado a economia assim como fez em outros países reformados. Mas a França não teria permitido tirar vantagem disso.

Mas há também muitas outras consequências. Pense no efeito da grande reforma nas nações que a aceitaram. O maior trabalho da reforma protestante, por mais importante que fosse, não era a audácia ou a bravura dos reformadores. O maior trabalho da reforma era a distribuição de Bíblias nas mãos de pessoas comuns em seu próprio idioma. Isso aterrorizou Roma e fez com que ela reagisse com maior violência. Nos países reformados, colocar a Bíblia nas mãos das pessoas simples em seu próprio idioma trouxe uma maré poderosa de mudanças em toda a sociedade.
Muitas dessas pessoas simples ou camponeses não tinham educação e não podiam ler ou entender a Bíblia. No entanto, uma vez que viram a possibilidade de poder ler apalavra de Deus por si mesmos, ficaram muito motivados a voltar à escola, em período noturno, e aprender a ler. As escolas noturnas nos países protestantes se tornaram muito importantes à medida que mais e mais pessoas, jovens e adultos, procuravam entender a Bíblia.

Enquanto as pessoas aprendiam a ler, suas habilidades intelectuais aumentavam grandemente. Agora podiam pensar de maneira mais eficaz e à medida que entendiam os ensinos da palavra de Deus percebiam que estavam sendo ensinados de maneira errada pelos padres. E o horror dos horrores é que agora eles podiam questionar os ensinos dos padres de Roma. Isso obviamente deixou os padres desconfortáveis. Além disso, muitos deles eram ignorantes das Escrituras e simplesmente imitavam os dogmas papais. Mas enquanto os padres se sentiam ameaçados pelos ensinos das Escrituras, não tinham ideia que Deus tinha começado um processo que derrubaria o grande trono papal no coração das pessoas.
Aptidões intelectuais incríveis fizeram muitas coisas pelas pessoas em países protestantes. Elas podiam ler outros livros e desenvolver ainda mais seu intelecto. Podiam inventar aparelhos para economizar o trabalho que aumentaria a produtividade. Os novos desempenhos permitiram que tivessem mais tempo com a família ou tempo para trabalhar de forma a melhorar sua vida.

O aumento da produtividade fortaleceu a economia tanto para as famílias de forma individual como nacionalmente. A melhoria das condições deu origem a uma classe média, que finalmente derrubou o sistema feudal que tinha sido dominado pelos governadores e pela igreja católica romana. E foi a Bíblia que começou tudo isso. O plano histórico de Roma sempre foi substituir a Bíblia por superstições; substituir os princípios econômicos bíblicos por princípios econômicos papais. O plano de Roma era manter as pessoas na ignorância das Escrituras e, por meio disso, criar uma economia social que os mantivessem na pobreza e no sofrimento.

Mas pense um pouco mais sobre as consequências econômicas. Até a reforma, havia principalmente duas classes de pessoas: as ricas e as pobres. A opressão estava em todo lugar. Os ricos oprimiam os pobres e os pobres odiavam os ricos. A classe rica, que incluía o clero, tinha tudo vindo para eles por causa da forma como a sociedade estava organizada e, então, não tinham motivação para investir seus recursos na produtividade da sociedade em geral.

A classe pobre, por outro lado, usava todo o seu tempo e energia para ganhar a vida, colocar roupas no corpo, comida na mesa e um telhado sobre a cabeça. Era tudo que eles tinham. E em geral não era suficiente. A economia feudal estava, portanto, estagnada na maioria dos países. Mas a introdução à Bíblia e o surgimento da classe média nas nações reformadas mudou tudo isso. A classe média, por definição, tem mais dinheiro que precisa para as necessidades básicas da vida. Isso significa que eles podem usá-lo para melhorar suas condições ou investir em educação, invenções, negócios, e com isso, aumentar sua riqueza ainda mais.

O surgimento da classe média como resultado da introdução da Bíblia na sociedade começou a aumentar a riqueza das pessoas nas nações protestantes e, portanto, deixava as pessoas com maior motivação, maior produtividade e maior independência. Finalmente, isso levou à liberdade de todos os tipos.

