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A Guerra das Versões Bíblicas

Por Pastor Hal Mayer

A Guerra das Versões Bíblicas [1]

Prezado amigo,

Seja bem-vindo mais uma vez ao Ministério Guarde a Fé. É um grande privilégio passar estes momentos com você. Espero que se sinta encorajado e abençoado através da mensagem deste mês.

Antes de continuarmos, gostaria de incentivá-lo a partilhar os CDs do Ministério Guarde a Fé com outras pessoas. A cada mês enviamos um cartão cor-de-rosa para que através dele você convide alguém a inscrever-se gratuitamente a fim de receber as nossas mensagens mensais em CD.

Aproveito para convidá-lo a acessar o nosso site e acompanhar os Resumos de Inteligência Profética. Em nosso site você também tem acesso às mensagens mensais em formato de texto e áudio, bem como aos links das fontes originais utilizadas por nós para que possa conferir por si mesmo a autenticidade das informações. As mensagens mensais estão disponíveis em vários idiomas. Para acessar as mensagens na língua portuguesa, clique em “português” na barra lateral do menu principal. Em seguida, clique em “sermões”.

Agradeço imensamente por suas doações e orações em favor do Ministério Guarde a Fé. Isso significa muito para nós ao expandirmos a distribuição dos nossos CDs aos lares e às famílias que almejam ouvir mais sobre a verdade presente. Nossos CDs mensageiros têm levado informações consistentes, confiáveis e seguras a respeito dos eventos atuais à luz da profecia bíblica. Seu apoio é fundamental para darmos continuidade a este trabalho e somos muito gratos por isso.

Por falar em expansão, tenho ótimas notícias. O Ministério Guarde a Fé expandiu suas operações para o Pacífico Sul, também conhecido como Oceania. Deus abriu as portas de forma maravilhosa para o Ministério Guarde a Fé estabelecer uma base de operações na Austrália a fim de iniciar suas atividades em favor das pessoas naquela imensa região. O local em que o Ministério Guarde a Fé está sediado naquela parte do mundo chama-se Highwood.

O Centro de Saúde Highwood funciona há vários anos oferecendo programas de restabelecimento para uma série de enfermidades ou disfunções em um dos locais mais bonitos do mundo. O Centro de Saúde Highwood está situado em uma região montanhosa próxima a cidade de Melbourne, Victoria, em meio a enormes eucaliptos com suas características curativas. A beleza do local é composta por lindas flores, pela vida animal típica australiana, por maravilhosas paisagens e pela serenidade da região. Um lugar ideal para um centro de saúde e educação.

Recentemente, através da providência maravilhosa de Deus, o Ministério Guarde a Fé recebeu o convite de assumir a propriedade e a administração de Highwood. O fundador da instituição, Dr. Russel Standish, iniciou esse belo ministério, mas sua morte inesperada deixou a instituição sem o seu fundador e líder visionário.
Highwood possui um prédio exclusivo para o centro de saúde composto por treze quartos para hóspedes, áreas de tratamento, escritórios, refeitório e cozinha. A instituição também conta com algumas residências para funcionários, um prédio administrativo com uma sala de aula e um pequeno dormitório. Confira algumas fotos do Centro de Saúde Highwood acessando o nosso site.

Deus estabeleceu esse importante ministério próximo a Melbourne para alcançar todos aqueles que almejam a cura e a restauração. Highwood conta com um pequeno, mas dedicado quadro de funcionários, incluindo um médico em tempo integral, terapeutas e cozinheiros para ministrar àqueles que buscam um estilo de vida saudável. Highwood já conquistou pessoas para a verdade presente, que hoje se unem ao povo de Deus para adorá-Lo em Seu santo sábado. Anteriormente, a instituição possuía uma escola que hoje não está mais em funcionamento, mas esperamos que um dia tenhamos a oportunidade de reabri-la.

Estou maravilhado com a oportunidade de expandir os esforços do Ministério Guarde a Fé para essa imensa região do mundo. A Oceania inclui a Austrália, a Nova Zelândia, as ilhas de Vanuatu, Papua Nova Guiné, as Ilhas Cook, Fiji e outras cadeias de ilhas.

Como você sabe, o Ministério Guarde a Fé incentiva constantemente os seus ouvintes a partilhar a sua fé e a alcançar outras pessoas. Apesar de o próprio ministério fazer isso mensalmente através das mensagens em CD, sentimos o grande desejo de fazer ainda mais para alcançar os perdidos com a verdade presente. Há alguns anos sentíamos o desejo de encontrar uma maneira de expandir o nosso trabalho especificamente para o Pacífico Sul. Agora, de maneira maravilhosa, Deus abriu o caminho.

Estamos vivendo nos últimos dias e a obra médico-missionária é muito importante. Ela será a última obra que poderemos realizar pelo Senhor antes que todas as portas se fechem. Que oportunidade mais apropriada o Ministério Guarde a Fé recebeu do Senhor! Além do Centro de Saúde, à medida que o Senhor permitir, planejamos dar início a programas educacionais para aqueles que desejam se tornar médicos-missionários, obreiros bíblicos e conquistadores de almas.

Apesar de Betsy e eu não termos planos de mudar para a Austrália, trabalharei com a equipe de Highwood a fim de desenvolver e fortalecer o trabalho já existente. À medida que o Senhor abrir as portas, desenvolveremos as operações educacionais da instituição para alcançar outras partes da região. Os planos são grandes, mas é preciso concretizá-los passo a passo. Precisamos de suas orações e apoio a fim de prosseguir com essa obra. Prosseguiremos de acordo com a providência de Deus. Se você sente o desejo de participar desse importante trabalho, entre em contato conosco. Que grande oportunidade missionária!

Neste momento, temos algumas reformas para fazer, bem como a realização de divulgação e trabalho social. Tivemos alguns gastos iniciais para reestruturar o ministério a fim de torná-lo um instrumento poderoso na causa de Deus na região. Se você se sente impressionado a participar conosco desse ministério assumindo algumas dessas despesas, por favor, entre em contato conosco. As doações destinadas a ajudar esse projeto devem ser enviadas com o nome “Highwood” escrito no envelope. Sinta-se à vontade para enviar-nos e-mails, cartas ou telefonar-nos. Fique atento para acompanhar os futuros relatórios e progressos. Se algum dia visitar a Austrália, por favor, faça planos de ir a Melbourne e visitar o
Centro de Saúde Highwood. A instituição está apenas à uma hora e meia de carro do aeroporto principal da cidade. Acima de tudo, peço as suas orações ao expandirmos nossos esforços missionários no Pacífico Sul sob a orientação e a liderança do Senhor.

Este ano a Bíblia na versão King James completa seu quadringentésimo aniversário. Creio ser de vital importância entender como Deus usou essa versão bíblica para derrotar o poder da tirania papal e restaurar a nação da Inglaterra tornando-a uma nação próspera. Além disso, creio ser importante entender como a Bíblia na versão King James ajudou o império britânico a estabelecer colônias ao redor do mundo e de que maneira ela defendeu a fé protestante contra os erros e as superstições papais. Essa é a história fascinante de como a Bíblia protestante abalou os fundamentos do papado e tomou-lhe a oportunidade de governar o mundo.

Antes de prosseguirmos, convido-o a orar comigo. Nosso Pai celestial, em nome do Senhor Jesus achegamo-nos a Ti para rogar por Tua bênção ao estudarmos de que maneira Tu colocastes a mão na história através da Bíblia na versão King James e o impacto que ela causou no mundo inteiro. Pedimos que envies o Teu Santo Espírito ao estudarmos uma parte da história sagrada hoje. Em nome do Senhor Jesus. Amém.

Se neste momento você não está dirigindo ou ocupado com qualquer outra atividade que exija atenção, convido-o a abrir a sua Bíblia em Oséias 4:6. A falta de conhecimento faz com que muitos dentre o povo de Deus fiquem confusos e inseguros a respeito da mensagem da salvação revelada por Deus, o que dá a oportunidade ao papado de minar a fé protestante. Aqui está. Leia com atenção: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também Eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de Mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também Eu Me esquecerei de teus filhos.”

Por trás da capa de santidade, o propósito da igreja de Roma é desviar o povo do verdadeiro conhecimento de Deus e fazer com que deixem de guardar os Dez Mandamentos, especialmente, mas não apenas, o mandamento sobre o sábado. Deus condena isso e adverte que Se esquecerá daqueles que esquecerem da Sua lei. Talvez a maioria do povo de Deus não saiba que a versão bíblica que utilizam para o estudo pessoal e o crescimento em Cristo está diretamente relacionada com o conhecimento que possuem de Deus e a sua prática dos Dez Mandamentos. A maioria das pessoas acha que não é importante a escolha da versão bíblica que utilizam. Essas pessoas creem que podem encontrar a mensagem completa para os últimos dias em qualquer versão das Escrituras. Por ignorarem a história por trás das versões bíblicas, perecem por falta de conhecimento e rejeitam a verdade, pois são instruídas com ideias errôneas.

Muitas das traduções modernas mudaram as palavras do quarto mandamento de “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar” para “Guarde o sábado, que é um dia santo”, o que é bem diferente e abre espaço para as pessoas observarem qualquer dia da semana que desejarem. Há muitos outros exemplos de como as traduções modernas diminuem a verdade de Deus, especialmente em relação à salvação, mas também em relação à profecia e à história. Deus condena aqueles que mantêm o povo na ignorância e os rejeitará. É por isso que Deus rejeita a Igreja Católica Apostólica Romana. Seus sacerdotes e o papa não podem ser representantes de Deus diante das pessoas, pois Ele os rejeitou.

Um dos presentes de Deus para o Seu povo é a Bíblia na versão King James.
Mesmo em outros idiomas além do inglês, os protestantes podem confiar nas traduções feitas diretamente dessa versão. A maioria dos cristãos, porém, não faz ideia de quão importante é a versão autorizada da Bíblia inglesa. A razão disso é porque eles não conhecem a história por trás de tudo. Há décadas tem sido travada uma guerra acirrada em relação às versões bíblicas. Satanás não quer que a verdade seja compreendida com clareza. Assim, ele tem feito o máximo possível para que as pessoas leiam as versões provenientes de fontes adulteradas e que obscurecem os princípios da justiça.

A Bíblia sempre esteve no centro do conflito entre Cristo e Satanás. Portanto, é especialmente significativo que nos últimos dias, ocasião em que o conflito aproxima-se mais de seu auge, a luta que envolve a Bíblia tenha também entrado em seus estágios finais. Forças sutis substituíram a versão King James e no processo minaram os grandes princípios da fé e da salvação. O Vaticano ofereceu inúmeras de suas próprias traduções da Bíblia às igrejas ecumênicas, às quais tem demonstrado grande amizade e interesse. Como resultado, as igrejas ecumênicas estão confusas e inseguras quanto à sua mensagem e herança protestante. Com isso, comprometeram os seus princípios e agora estão em diálogo ecumênico com o papado.

“Meu povo foi destruído por falta de conhecimento”. Sem a compreensão verdadeira da força e do impacto da Bíblia na versão King James, como e por que ela veio à existência, jamais seremos capazes de avaliar o papel fundamental que ela desempenhou na defesa da verdade contra os erros e as superstições de Roma.
Quem sabe, em nossos tempos modernos, ocasião em que o ecumenismo corroeu o claro conhecimento da fé protestante, época em que novas traduções bíblicas proliferam e seminários e escolas bíblicas ensinam um evangelho limitado e superficial, esquecemo-nos de nossa herança protestante e o sangue que foi derramado para dar-lhe vida.

A maioria das pessoas nunca soube ou já se esqueceu da história da Bíblia que abriu o caminho para a última mensagem de Deus a ser dada ao nosso mundo caído. A maioria nunca compreendeu a importância desse livro antigo e seu papel fundamental em alguns dos eventos mais importantes da história moderna. Acima de tudo, há pessoas que ignoram por completo a influência poderosa da Bíblia na versão King James nos países de língua inglesa, como também em muitos países de outros idiomas.

A Europa estava espiritualmente envolta em trevas no início do século 13. A Inglaterra encontrava-se no limite extremo do Sacro Império Romano e era controlada por Roma. No entanto, forças estavam em ação para derrubar a tirania papal. A Inglaterra estava prestes a fazer o papa tremer e o Vaticano tombar. John Wycliffe percebeu a corrupção da Igreja Católica e se levantou contra ela. Os monges e sua vida corrupta o incomodavam sobremaneira. Wycliffe também percebeu que o povo estava envolto em profundas trevas espirituais e almejou levar-lhes luz.

Uma das maneiras utilizadas por Roma para deixar o povo em trevas foi mantendo a língua grega fora da Europa Ocidental. A igreja e todos os centros de aprendizado do ocidente eram voltados ao latim quase que por completo. O latim era um idioma que a maioria dos camponeses e pessoas comuns não conseguia compreender.
Eles eram ensinados que o latim era uma língua sagrada e que a igreja usava o latim para que a fé permanecesse pura. As pessoas iam para a igreja, mas não conseguiam entender o que estava sendo dito. O latim foi uma das ferramentas utilizadas pelo papado para impedir que as pessoas tivessem uma experiência pessoal com Deus. Se não entendiam o latim, como poderiam ser capazes de ler a Bíblia? Dessa forma, os sacerdotes podiam interpretar as Escrituras da maneira que bem entendessem. E foi isso mesmo o que fizeram.

Foi do interesse de Roma impedir que o povo conhecesse a verdade sobre Deus e a Sua Palavra. A igreja mantinha a mente do povo ocupada com inúmeros rituais destituídos de qualquer poder verdadeiro. O catolicismo romano enfatizava que os rituais e as cerimônias eram o meio de salvação provido por Deus – não a caminhada pessoal com Cristo. Por causa da doutrina agostiniana do pecado original, Roma ensinava que não havia possibilidade de libertação do pecado nesta vida, assim, tudo o que o povo precisava fazer era buscar a “absolvição” através de um sacerdote terreno e pecador. A igreja também ensinava que o homem comum não tinha permissão de se aproximar de Cristo, exceto através de um sacerdote terreno, ou um santo, conforme ainda ocorre hoje. Assim, o povo dependia de um sacerdote terreno para realizar os rituais em seu favor e estender-lhe o perdão.