A reforma criou uma sinergia e um poder econômico que tornou as nações protestantes menos dependentes de Roma e capazes de criar e exercitar suas próprias políticas, tanto nacionais como estrangeiras, sem a intromissão de Roma. Também abriu novos canais de negociação e comércio. Ficou mais fácil viajar por causa das invenções. O mesmo ocorreu com os meios de comunicação. Comparado ao que temos hoje, foi ainda bastante primitivo. Mas na época, foi um grande avanço.
Simplesmente pense na invenção da imprensa por um minuto. Ela mudou drasticamente a comunicação. Ao invés de limitar as palavras por comunicação de boca em boca, ou escritas à mão, agora poderia haver livros, jornais e outros materiais que podiam manter as pessoas simples informadas das ideias e eventos atuais, tanto políticos como religiosos. Isso captava a atenção das pessoas. Agora eles podiam participar na vida política das nações protestantes. E o ensino da Bíblia começou a influenciar a vida política dessas nações. Enquanto a verdade não precisa ou deseja o poder político, ela influencia a natureza política da sociedade se as pessoas vivem por seus preceitos. A única maneira de o povo ter a Bíblia em suas casas e no coração era através da imprensa, que, a esta altura, tinha feito a impressão mais barata e mais facilmente disponível para as pessoas comuns. Agora quase todo mundo podia ter acesso a uma Bíblia.

A reforma protestante também satisfez uma grande fome no coração das pessoas com comprometimento espiritual significativo e pessoal. O sistema católico romano foi construído no conceito do culto religioso que os padres ensinavam que eram a base de sua salvação. Apenas se a pessoa participasse no culto estaria salva. O sistema era conduzido pelo medo que se você não fizesse parte no culto, estaria perdido. Neste sistema, o amor era retirado de nossa fé e em seu lugar era colocado medo de um Deus vingativo.

Você acha que ainda hoje muitas pessoas pensam dessa forma? A maioria das pessoas quer uma religião que não exija mais que um “culto” semanal. Ir à igreja, ouvir o sermão e ir para casa. Repetem essa rotina semana após semana. Mesmo os protestantes creem que contanto que frequentem a igreja regularmente e apoiem com seus dízimos e ofertas, serão salvos.

Mas os protestantes da reforma ensinavam que a salvação vem como resultado de um relacionamento de coração com Cristo. Isso significa que as pessoas eram emocionalmente ligadas a Deus pelo amor e não pelo medo. Uma enorme mudança aconteceu no coração das pessoas. Agora estavam livres da escravidão e do cativeiro de Roma. Podiam explorar novas ideias, experimentar novas invenções e melhorar sua sorte na vida. As famílias ficaram mais estáveis. Os negócios aumentaram. A economia prosperou. A grande luz brilhava sobre eles e eles se regozijavam nas consequências de seu brilho.

Tudo isso a Bíblia realizou nas nações reformadas. Até mudou a forma como as pessoas pensava sobre si mesmas e suas propriedades. Agora mantinham suas casas e jardins limpos e bem preservados. Agora respeitavam a propriedade de outras pessoas. A estupidez e inércia espiritual da era medieval foram substituídas por entusiasmo e desafio. Estavam com o coração cheio de interesse na vida que agora tinha um significado e propósito. Agora tinham uma razão para a existência. Tinham um trabalho a fazer.

Mas a França não teria participação em nada disso. Ela estava para perder sua conexão com a reforma. Enquanto as outras nações do norte europeu se regozijavam na luz da verdade de Deus, a França padecia nas trevas medievais. A França estava prestes a perder sua oportunidade à beira do grande avanço no esclarecimento intelectual, desenvolvimento industrial, transformação econômica, estabilidade social e a verdadeira liberdade. Enquanto as nações protestantes estavam experimentando as primeiras emoções de liberdade, a França foi novamente algemada e arrastada de volta para o pântano da superstição medieval e decadência moral.

No livro O Grande Conflito, página 229, lemos o seguinte: “Terríveis se tornaram as trevas da nação que rejeitara a luz da verdade. “A graça que traz a salvação” havia aparecido; mas a França, depois de lhe contemplar o poder e santidade, depois de milhares terem sido atraídos por sua divina beleza, depois de cidades e aldeias terem sido iluminadas por seu fulgor, desviou-se, preferindo as trevas à luz. Haviam repudiado o dom celestial, quando este lhes foi oferecido. Tinham chamado ao mal bem, e ao bem mal, até serem vítimas voluntárias do próprio engano.”

“A Reforma apresentara ao mundo a Bíblia aberta, desvendando os preceitos da lei de Deus e insistindo quanto aos seus requisitos para com a consciência das pessoas. O amor infinito manifestara aos homens os estatutos e princípios do Céu. Deus dissera: “Guardai-os pois, e fazei-os, porque esta será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos e dirão: Este grande povo só é gente sábia e entendida.” Deuteronômio 4:6. Quando a França rejeitou a dádiva do Céu, lançou as sementes da anarquia e ruína e a inevitável operação de causa e efeito resultou na Revolução e no Reinado do Terror.” GC p. 230
A corrupção dos padres levou a sociedade à corrupção moral, pois as pessoas estavam se elevando mais alto que seus líderes. O padrão de piedade era realmente muito baixo. O desregramento, a marginalidade e o crime cresceram rapidamente na França, enquanto ao mesmo tempo, diminuía nos países protestantes.

A inquisição continuava com seu trabalho de criar revolta social. Onde fosse possível, a luz da verdade era acesa. A inquisição foi responsável por fazer até mesmo membros de uma mesma família temerem uns aos outros. Sob a inquisição, a mera suspeita de heresia era suficiente para que o acusado se declarasse culpado, e ele seria punido de acordo com a sua intensidade de arrependimento. Um medo subjacente agarrava as almas, mesmo das pessoas mais amáveis e mais benignas. Este tipo de instabilidade social sempre leva à desordem social.

Ao mesmo tempo em que outras nações estavam reconstruindo e fortalecendo suas sociedades, a França estava sofrendo sob um jugo pesado, carregando uma carga de bagagem emocional e econômica na história que a sujeitaria até finalmente ser golpeada em uma revolução que quase destruiu a própria França.

Uma mudança social drástrica aconteceu após a noite do massacre de São Bartolomeu. A perda das mentes mais brilhantes dos cidadãos franceses ponderaram pesadamente sobre a produtividade e a economia da nação. Houve um declínio na avaliação dos produtos e serviços que tinham sido providenciados por aqueles que tinham sido assassinados ou fugido. Havia também um declínio na qualidade de mercadorias produzidas pelos artesãos menos capazes. A vida em geral começou a decair.

A perda dos Huguenots e outros protestantes na França deixou a nação sem recursos para fortalecer a si mesma para a competição econômica com outras nações como a Alemanha, Suíça e Holanda. Além disso, a inquisição debilitou os negócios, o intercâmbio de mercadorias e o comércio. Bens e serviços estavam sujeitos a serem inspecionados e confiscados. A inquisição governou a economia, bem como as pessoas. Assim, a economia nacional sofreu muito e deixou a França muito atrás dos outros países do norte da Europa.

Outra fonte de desestabilização econômica foi a extorsão praticada pela igreja católica. Por meio do medo e superstição, Roma extraia muito dinheiro das pessoas que inutilmente tentavam retirar suas almas do purgatório por meio de pagamento. Isso custava-lhes muito dinheiro sem nenhum retorno. Esse dinheiro podia ter sido usado para melhorar suas circunstâncias ou desenvolver a nação.

Houve também declínio na agricultura francesa. Muitos fazendeiros eram os que tinham sido assassinados ou exilados. Suas terras uma vez férteis e produtivas estavam devastadas e cheias de ervas daninhas. Suas casas estavam vazias e se deteriorando por falta de manutenção. Essas circunstâncias significavam que haveria escassez de alimento. O que tinha disponível ou era de péssima qualidade, ou caro, ou as duas coisas. Quase não existiam produtos importados, exceto próximo às áreas de fronteiras, por causa da falta de transporte para enviar alimentos em grandes quantidades por longas distâncias. Novas invenções em ferramentas e equipamentos não estavam totalmente disponíveis como nos países protestantes, devido à incapacidade de inventá-los.

Todos esses fatores levaram à depressão econômica. A pobreza atingiu Paris e outros lugares, e quanto mais as pessoas ficavam pobres, mais necessitavam da ajuda do governo. Paris era uma enorme cidade próspera. Havia ainda apenas duas classes sociais: a classe rica e a classe pobre. E isso trouxe muitos prejuízos sociais, inclusive crimes como roubos, agressões e extorsões, violências, entre outros. Paris se tornou um exemplo do que acontece quando a maior parte da nação está em extrema pobreza e privação. A classe média que estava se desenvolvendo em outras nações reformadas e estava construindo suas economias, não se desenvolveu na França durante aquele período.