O povo foi levado a pensar que a única esperança de salvação era através da igreja católica. Apesar de Roma ensinar a filosofia pagã grega, ela manteve o império ocidental alienado do oriental, o que contribuiu para a escassez de Bíblias orientais puras no ocidente. Através do uso exclusivo do latim, o papado manteve praticamente todos os registros históricos e de conhecimento literário e científico fora do ocidente. Dessa forma, o povo foi mantido na ignorância e impedido de ler a Bíblia. Não é à toa que essa época ficou conhecida com Era Escura (44).

Deus, porém, tinha um plano para iluminar o ocidente com uma Bíblia que lançaria a base para a Reforma. Ele já havia colocado esse plano em andamento centenas de anos antes. Deus sempre está em ação, cuidando e protegendo aqueles que são Seus. Ele olha adiante, muitos anos antes de algo acontecer, e sabe o que precisa ser feito e como Suas ações gerarão frutos para o Seu reino. Ele não Se omite diante da oposição do homem, mas coloca em ação forças que anulam até os melhores esforços humanos para combater a verdade. Ele permite que Satanás manifeste suas intenções, mas está sempre trabalhando para desfazer tudo o que o príncipe das trevas, o verdadeiro pai da Era Escura, coloca em ação para minar a verdade e escondê-la do povo.

Um pouco antes e durante o movimento da Reforma, ocorreu uma série de guerras muito importante. Elas ficaram conhecidas com Cruzadas. Deus permitiu que os turcos ameaçassem o Império Bizantino Oriental como também o Império Latino
Ocidental a fim de que os refugiados desse conflito fossem conduzidos à segurança relativa do ocidente. Os refugiados que chegaram ao ocidente trouxeram suas Bíblias, Bíblias muito mais puras do que as disponíveis no ocidente.
Note, no oriente, as igrejas possuíam Bíblias que eram bem diferentes das Bíblias do ocidente. Elas provinham de manuscritos de origem diferente.

Em Alexandria, Egito, os cristãos gnósticos ficaram insatisfeitos com certas doutrinas de Cristo e dos apóstolos. Eles alteraram as Escrituras com a desculpa de corrigi-las. Pensavam que sabiam mais do que Deus e podiam eliminar ou mudar qualquer coisa que não gostassem nos escritos dos apóstolos. A Bíblia de Alexandria, conhecida como os manuscritos ocidentais, foi a Bíblia adotada pela Igreja Católica Romana, ou o cristianismo latino.

Por outro lado, a Bíblia do oriente, compilada por um homem chamado Lucian em um lugar chamado Edessa, conhecido como Irfu, Turquia, foi cuidadosamente preservada na língua original e protegida por Lucian e seus colaboradores de sofrer alterações. Eles certificaram-se de que essa Bíblia fosse fiel ao texto original dos apóstolos, como também asseguram que exemplares dessa Bíblia circulassem nas igrejas do Império Bizantino.

Essa Bíblia pura foi mantida fora do ocidente a propósito. Satanás não queria que a Bíblia pura estivesse à disposição do povo e, com isso, pudesse desenvolver o grande mistério da iniquidade de forma mais eficaz. Por sua vez, os exemplares da Bíblia pura, que foram parar no ocidente na ocasião das Cruzadas, eram muito grandes e difíceis ler, pois o texto estava escrito em idiomas orientais, como o sírio. Assim, eles foram levados para as bibliotecas das universidades e para outros lugares específicos onde poderiam ser estudados por acadêmicos capazes de ler esses idiomas antigos.

Deus sempre teve Suas testemunhas. Durante a Era Escura, por mais de mil anos, Ele manteve um arsenal secreto que minava por completo os erros papais através da verdade pura preservada na Bíblia proveniente dos puros manuscritos orientais. Enquanto Roma insistia em sua autoridade exclusiva de interpretação bíblica, os Valdenses estavam ocupados espalhando secretamente trechos da Bíblia não alterada às pessoas e explicando-lhes o que a Bíblia realmente ensinava. Isso fez com que as pessoas percebessem que a Igreja Católica ensinava doutrinas falsas e fez com que deixassem de ser fiéis a Roma.

Como os Valdenses conseguiram exemplares da Bíblia oriental? Eles os conseguiram através das grandes igrejas sírias do oriente e traduziram o texto para o itala, a língua mais falada no Império Romano na ocasião. Alguns missionários haviam trazido a Bíblia síria da Judeia e da Ásia Menor no século 2, muito antes de os manuscritos gregos adulterados de Alexandria surgirem. A Bíblia síria da Judeia ficou conhecida como Peshitto, e mais tarde, na época da Reforma, como Texto Recebido. Exemplares dessa Bíblia também foram distribuídos entre os cristãos celtas na Irlanda e na Escócia, como também nas igrejas gaulesas, ao sul da França. Os exemplares da Bíblia não adulterada também foram enviados para o norte da Itália, onde os Valdenses viviam, e também para as antigas Igrejas Católicas Gregas, na Ásia Menor. Todas essas igrejas, em uma época ou outra, opuseram-se à Igreja Católica Romana, algumas mais cedo, outras mais tarde. Até mesmo os cristãos chineses usaram a Bíblia não adulterada (23-37).

O itala foi uma das primeiras línguas originadas do latim e era bem diferente da língua em que foi escrita a Bíblia Vulgata Latina adotada pela Igreja Católica por séculos. Jerônimo traduziu a Vulgata a partir da Bíblia gnóstica adulterada do ocidente, que veio de Alexandria, Egito. O itala, por outro lado, era o idioma falado pelos camponeses da época. Os acadêmicos não utilizavam esse idioma. Tratava-se da língua do povo e os valdenses a usaram corajosamente para combater os enganos de Roma através da tradução dos manuscritos orientais para essa língua.

Embora possuíssem Bíblias relativamente completas, os missionários valdenses não conseguiam carregar muitos exemplares, pois além de perigoso, os exemplares eram muito pesados por serem escritos à mão. No entanto, havia alguns exemplares bem pequenos que os valdenses podiam usar e carregar na bagagem.
Na maioria das vezes, porém, o máximo que conseguiam fazer era copiar trechos das Escrituras e escondê-los na roupa ou entre seus pertences. Geralmente, eles copiavam versos ou pequenos trechos da Bíblia que confrontavam os principais erros de Roma a fim de que o povo fosse desenganado e aceitasse a verdade (38-39).

Muitos valdenses sacrificaram a vida para que os pobres camponeses pudessem compreender a Palavra de Deus. O objetivo era combater os ensinos errados e a autoridade dos sacerdotes de Roma, assim como Jesus fez em Seus dias através de Seus ensinos e milagres. Não é de admirar que a hierarquia da igreja da época ficasse profundamente descontente com essa atitude. Essa foi a maneira de Deus de suscitar no povo a fome pela verdade e a sede por algo mais significativo do que a igreja tinha a oferecer. Deus usou os valdenses para fomentar o descontentamento com a ordem religiosa existente no Sacro Império Romano – e eles foram bem-sucedidos em sua missão!

O fato é que os valdenses utilizavam a Bíblia proveniente de manuscritos de origem pura. Eles utilizavam exemplares da Bíblia da Judeia que vieram às suas mãos no segundo século, ocasião em que os missionários do Evangelho, sucessores dos apóstolos, trouxeram-lhes a mensagem da salvação em Cristo. Ao longo dos séculos da Era Escura, os valdenses fielmente ensinaram que a Bíblia papal, a Vulgata Latina, havia sido adulterada por Roma.

Os missionários valdenses eram odiados e perseguidos. Por isso, eram forçados a se disfarçar. Mas foi a Bíblia utilizada por eles que causou um poderoso impacto capaz de destronar Roma do coração do povo. É fascinante saber que apesar de os reformadores terem traduzido a Bíblia para outros idiomas a partir dos manuscritos orientais puros, conhecidos como Texto Recebido, isso apenas foi possível através da ajuda e da grande influência dos valdenses.

Uma das Bíblias que Martinho Lutero mantinha ao seu lado ao traduzir a Bíblia para o alemão durante seu isolamento no castelo de Wartburg foi a Bíblia chamada Tepl. Essa era a Bíblia valdense da Boêmia. Martinho Lutero utilizou-a para traduzir os manuscritos orientais puros do Texto Recebido para a língua alemã (38-39). O Texto Recebido havia sido compilado por um homem chamado Erasmo, que coletou todos os manuscritos orientais que pôde formando o Novo Testamento, utilizado pelos reformadores para traduzir a Bíblia para os vários idiomas do povo.

Lutero não tinha relação com os valdenses, mas ao chegar o momento de traduzir a Bíblia para o alemão, ele aparentemente deu valor à Bíblia valdense por facilitar o seu trabalho. A Igreja Católica açoitou Lutero por consultar a Bíblia valdense ao realizar seu trabalho de tradução – uma condenação demasiadamente severa que magoou profundamente Lutero. Mas a acusação era verdadeira (38-39).

Outro exemplo é Olivitan, primo de Calvino. Olivitan era valdense. Ele traduziu a Bíblia oriental não adulterada para o francês. O próprio Calvino editou a segunda edição da Bíblia traduzida por Olivitan. Essa edição tornou-se a base para a Bíblia de Genebra, traduzida mais tarde pelos exilados ingleses que viviam ali. Como resultado, a Bíblia de Genebra também foi profundamente influenciada pelos valdenses. Na verdade, ela se tornou a Bíblia mais popular na Inglaterra durante a época em que os tradutores trabalhavam na tradução da Bíblia King James.

Você se recorda de William Farel, que fugiu de Paris por causa da perseguição e foi para Genebra? Foi ele que mais tarde convenceu Calvino a permanecer em
Genebra e conduzir a Reforma dali, uma vez que aquela cidade já era protestante.
Aparentemente ele tinha contato com os valdenses. Theodore Beza, sucessor de João Calvino, e ele publicaram uma edição do Texto Recebido em francês também. Lembre-se de que os tradutores de Genebra e Olivitan eram bons amigos (37).

Giovanni Diodati foi o sucessor de Theodore Beza como líder do departamento de teologia da Universidade de Genebra. Diodati traduziu o Texto Recebido para o italiano. Os valdenses adotaram essa versão mesmo possuindo suas próprias Bíblias. Na ocasião, a língua itala estava caindo em desuso e os valdenses sabiam que precisavam de uma tradução da Bíblia em uma língua mais atual, uma tradução que fosse compatível com a Bíblia que costumavam usar. Diodati certamente conhecia a Bíblia Valdense, responsável por influenciar as outras traduções em Genebra.

Você percebe a influência poderosa que os valdenses causaram no movimento da Reforma? Eles semearam os princípios da Reforma ao longo de mil anos através de seus missionários que espalharam exemplares ou trechos da Bíblia Valdense por toda parte. Através da sua influência direta, eles ajudaram os reformadores a preparar traduções dos manuscritos orientais puros para vários idiomas causando, assim, a ruína do poder de Roma. Deus usou os fiéis valdenses e sua Bíblia pura como os ancestrais da Bíblia King James, como também das outras Bíblias protestantes. Eles lançaram a base para o surgimento das Bíblias protestantes no início do século 17.

Temos muito que agradecer aos valdenses e seus fiéis e perseverantes esforços contra a oposição para levar pouco a pouco a verdade ao povo de Deus. Temos também que agradecer aos valdenses por proporcionar exemplares da Bíblia que auxiliaram os reformadores protestantes a preparar a tradução da Bíblia pura para outros idiomas.

Ouça a seguinte citação do livro O Grande Conflito, página 249: “O grande princípio mantido por aqueles reformadores – princípio que fora sustentado pelos valdenses, por Wycliffe, João Huss, Lutero, Zwínglio e pelos que a eles se uniram – foi a autoridade infalível das Escrituras Sagradas como regra de fé e prática. Negavam o direito dos papas, concílios, padres e reis, de dirigirem a consciência em matéria de religião. A Bíblia era a sua autoridade, e por seus ensinos provavam todas as doutrinas e reivindicações.” Assim, os reformadores adotaram a doutrina da infalibilidade da Bíblia ensinada pelos valdenses por mil anos. Pode ser que não gostassem dos valdenses, mas foram profundamente influenciados por seu trabalho eficaz e singular.

Voltemos agora à Inglaterra do século 13 novamente. John Wycliffe notou a corrupção de Roma e denunciou-a com poder. Wycliffe era um homem muito culto. Já havia atuado como membro do Parlamento e embaixador na França e na Itália. Ele também havia atuado como professor universitário e reitor da Capela de Lutterworth. Ele era um homem bem relacionado. Ao estudar as Escrituras, Wycliffe percebeu que a corrupção de Roma era o resultado da desobediência à Bíblia. Ele também notou que a corrupção dos padres e monges e dos vícios do povo era o resultado direto da falta de compreensão das Escrituras. A Bíblia não estava sendo estudada.

Ouça a seguinte citação do livro O Grande Conflito, página 81: “Semelhante aos reformadores posteriores, Wycliffe não previu, ao iniciar a sua obra, até onde ela o levaria. Não se opôs deliberadamente a Roma. A dedicação à verdade, porém, não poderia senão levá-lo ao conflito com a falsidade. Quanto mais claramente discernia os erros do papado, mais fervorosamente apresentava os ensinos da
Escritura Sagrada. Via que Roma abandonara a Palavra de Deus pela tradição humana; destemidamente acusava o sacerdócio de haver banido as Escrituras, e exigia que a Bíblia fosse devolvida ao povo e de novo estabelecida sua autoridade na igreja.”

Na ocasião, havia pouquíssimos exemplares completos da Bíblia na Inglaterra. Assim, John Wycliffe traduziu para o inglês o que estava à sua disposição, a Bíblia Vulgata Latina da Igreja Católica. Embora essa versão fosse proveniente dos manuscritos ocidentais adulterados, a Bíblia Inglesa de Wycliffe levou grande luz ao povo. Não havia prensas na época, por isso foi necessário fazer cópias dessa Bíblia à mão. Wycliffe fundou uma escola de copistas e colportores que faziam cópias da Bíblia Inglesa e depois as distribuíam em todos os lugares possíveis.

Essa atitude chocou o Vaticano. Isso não estava em seus planos, embora Wycliffe tivesse traduzido a Bíblia que a própria Igreja Católica costumava usar. Claro que Wycliffe fez isso sem a permissão da igreja. Os padres ficaram horrorizados ao saber que agora o povo tinha acesso a uma Bíblia que podia ser lida em seu idioma e condenaram a tradução de Wycliffe. A Bíblia Inglesa de Wycliffe foi de grande ajuda para acordar o povo inglês para as verdades da Palavra de Deus, mesmo sendo proveniente de manuscritos de origem adulterada. Isso, porém, não significa que a Vulgata Latina tivesse muita virtude. Simplesmente mostra a profundidade da escuridão que envolvia o povo da época devido às superstições e ensinos de Roma. Até mesmo a Bíblia adulterada incidiu grande luz sobre o povo.