Ouça o que o livro Grande Conflito tem a dizer sobre a economia deste período: “Com a fuga dos huguenotes, um declínio geral baixou sobre a França. Florescentes cidades manufatureiras caíram em decadência; férteis distritos voltaram a sua natural rusticidade; embotamento intelectual e decadência moral sucederam-se a um período de desusado progresso. Paris tornou-se um vasto asilo de mendicidade, e calcula-se que, ao romper a Revolução, duzentos mil pobres reclamavam caridade das mãos do rei”. O Grande Conflito, página 279.

No início da reforma, a França estava à beira da autonomia e da liberdade na luz do evangelho. Direitos individuais e autonomia viriam à França, assim como aconteceu em outras nações se ela tivesse aceitado a Bíblia e permitido que fosse feito seu trabalho. Ao invés de crescer em direitos individuais e liberdade, a França perdeu a oportunidade e seu povo permanecia na escravidão de seus governantes nacionais e espirituais. O sistema feudal prosperou sob essas circunstâncias.

O sistema judiciário estava corrompido. Era muito fácil proferir subornos, e os juízes encontravam maneiras de tomar decisões que sabiam que beneficiariam a si mesmos ou seus amigos. Os juízes também tinham interesse em proteger a igreja. O sistema judiciário estava organizado de tal forma que favorecia os ricos e oprimia os pobres. Sendo assim, as pessoas perderam a confiança no sistema judiciário. Além disso, não podiam ver claramente que não era justo de forma alguma. Ao mesmo tempo em que as nações reformadas estavam melhorando seus tribunais e sistemas de justiça, a França deslizou de volta para os seus caminhos medievais.

Por 158 anos essas condições pareciam como droga para o povo francês. Estavam adormecidos. Mas abaixo da superfície havia um desespero e irritação crescentes que faziam as pessoas almejarem sair da opressão tanto da igreja como do estado. Gradativamente, começaram a perceber que nem a ordem política, nem a religiosa estava em favor delas. Finalmente, compreenderam que a igreja as estava controlando contra seus maiores interesses. Era como um filtro sugando seu dinheiro e fornecendo pouco ou nada em troca.

Logo após o início da reforma, a ordem dos jesuítas veio à França. Ao longo de toda a cristandade, o protestantismo foi ameaçado por esse inimigo. Os jesuítas eram “o mais cruel, sem escrúpulos e poderoso de todos os defensores do papado”, diz o Grande Conflito, página 234. Separados de laços terrestres e interesses humanos, insensíveis às exigências das afeições naturais, tendo inteiramente silenciadas a razão e a consciência, não conheciam regras nem restrições, além das da própria ordem, e nenhum dever, a não ser o de estender o seu poderio. O evangelho de Cristo havia habilitado seus adeptos a enfrentar o perigo e suportar sem desfalecer o sofrimento, pelo frio, fome, labutas e pobreza, a fim de desfraldar a bandeira da verdade, em face do instrumento de tortura, do calabouço e da fogueira. Para combater estas forças, o jesuitismo inspirou seus seguidores com um fanatismo que os habilitava a suportar semelhantes perigos, e opor ao poder da verdade todas as armas do engano. Não havia para eles crime grande demais para cometer, nenhum engano demasiado vil para praticar, disfarce algum por demais difícil para assumir. Tendo feito votos de pobreza e humildade perpétuas, era seu objetivo de estudo conseguir riqueza e poder para se dedicarem à subversão do protestantismo e restabelecimento da supremacia papal”.

Você acha que os jesuítas ainda hoje estão dedicados a este propósito? Tenho certeza que sim. E eles têm sido grandemente bem-sucedidos em destruir o protestantismo. Basta ler o que eles mesmos escrevem. Em seus próprios websites, por exemplo, eles se gloriam do fato de que os líderes das nações e regiões da terra, como a União Europeia, são liderados por homens que foram treinados e que defendem seus objetivos como temos documentado.

Pope hopes for 2013 of peace, slams unbridled capitalism [13]

Continuarei lendo do Grande Conflito. “Sob vários disfarces, os jesuítas abriam caminho aos cargos do governo, subindo até conselheiros dos reis e moldando a política das nações. Tornavam-se servos para agirem como espias de seus senhores. Estabeleciam colégios para os filhos dos príncipes e nobres, e escolas para o povo comum; e os filhos de pais protestantes eram impelidos à observância dos ritos papais… Os jesuítas rapidamente se espalharam pela Europa e, aonde quer que iam, eram seguidos de uma revivificação do papado”. Grande Conflito, página 235

À medida que os jesuítas se infriltravam na França e começavam seu trabalho ditatorial, a França entrou em circunstâncias ainda mais diabólicas e debilitantes. O Grande Conflito, página 279, fornece um vislumbre poderoso do seu trabalho na França. “Somente os jesuítas floresciam na nação decadente, e governavam com terrível tirania sobre escolas e igrejas, prisões e galés”. Os jesuítas
restabeleceram a inquisição na França sob a autoridade de uma proclamação formal papal que capacitava seu terrível tribunal. Os jesuítas deixaram claro que fariam tudo que pudessem para acabar com o que eles chamavam de “heresia” na França. Os povos e nações eram obrigados a se submeter à subserviência da igreja. Isso significava que a Bíblia não tinha lugar na vida da nação.

Esta constatação continuou por mais de 150 anos após a França ter se estabelecido completamente para perseguir os reformadores. No dia 21 de janeiro de 1793, o aniversário da noite do massacre de São Bartolomeu, a revolução invadiu a França.
“Esta guerra contra a Escritura Sagrada, prosseguida durante tantos séculos na França, culminou nas cenas da Revolução. Aquela terrível carnificina foi apenas o resultado legítimo da supressão da Escritura por parte de Roma. Apresentou ao mundo o mais flagrante exemplo da operação dos princípios papais — exemplo dos resultados a que por mais de mil anos tendia o ensino da Igreja de Roma” O Grande Conflito, páginas 265, 266

Por séculos, a verdade e o engano lutaram pelo domínio da França. E o último vencedor foi o engano quando a Bíblia foi removida da sociedade. Esse processo terminou em confusão.

A revolução francesa foi profetizada nas Escrituras. Apocalipse 11:3-11 fala do trabalho das duas testemunhas, o Antigo e o Novo Testamento. “Darei às minhas duas testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco”.

Referia-se aos 1.260 anos do domínio papal durante a idade das trevas. Estavam vestidas com pano de saco porque esse era o tempo da perseguição dos fiéis seguidores de Jesus que viviam de acordo com as instruções da Bíblia. Deram seu testemunho por meio do ministério dos valdenses.

Versículo 7, 8. “Quando tiverem, então, concluído o testemunho que devem dar, a besta que surge do abismo pelejará contra elas, e as vencerá, e matará, e o seu cadáver ficará estirado na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado”.

Refere-se ao que aconteceu na França e particularmente em Paris na época da revolução, quando a Bíblia foi banida e o ateísmo tomou conta da nação. Sodoma representa a libertinagem e o Egito representa o ateísmo.

“Então, muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações contemplam os cadáveres das duas testemunhas, por três dias e meio, e não permitem que esses cadáveres sejam sepultados. Os que habitam sobre a terra se alegram por causa deles, realizarão festas e enviarão presentes uns aos outros, porquanto esses dois profetas atormentaram os que moram sobre a terra. Mas, depois dos três dias e meio, um espírito de vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou, e eles se ergueram sobre os pés, e àqueles que os viram sobreveio grande medo”.

Essa passagem está se referindo à época em que a Bíblia foi novamente permitida após três anos e meio da revolução cruel e sangrenta.
Vamos pensar sobre as condições no momento da revolução à luz de nosso tempo hoje.

Os padres católicos romanos eram corruptos, assim como muitos ainda são. Isso traz à mente os escândalos sexuais no clero que irromperam por todo o mundo, os escândalos bancários do Vaticano que tinham sido publicamente revelados nos últimos dois anos, os atentados recentes ao Vaticano para buscar mais poder mundial. Tudo isso revela que a natureza do papado não mudou.

Antes da revolução francesa, o clero estava no controle do governo e o manipulava em apoio à igreja católica e o clero na França. Encíclicas e pronunciamentos papais recentes deixam muito claro que o papado almeja alcançar este tipo de relacionamento com as nações em uma escala mundial. Nos últimos 50 anos, pelo menos três papas apelaram para que a economia mundial fosse colocada sob o controle de um pequeno grupo de pessoas que tem poder e ética moral. Só pode ser o próprio papado. Não pode ser meramente uma entidade política. Esses papas têm pedido por nada menos que o controle da economia mundial. Eles sabem, é claro, que ganhando controle da economia mundial, também ganhariam o controle da ordem política.