Ainda se passariam duzentos anos até que as Bíblias protestantes entrassem no campo de batalha. A Bíblia de Wycliffe, porém, lançou a base para que algo mais influenciasse diretamente a Bíblia King James. A tradução de Wycliffe da Vulgata Latina foi feita no tempo exato para incitar um grande progresso na língua inglesa.
A maioria do povo era composta por camponeses que não sabiam ler nem escrever, mas que sentiam o grande desejo de conhecer a Bíblia. Muitos estavam dispostos a fazer qualquer coisa para ouvir a Palavra de Deus. Assim, eles se ajuntavam ao redor daqueles que sabiam ler e ouviam a leitura da Bíblia. Isso gerou mais fome ainda da Palavra de Deus que resultaria em frutos para a Reforma, que ocorreria duzentos anos mais tarde. Alguns do povo começaram a aprender a ler. Isso deu início a um longo processo que desenvolveria o intelecto da Inglaterra, como também elevaria a classe média e finalmente abriria caminho para o rompimento intelectual de Roma por parte da Inglaterra e de todo Império Britânico. A Bíblia de Wycliffe foi a base para essa grande mudança.

Na ocasião em que exemplares da tradução bíblica para o inglês de Tyndale foram publicados na Bélgica, local em que estavam as melhores prensas da época, eles foram contrabandeados para a Inglaterra em sacos de trigo. Imagine isso, o pão da vida contrabandeado em sacos de trigo com que se faz o pão que sacia a fome física. Esse foi um grande golpe em Roma. Novamente, o povo desejava aprender a ler para que pudesse compreender a Bíblia. Mais uma vez, isso elevou o intelecto do povo até atingir a qualidade de Shakespeare. Além disso, acrescentou outra pedra fundamental no edifício magnificente da Bíblia King James.

O fato de aprender a ler a Bíblia fez algo pela Inglaterra que nenhum outro evento poderia ter feito. Ele posicionou a Grã-Bretanha em um caminho que mudaria o mundo. Uma vez que o povo adquiriu a capacidade de ler, ele adquiriu também a capacidade de raciocinar com mais clareza e cuidado. Isso gerou todos os tipos de invenções, que gerou o desenvolvimento econômico e a ascensão da classe média.
Resultou também em uma classe mais culta e com maiores realizações intelectuais e literárias. Agora o povo era capaz de questionar os padres, o que fez com que o clero ficasse muito incomodado. No século 17, a língua inglesa havia sido profundamente aprimorada. Ela passou de um dialeto simples para um língua mundial com todo o poder do intelecto para apoiá-la. Na verdade, a língua inglesa reinou sobre o mundo sob a coroa britânica, a superpotência da época.
Deus sabia que a língua inglesa precisava atingir o auge de sua eficácia exatamente no período da tradução de 1611 da Versão Autorizada da Bíblia Inglesa. Assim, anos antes, Deus usou o Seu servo John Wycliffe para dar início ao processo que elevaria a língua inglesa gradualmente ao seu desempenho máximo. Deus sabia quanto tempo esse processo levaria e, certamente, cronometrou tudo para que ele chegasse ao fim no momento exato para o grande projeto de tradução da Bíblia.

Deus, porém, planejou algo mais para a língua inglesa. Ele sabia que o mundo precisaria ser ligado por uma língua que fosse bem diferente da língua de Roma. Todas as línguas de origem latina estavam ligadas à Igreja Católica e aos seus ensinos. Deus sabia que a Grã-Bretanha finalmente se tornaria protestante, por isso, preparou-a para levar a fé protestante ao redor do mundo. Essa não foi uma tarefa simples, mas Deus trabalhou constantemente através de agentes poderosos para vencer as forças controladoras do mal. Ao romper os laços com Roma, a Grã-Bretanha saiu para colonizar o mundo levando consigo a língua inglesa e a Bíblia inglesa.

Talvez, o lugar mais importante para a língua inglesa ser implantada tenha sido a América do Norte, pois foi dali que a mensagem do advento, a mensagem do breve retorno de Cristo, abriu suas asas e alçou voo para todas as partes do mundo. A última mensagem ao mundo precisava nascer em uma terra protestante e geograficamente distante de Roma. Ela tinha que se desenvolver na língua inglesa, idioma distante da língua, da literatura e do modo de pensar de Roma. E tinha que amadurecer através da Bíblia protestante mais aceita e espiritualmente distante de Roma. Os princípios da última mensagem de Deus tinham que ser provenientes de uma fonte pura para que as doutrinas e os ensinos fossem também puros. Deus certificou-se de que assim ocorresse para que não restasse dúvida de que essa mensagem é a verdade plena de Deus para o nosso tempo. A mensagem adventista desenvolveu-se na América do Norte e dali foi levada a toda nação, tribo, língua e povo.

Voltemos novamente no tempo. No século 16, Wiliam Tyndale colocou outra pedra na fundação da bela estrutura protestante, a Bíblia King James. Exilado de sua terra natal, Tyndale trabalhou diligentemente na tradução da Bíblia para o inglês em Worms, Alemanha, onde tinha amigos protestantes. Ali ele pôde realizar a tradução a partir da valiosa compilação publicada por Erasmo. É muito provável que Tyndale tenha tido acesso à Bíblia Valdense. Além disso, ele pôde consultar outros protestantes para realizar seu trabalho. A Bíblia Tyndale causou um poderoso impacto na Inglaterra e o povo ficou maravilhado. Roma, porém, não ficou nem um pouco entusiasmada com a nova Bíblia protestante na língua inglesa.

Satanás sabia que a Bíblia Tyndale tinha que ser confrontada. Assim, instigou os jesuítas a traduzirem a Bíblia para o inglês a partir dos manuscritos ocidentais adulterados, os mesmos usados para traduzir a Vulgata Latina. A Igreja Católica não queria que a Bíblia fosse traduzida para a língua do povo. A Reforma, no entanto, havia causado tanto prejuízo ao seu poder e autoridade, e a Bíblia Tyndale foi tão bem recebida pelo povo, que Roma ficou desesperada para encontrar uma maneira de anular a força da Reforma Protestante.

Pense bem. A Reforma Luterana havia abalado os fundamentos de Roma, mas não parou por aí. Onda após onda da Reforma varreu as nações da Europa, libertando o povo do jugo de Roma através da distribuição do Texto Recebido na língua do povo. Agora o povo podia ler por si mesmo e não precisava mais dos padres para ler e interpretar a Bíblia. Roma tremeu diante da entrada da Palavra de Deus no coração do povo. A Reforma, no entanto, não surgiu apenas porque Roma adotara uma Bíblia adulterada. Sem uma alternativa melhor, não haveria chance de ocorrer mudanças duradouras. O fato de o Texto Recebido ter sido disponibilizado na língua do povo foi que impulsionou a Reforma e abalou o papado de uma extremidade a outra.

O papado percebeu que deveria colocar em ação todos os seus ardis e astutas estratégias para vencer seu poderoso inimigo, o Texto Recebido, agora na forma das Bíblias Protestantes na língua do povo. Assim, Roma desenvolveu um ataque tríplice.

A primeira investida contra a Bíblia Protestante foi o Concílio de Trento, que durou dezoito anos, desde 1545 até 1563. Esse Concílio tinha como objetivo principal destruir as Bíblias da Reforma. Mantenha em mente que os reformadores protestantes haviam denunciado com poder os abusos da igreja, como também se levantaram contra as extorsões e terríveis imoralidades cometidas por ela. Não seria de surpreender se o Concílio de Trento abordasse esses temas, mas em vez disso a Igreja Católica concentrou-se em questões relacionadas à Bíblia e à doutrina, especialmente àquelas relacionadas à sua autoridade.

http://en.wikipedia.org/wiki/Council_of_Trent

No Concílio de Trento, por exemplo, o bispo de Reggio claramente apontou que os protestantes ainda estavam sob a autoridade de Roma, pois ainda guardavam o domingo, que, segundo ele, não possuía autoridade escriturística, mas se baseava na mudança feita exclusivamente pela autoridade da igreja. Assim, se os protestantes concordavam com Roma nessa questão e continuavam guardando o domingo, eles estavam na verdade submetendo-se à autoridade da Igreja Católica.
Referência: Council of Trent, de Paolo Sarpi, página 439.

No décimo oitavo dia do Concílio, o arcebispo de Reggio pregou um sermão intitulado “Gasparo del Fosso”. Sarpi escreveu: “O tema [do sermão] foi a autoridade da igreja, a supremacia do papa e o poder dos concílios. Ele disse que a igreja possuía a mesma autoridade que a Palavra de Deus; que a igreja tinha mudado o sábado, ordenado por Deus, para o domingo, e removido a circuncisão, anteriormente ordenada pela Majestade Divina, e que tais preceitos haviam sido mudados, não pelos ensinos de Cristo, mas pela autoridade da igreja…”

Veja também Felix Bungener, Concílio de Trento:

http://books.google.com/books?id=7zqLJRi30m8C&pg=PA298&dq=council+trent+sabbath+reggio&hl=en&ei=L0LcTa33FtG3tgfVlqnIDw&sa=X&oi=book_result&ct=book-thumbnail&resnum=2&ved=0CDEQ6wEwAQ#v=onepage&q=council%20trent%20sabbath%20reggio&f=false

Os jesuítas dominaram o Concílio de Trento e influenciaram suas decisões. Eles estavam especialmente preocupados com os esforços da Reforma em remover a autoridade do papa. A fim de combater a Reforma, o Concílio reafirmou que a Vulgata Latina era a tradução inspirada das Escrituras e que as Escrituras por si mesmas não eram suficientes para a salvação. Eles também reafirmaram que a tradição é equivalente aos princípios bíblicos, que os livros apócrifos foram inspirados por Deus e que os membros leigos da igreja não tinham direito de interpretar as Escrituras por conta própria. Eles precisavam dos padres e do papa para entendê-las (64-65).

Note que todas essas decisões defendiam a autoridade papal e tinham como objetivo subverter a lealdade protestante à autoridade da Bíblia. A Igreja Católica Romana não mudou como resultado da Reforma, mas reafirmou suas doutrinas, especialmente sua Bíblia adulterada. O Concílio de Trento ainda é considerado um momento chave para a Igreja Católica Romana.

Os protestantes rejeitaram o Concílio de Trento e seus princípios. A Reforma havia sido erigida sobre o princípio da “sola scriptura”, ou seja, a Bíblia como a única regra de fé. Apesar de os reformadores não apontarem todos os erros (como a observância do domingo, por exemplo), eles sabiam que a Vulgata Latina era uma versão adulterada das Escrituras com milhares de erros. Os reformadores criam que todo homem podia estudar a Bíblia por si mesmo e aprender o caminho da salvação sem a ajuda dos padres ou do papa. Eles fielmente colocaram a autoridade da Bíblia acima da autoridade da igreja e da tradição.

A fim de prosseguir com o segundo ataque às Bíblias Protestantes, jesuítas em Rheims, França, receberam ordens para traduzir para a língua inglesa a Vulgata Latina. Com isso, Roma intencionava competir com a tradução de William Tyndale e as outras traduções do Texto Recebido oriental não adulterado. O velho ditado que diz: “Se não pode com eles, junte-se a eles” entrou em cena. O papa não podia mais proibir o povo de ler a Bíblia, assim, não teve outra escolha a não ser tentar fazer com que o povo aceitasse a tradução bíblica papal. Em 1582, o Novo
Testamento Jesuíta em inglês foi publicado com o objetivo de combater a tradução de Tyndale e a Bíblia de Genebra. O objetivo dos jesuítas ao publicar o Novo
Testamento de 1582 era anular se possível as Bíblias Protestantes através da sua tradução corrupta da Palavra de Deus.

Lembre-se de que a missão dos jesuítas sempre foi derrubar as igrejas protestantes e reconquistar a perdida supremacia papal. Os jesuítas eram acadêmicos e esperavam que a sua tradução bíblica fosse respeitada pelo povo. Esperavam reconquistar seu coração. Mas eles publicaram uma Bíblia difícil demais de ser lida. Além disso, ela continha anotações nas margens que claramente promoviam a teologia e a tradição católica. Os protestantes rapidamente reconheceram que essa Bíblia se tratava da Vulgata Latina traduzida para o inglês, proveniente, como eles sabiam muito bem, de fontes adulteradas pelos gnósticos.
Os protestantes conscientemente evitaram usar os manuscritos ocidentais em suas traduções devido aos sérios e infindáveis erros e omissões.

Assim, na ocasião em que o Novo Testamento Jesuíta de 1582 foi publicado na Inglaterra, os protestantes rejeitaram-no e acusaram os jesuítas de publicar uma Bíblia defeituosa. Tantos os anglicanos quanto os puritanos levantaram-se para refutar o trabalho dos jesuítas. Eles sistemática e metodicamente colocaram a Bíblia Jesuíta em descrédito apontando os erros e condenando sua teologia. O povo também se recusou a aceitá-la e a lê-la. Assim, os jesuítas tiveram que tirá-la de circulação e traduzi-la novamente, agora, de forma mais aproximada à Bíblia Tyndale. A edição seguinte, porém, também não foi aceita. Na verdade, várias edições foram publicadas e depois tiradas de circulação (58-71).
Em 1588, apenas seis anos após a publicação do Novo Testamento Jesuíta, Roma colocou em ação o terceiro ataque contra os protestantes britânicos. Desta vez, Roma utilizou a Armada Espanhola de Filipe II da Espanha.

A Inglaterra estava começando a mostrar sinais de que se tornaria um poder global. A Reforma Protestante e sua Bíblia haviam inspirado nova vida e energia à nação. A Espanha, defensora de longa data da fé católica, dominava os mares na época e era governada por Filipe II, que acompanhava a crescente força da Inglaterra com preocupação. Assim como o papa Sisto V.