Mas as condições na França na época da revolução são muito semelhantes ao que está acontecendo em muitas nações atualmente.

Nos segmentos mais destituídos da população, havia fome e desnutrição. Temos este problema em segmentos destituídos do mundo atual?

A moralidade foi também a mais vil de todos os tempos. Ouça o que temos no livro O Grande Conflito, página 270. “A França também apresentou as características que mais distinguiram Sodoma. Durante o período revolucionário mostrou-se um estado de rebaixamento moral e corrupção semelhante ao que trouxera destruição às cidades da planície”.

Na França, a homossexualidade estava desenfreada. Lascívia, adultério e outras formas de imoralidade tinham passe livre. A sociedade não oferecia nenhuma restrição na realização de desejos lascivos quando e com quem quer que alguém escolhesse. A família ficou sob ataque nos anos seguintes após a perseguição e fuga dos protestantes. Sem dúvidas havia pressão sobre o governo para que fosse legalizado o casamento homossexual. Como na antiga Sodoma, que se gloriava na revolução sexual, a França deu o exemplo no começo do mundo moderno do que acontece quando uma nação rejeita os princípios morais dados na Bíblia.
O casamento em si foi reduzido de um compromisso de vida para apenas uma relação com muito menos consequências que um acordo comercial. Na verdade, as leis foram feitas de tal forma que o casamento fosse apenas um contrato que pudesse ser deixado de lado à vontade. O casamento foi ridicularizado; a sociedade se gloriava em alternativas para o casamento. Uma pessoa famosa disse que era como um “sacramento do adultério”.

Sir Walter Scott, em seu livro sobre Napoleão e a revolução na França, faz o seguinte comentário: “Ligada intimamente a estas leis que afetam a religião, estava a que reduzia a união pelo casamento — o mais sagrado ajuste que seres humanos podem formar, cuja indissolubilidade contribui da maneira mais eficaz para a consolidação da sociedade — à condição de mero contrato civil de caráter transitório, em que quaisquer duas pessoas poderiam empenhar-se e que, à vontade, poderiam desfazer. … Se os demônios se houvessem disposto a trabalhar para descobrir o modo mais eficaz de destruir o que quer que seja venerável, belo ou perdurável na vida doméstica, e de obter ao mesmo tempo certeza de que o mal que era seu objetivo criar se perpetuaria de uma geração a outra, não poderiam ter inventado plano mais eficiente do que a degradação do casamento…” Sir Walter Scott, A Vida de Napoleão,vol. 1, capítulo 17.

Além disso, na França pré-revolucionária havia um forte movimento feminista, especialmente em Paris, exigindo igualdade de gêneros em uma sociedade cada vez mais caótica e violenta. As mulheres ativistas defendiam corajosamente o status de igualdade com os homens, o direito de portar armas e servir nas forças armadas, direitos políticos e privilégios de votação. Foi formada uma sociedade para promover o direito das mulheres. Enquanto sua causa pode ter tido suas qualidades louváveis, o movimento feminista, como costuma acontecer, foi além da ordem bíblica e foi outro fator que contribuiu para a grande ruptura social.

Wikipedia Article on French Revolution Feminist agitation [14]

Artigo da Wikipedia sobre a Revolução Francesa [15]

Havia também um sério problema com suprimentos de alimentos devido à crise na agricultura. Após vários anos de colheitas de grãos pobres, a escassez de alimentos se tornou comum. Isso levou ao aumento dramático dos preços dos alimentos, especialmente o pão.

O mesmo acontecerá em nossos dias se as secas em grandes áreas férteis do mundo persistirem. Atualmente, em muitos países, tem havido grande aumento nos anos recentes dos cidadãos que dependem de ajuda do governo para comprar comida a cada semana. Isso deposita bastante estresse financeiro sobre a economia e sobre os seus cidadãos.

Próximo do final do século XVIII, a França foi efetivamente à falência depois de uma sequência de duas guerras dispendiosas. O sistema financeiro ineficiente da França foi incapaz de financiar o débito e a nação estava usando um sistema rudemente injusto de impostos.