A cunhada de Filipe, Elizabete I da Inglaterra, promovia fortemente o protestantismo e buscava maneiras de restringir ou até mesmo de remover as forças católicas romanas que influenciam seu país. Ela, por exemplo, ordenou a prisão e mais tarde a execução de sua prima, Maria, rainha da Escócia, fiel seguidora e defensora do catolicismo romano.

Filipe II, encorajado pelo papa Sisto, que lhe ofereceu dinheiro e indulgência plena por todos os homens perdidos em combate, autorizou a Armada Espanhola a atacar a Inglaterra na tentativa de derrotar a monarquia protestante, restaurar as regras católicas e reconquistar a nação para Roma. O Vaticano sem dúvida estava ciente das ambições da Grã-Bretanha em se tornar uma potência mundial. Roma identificou as forças em ação e sabia que se algo não fosse feito para impedir o avanço do protestantismo e a disseminação das Bíblias Protestantes, a Espanha católica enfrentaria uma competição acirrada com relação ao domínio geopolítico. Com isso, a Igreja Católica teria grande dificuldade em manter o controle espiritual do povo.

A poderosa Armada Espanhola navegou até o Canal Inglês na primavera de 1588. Os ingleses sabiam de sua aproximação e tremeram. Após várias investidas malsucedidas contra os galeões espanhóis, os ingleses perceberam que algo precisava ser feito para desfazer a formação defensiva dos navios inimigos. Assim, decidiram sacrificar alguns de seus próprios navios e navegar diretamente contra a frota espanhola – em chamas. Na calada da noite, os navios ingleses, carregados de explosivos e pintados com piche, aproximaram-se da Armada como se fossem passar direto por elas. Ao se aproximarem, porém, explodiram repentinamente ameaçando toda a frota espanhola com um incêndio destruidor. Os capitães da Armada entraram em pânico e tentaram fugir daquela situação terrível. Em meio ao caos e ao desespero, alguns dos navios espanhóis se perderam. Sem a formação defensiva, os navios ingleses, que eram mais rápidos e mais fáceis de manobrar, causaram grande dano à Armada Espanhola.

Depois de perseguir a Armada até a região próxima a Noruega, os espanhóis tentaram escapar para seu país pela costa atlântica da Grã-Bretanha. No entanto, grandes tempestades fizeram com que muitos dos navios batessem contra bancos de areia e fossem completamente destruídos. Cerca de vinte mil marinheiros e soldados pereceram devido a enfermidades, fome, afogamento e combates corporais. Apenas 67 dos 151 navios da frota original da Armada Espanhola conseguiram voltar para a Espanha. Todos com sérios danos. O papa Sisto havia oferecido um milhão de coroas de ouro para incentivar Felipe II a navegar contra a Inglaterra, mas quando a Armada retornou derrotada, ele se recusou em dar sequer uma moeda de ouro. A derrota da Armada Espanhola enfraqueceu o poder da Espanha e assegurou seu declínio como a senhora dos mares e superpotência global. Certamente, o papa Sisto não percebeu que a falta de apoio a Filipe II na ocasião contribuiu para que a Armada Espanhola não conseguisse se reerguer e a Espanha perdesse sua posição de domínio.

Referência: Albert Close, The Defeat of the Spanish Armada

http://en.wikipedia.org/wiki/Spanish_Armada

Em 1611, o Império Britânico estava em plena expansão, incluindo a primeira colônia americana, que mais tarde conquistaria a liberdade religiosa. O poder da marinha britânica e da marinha mercante fez da Grã-Bretanha o centro do poder mercantil e econômico global. O império em ascensão certificou-se de que as trevas da noite não assolassem seu território. A língua inglesa estava no auge de sua qualidade. A Nova República Americana, recém-saída do deserto conforme predito na profecia bíblica, também falava a língua inglesa. A indústria e o comércio progrediam rapidamente preparando-se para acelerar a disseminação das Bíblias e da mensagem protestante para o mundo inteiro. O conhecimento linguístico tão necessário para o conhecimento bíblico também atingira seu auge em 1611, criando um excelente alicerce para a nova tradução. Além disso, após 170 anos desde a primeira prensa, a tecnologia havia se desenvolvido o bastante para produzir matérias de qualidade (72).

Havia chegado o tempo oportuno para Deus trazer à existência uma Bíblia que representaria a soma de todo o trabalho de décadas a fim de preservar o Texto Recebido. As condições eram ideias para o surgimento da tradução mais acadêmica, pura e simples da Bíblia jamais publicada.

Por falar em conhecimento, pensa-se que o conhecimento bíblico de hoje é superior ao disponível em 1611, deixando a Bíblia King James a desejar em relação às traduções modernas. No entanto, dificilmente encontramos outro momento melhor na história em que o conhecimento bíblico tenha atingido seu auge. Os tradutores da Bíblia King James tiveram os melhores materiais à sua disposição, as melhores fontes de informação. Eles mesmos eram dotados de elevada qualidade acadêmica.
As novas informações não acrescentam nada à qualidade das informações que eles tiveram acesso, como também não surgiu conhecimento melhor do que o disponível na época. O que é considerado hoje como conhecimento bíblico é geralmente maculado por alguma influência não acadêmica ou até mesmo por estratégias de engano, assim como na ciência, no jornalismo ou na política.

Com relação à língua inglesa ter atingido seu auge, é importante notar que as palavras possuíam um sentido amplo, simples e geral. Em outras palavras, elas continham um pensamento central, mas também muitos sentidos secundários, ligados ao pensamento central. Isso tornava as palavras muito flexíveis. Uma ou duas palavras eram capazes de transmitir conceitos amplos e complexos com muita facilidade. Isso quer dizer que as palavras da Bíblia seriam totalmente adaptáveis a múltiplas circunstâncias aos olhos das gerações futuras. Apesar de as palavras terem se tornado menos gerais hoje e muito mais específicas, ainda há um poder na Bíblia King James que oferece ao estudante grande adaptabilidade, especialmente porque essa tradução emprega em sua maioria palavras simples, com apenas uma ou duas sílabas sempre que possível. Hoje, no entanto, as palavras e as combinações de palavras são mais fixadas em seu significado (74-75). Assim, em 1611, a língua inglesa atingiu o nível de maior eficiência e eficácia em qualidade.

Após o surgimento da Reforma, a concorrência da Bíblia Jesuíta de 1582 e a guerra com a Espanha, o protestantismo vitorioso estava pronto para organizar uma nova era, não apenas no mundo político, mas na questão da fé. A Inglaterra estava a caminho de lançar a base para a última mensagem de advertência de Deus ao mundo caído logo antes de Jesus voltar outra vez nas nuvens do céu. A última mensagem ao mundo precisava de uma Bíblia pura, não adulterada e madura.
Precisava de uma Bíblia traduzida de forma sistemática e amplamente aceita por todos os protestantes. Sem a Bíblia King James, não haveria oportunidade para entendermos os claros princípios do ministério de Cristo no Lugar Santíssimo do santuário celestial e a mensagem de preparação para volta de nosso Senhor. As pessoas que idealizaram e conduziram a tradução bíblica King James certamente não tinham ideia de que seu trabalho seria fundamental para a compreensão madura do ministério de Cristo nos últimos dias.