As classes baixas sentiam que o governo era indiferente com as dificuldades e necessidades deles. O rei Luís XVI tentou fazer algumas reformas e reduzir os gastos do governo, mas foi impedido pelo parlamento, o que tornou impossível realizá-los. O impasse político foi , em parte, responsável por conduzir a nação para a revolução.
Os oponentes do rei Luís com frequência criticavam publicamente seu governo, e isso despertou a opinião pública contra o governo. Isso parece familiar?

As pessoas se ressentiam com o domínio absoluto do rei e os privilégios possuídos pela nobreza. Eles também se ressentiam com a influência da igreja católica sobre a política e instituições públicas e queriam a liberdade de religião. As pessoas estavam cansadas da opressão civil e queriam igualdade na economia e na política. Os assuntos foram rapidamente chegando a um ponto de ebulição.

Mas uma crise financeira geralmente é o auge. Luís XVI tinha subido ao trono após seu pai Luís XV quase ter levado o país à falência. As despesas do governo superaram em muito as rendas. Luís XV tinha se recusado a fazer qualquer coisa com relação à crise financeira, e há um relato que, certa vez, ele disse a famosa frase: “Depois de mim, o dilúvio”. O comportamento irresponsável do “velho Luís” deixou a França com as revoltas da revolução sobre seu filho.

Várias propostas de impostos; especialmente para aplicar aos ricos, foram apresentadas, incluindo nobres e o clero. Nenhuma delas realmente foi bem-sucedida por causa da política de oposição de uma ou de outra classe. A desordem política sobre as propostas de impostos também enfraqueceu a monarquia.
http://en.wikipedia.org/wiki/French_Revolution

A França estava em uma situação delicada. As pessoas estavam frustradas com o governo e o governo frustrado com as pessoas. A irritação estava se tornando explosiva.

No início da revolução, o rei mudou a ordem política dando ao povo mais poder de voto que os nobres e o clero juntos. As pessoas agora tinham o equilíbrio do poder e estavam despreparadas para usá-lo sabiamente. Finalmente, em 1793, Luís XVI foi acusado de traição por conspirar com um inimigo para manter-se no trono e foi executado na guilhotina. Outros governantes e nobres também foram executados. Agora, a situação se inverteu e os oprimidos tornaram-se os opressores com uma vingança que não conhecia limites. O sangue corria livremente. Quando as restrições da lei de Deus são deixadas de lado, as leis dos homens não controlam a paixão humana.

Durante o reino do terror, ninguém estava seguro. A paz não podia ser encontrada em nenhum lugar. Os líderes de um dia eram suspeitos, condenados e executados no dia seguinte. A violência e a luxúria batalhavam pela supremacia. A vingança tornou-se a motivação para a morte de milhares de pessoas. E as cidades da França estavam cheias de cenas horríveis de lutas em massa, disputando pela preeminência e pelo poder. A população inteira quase foi extinta em meio a enorme turbilhão.
Quando o controle do governo caiu nas mãos de Maximilien Robespierre, o líder dos jacobinos, começou o reino do terror. A constituição foi rejeitada e mais de 40 mil pessoas morreram pela guilhotina sem julgamento ou processo comum. Outros foram esmiuçados pelos tiros de balas de canhão ou colocados em barcos cheios de buracos que naufragavam, afogando assim suas vítimas. Essa foi a versão deles quanto aos assassinatos extrajudiciais. As revoltas surgiam em diversos lugares e o caos geral levou a uma maior instabilidade política.

Os poderes ateístas que ganharam o poder da França causaram um movimento em massa do poder da igreja católica com o estado. O catolicismo era denegrido em público. As leis eram decretadas restringindo seu poder de forçar a coleta de dízimos das pessoas, confiscando a propriedade da igreja, tornando os padres funcionários do estado e negando a autoridade do papa sobre a França. A propriedade da igreja tornou-se o reforço para a nova moeda de apoio do estado. Os festivais civis substituíram os festivais religiosos.

Foi exigido que o clero assinasse um juramento de lealdade para a revolução, forçando a escolha entre a revolução e o papa. Apenas 24% dos 130 mil clérigos assinaram o juramento, e o restante foi exilado, deportado ou executado como traidor.

Em 1789 e 1790 foram transmitidas leis que baniam os juramentos dos monges. Todas as ordens religiosas foram dissolvidas. Por toda a França, igrejas e imagens religiosas foram destruídas. Durante o reino do terror, grandes esforços de remover o catolicismo da sociedade levaram ao massacre de muitos clérigos.
No lugar da igreja, foi instalada uma nova religião. Agora a razão era exaltada como a nova divindade. A adoração da razão ou da mente é egocêntrica. A própria mente se tornou o único guia para o que era certo e errado, levando ao caos, conflito e derramamento de sangue.

Wikipedia Article on the French Revolution [16]

Artigo da Wikipedia sobre a Revolução Francesa [15]

Ouça ao que diz o Grande Conflito, página 274: “Disseram estar o temor de Deus tão longe do princípio da sabedoria que era o princípio da loucura. Todo culto foi proibido, exceto o da liberdade e do país”. Um bispo católico romano renunciou publicamente a fé católica e admitiu que era uma farsa escandalosa.

Uma cerimônia foi conduzida na assembleia legislativa no qual uma mulher com véu foi revelada e adorada como a deusa da razão.

Pouco tempo depois houve uma queima pública da Bíblia. Em uma ocasião a metade de uma Bíblia foi carregada em cima de um poste e proclamada a causa de todas as “tolices” que a raça humana já cometeu.

Foi o papado que começou o trabalho que o ateísmo estava completando. A política de Roma tinha criado as condições sociais, políticas e religiosas que foram rapidamente levando a França à ruína. A revolução e todos os seus horrores foram causadas pela igreja, que tinha suprido a Bíblia e perseguido seus seguidores. Roma tinha envenenado a mente dos reis e governantes contra a reforma, e agora, a revolução transformou-se em vingança para os que tinham sido a causa de tudo isso.

Roma afirmava que a fé protestante destruiria a ordem social bem como a religião e que romperia o governo da monarquia. Mas pouco fez os governantes da França verem o resultado deste argumento. Os ensinos da Bíblia teriam protegido, equilibrado e trazido liberdade e prosperidade à França. As pessoas não teriam destruído o verdadeiro cristianismo, apenas sua forma apóstata. Mas ao invés disso, a França ficou banhada em sangue por causa de sua rejeição das Escrituras.
Roma não muda. Seus princípios ainda são os mesmos. Em nome de promover a justiça e a paz, Roma está tentando destruir as nações e trazê-las à escravidão para seu próprio controle. Tudo que você tem a fazer é ler a encíclica do papa Bento XVI chamada “Caritas Inveritate” que explica abertamente o objetivo de Roma para controlar a economia mundial. Roma sabe que isso também leva a conquista de todas as nações para o seu domínio.

ENCYCLICAL LETTER
CARITAS IN VERITATE

Os princípios da Revolução Francesa também estão sendo aplicados em nosso mundo hoje. O erro fatal que trouxe desgraça aos cidadãos da França foi ignorar uma grande verdade; a liberdade verdadeira só é adquirida quando se segue quando a lei de Deus.. Aqueles que se recusam a aprender esta lição da Bíblia terão que aprender com a história das nações.

Roma está procurando trazer as nações de volta ao seu reinado, assim como fez na idade das trevas. Sua vida deve estar em harmonia com Cristo se quiser permanecer fiel à Bíblia. Volte-se à Bíblia e estude seus princípios. Eles refinarão e enobrecerão sua vida, dar-lhe-ão discernimento e proporcionarão confiança no futuro. Seu destino eterno depende disso.

A França perdeu sua oportunidade de prosperar sob os princípios da Bíblia e da reforma. Sua história é uma lição para nós que estamos vivendo os últimos dias onde o secularismo e a iniquidade abundam. Seu registro abre diante de nós a necessidade da influência da Bíblia na sociedade por meio da vida de seus seguidores. Quando Cristo reinar em seu coração, você aplicará esses princípios em sua vida, em sua família e na sociedade. À medida que a sociedade se torna mais secular, mais controlada pelas forças mundiais, mais caótica e herege, o Mestre, Jesus Cristo, está chamando os que são leais à Sua palavra para revelar Sua graça e poder àqueles ao seu redor.

Leia também no livro O Grande Conflito, o capítulo sobre a revolução francesa.
Vamos orar. Pai celeste, obrigado pela Bíblia que guia nossa vida em todas as coisas e nos revela a justiça do céu e se oferece para transforma-nos pela santificação que advém de seu estudo. Ajuda-nos a ver nosso lugar neste mundo de pecado e calamidade. Que Teu amor nos motive a viver por Jesus e agir contra as forças do mal neste mundo que está ressuscitando os princípios da revolução francesa. Em nome de Jesus, eu oro. Amém.