Relata-se que mil ministros enviaram uma petição, conhecida como Petição Milenar, ao rei Tiago [king James] que havia acabado de suceder Elizabete ao trono, pedindo “uma nova tradução da Bíblia, sem anotações ou comentários”. Antes disso, as Bíblias eram publicadas com margens largas contendo anotações destinadas a explicar o texto sagrado. No entanto, os puritanos da Inglaterra estavam insatisfeitos com isso. Eles possuíam uma compreensão muito clara a respeito de como estudar a Bíblia e criam que o Espírito Santo podia ensinar o estudante a verdade de Deus pela própria Bíblia, através da comparação de textos, um pouco aqui, um pouco ali (Isaías 28:10). Eles não queriam uma Bíblia que tivesse explicações humanas em suas margens.

Assim, na realidade, o maior incentivo para uma nova tradução da Bíblia veio dos puritanos, que sentiram que a versão bíblica jesuíta adulterada estava causando mal ao povo, assim como Roma havia causado grande mal o privando da Palavra de Deus por séculos (77).

A tarefa de traduzir a nova versão foi conferida a 47 homens cultos e versados. Eles foram divididos em três grupos, um em Oxford, outro em Cambridge e outro em Westminster. Cada um desses grupos se dividiu em dois comitês, formando seis comitês no total. Depois que os tradutores trabalhavam para o comitê a que pertenciam, realizavam as revisões e edições necessárias, submetiam o trabalho ao grupo e em seguida aos outros grupos para revisão e críticas. Os outros grupos e seus respectivos comitês enviavam as críticas para o grupo original para análise e, se ainda assim houve qualquer desacordo, eles deixavam para resolvê-lo na reunião geral de todos os grupos ao final do projeto. Dessa forma, cada verso foi revisado no mínimo quatorze vezes pelos vários membros e comitês envolvidos no projeto (85).

Além disso, o projeto estava aberto a qualquer homem instruído do reino que desejasse contribuir com suas observações à medida que o trabalho progredia. Se houvesse dificuldade com um texto em especial, os tradutores podiam consultar homens instruídos de qualquer parte, até mesmo fora da Grã-Bretanha (85-86).

O nascimento da Bíblia King James foi um golpe mortal à supremacia papal da Igreja Católica Romana e sua Bíblia adulterada. Os tradutores da Bíblia King James certamente não puderam divisar a influência global desse simples, no entanto, magnificente livro. Certamente não faziam ideia de que por trezentos anos a sua tradução formaria um forte laço de união entre os protestantes de todo o mundo contra a tirania papal (88).

Certo traidor da Igreja Anglicana, um sacerdote, que tentou levar a igreja de volta a Roma e que finalmente se converteu a fé católica, declarou com frustração: “Quem será capaz de dizer que a beleza incomum e o inglês maravilhoso da Bíblia Protestante não é um das grandes fortalezas contra a heresia neste país?” De fato a Bíblia King James atuou como uma fortaleza em defesa do protestantismo na Inglaterra e em outras nações de língua inglesa, como também erigiu uma barreira gigantesca contra a disseminação do romanismo no mundo (88).

Roma apenas seria capaz de colocar os pés nas igrejas protestantes se anulasse a Bíblia King James. Hoje em dia está evidente de que o papado tem obtido sucesso em anular a Bíblia King James e substituí-la com vários tipos de versões, especialmente a Nova Versão Internacional, todas traduzidas de acordo com os manuscritos ocidentais adulterados através dos quais o Vaticano, com a Vulgata Latina, manteve a supremacia espiritual durante a Era Escura.

Roma trabalhou por trezentos anos a fim de anular a Bíblia King James, travando uma guerra contínua contra a Bíblia Protestante. Os gigantes espirituais de 1611 colocaram diante do mundo uma Bíblia que se levantaria como a autoridade final em todas as questões de fé e prática para todo cristão fiel. A Bíblia King James colocou por terra a noção de que a tradição era necessária para a salvação. A Bíblia King James aniquilou a noção de que as pessoas dependem de um sacerdote terreno além de Cristo para encontrar o perdão de seus pecados e a purificação da injustiça. A Bíblia King James combateu a ideia de que o pecador precisa de penitências, peregrinações e rosários para expiar suas transgressões. Os jesuítas tentaram várias vezes anular a Bíblia King James, mas não foram bem-sucedidos até que em 1881, a Versão Revisada do Novo Testamento, uma versão em harmonia com a Vulgata Latina Católica Romana, finalmente conquistou certa credibilidade entre os protestantes.

A era em que foi realizada a tradução da Bíblia King James foi a era mais importante na literatura inglesa. Shakespeare estava aperfeiçoando a dramatização e levando-a ao auge poético da história literária. A poesia atingiu sua suprema expressão durante esse período. Composições, livros e outras formas literárias foram amplamente desenvolvidos devido à qualidade da língua inglesa da época, que não foi superada em nenhuma outra era. A coroação, porém, das realizações desse período de ouro foi a Bíblia King James. Três séculos de literatura inglesa se seguiram. Apesar de contarem com muitos poetas, novelistas e escritores, e embora muitos homens e mulheres inteligentes estejam envolvidos em ensinar a língua inglesa a milhões, a arte da língua inglesa nunca superou o refinamento da Bíblia King James de 1611 (90).

A Bíblia King James além de ser o “melhor exemplo da literatura inglesa que o mundo já viu”, também é o meio mais simples e fácil de entender o caminho da salvação. Apesar de conter algumas palavras arcaicas, a Bíblia King James oferece a versão mais fácil para se memorizar textos. A mente pode facilmente se ajustar às palavras, se a pessoa estiver disposta (89).
A bela linguagem da Bíblia King James foi adotada pela língua inglesa. Alguns exemplos são “menina dos olhos”, ou “bode expiatório” e “faca de dois gumes”.
Tais expressões e muitas outras continuam a ser utilizadas na língua moderna. Isso representa a influência da Versão Autorizada da Bíblia King James na língua inglesa. O fato de a Versão Autorizada da Bíblia King James ter reinado soberana nas igrejas e nações protestantes assegurou que sua linguagem, suas frases, palavras e conceitos permeassem a cultura e a mentalidade do povo. Isso garantiu que todo esforço para anular sua supremacia fosse um processo longo e difícil e exigisse muito esforço e persistência para minar sua influência e, finalmente, substituí-la com versões inferiores e ecumênicas. A economia, equilíbrio e força da língua utilizada na magnificente Versão Autorizada são inigualáveis tanto em relação à influência quanto à defesa do ensino protestante. Sem ela, os protestantes perdem sua base espiritual. Com ela, o papado é restringido.

Embora haja muito mais a ser dito a respeito da história e do impacto da Versão Autorizada da Bíblia King James, não resta dúvidas de que ela seja superior às traduções modernas feitas a partir de fontes adulteradas. Ao meditar a respeito da grande herança que a Bíblia Versão King James oferece, lembre-se de que a fim de ter uma mensagem pura, a fim de ter uma fé pura e a fim de ter uma experiência madura com o Senhor, precisamos de uma Bíblia pura, uma Bíblia proveniente de manuscritos puros.

Oremos. Nosso Pai celestial, obrigado por nos presentear com uma versão da Bíblia projetada por Ti para amparar o Teu povo até o fim deste mundo. Obrigado por uma versão da Bíblia que defende a verdade dos erros e enganos prevalecentes em nosso tempo. Oramos para que através da leitura de suas páginas sagradas adquiramos uma compreensão mais clara do plano da salvação e do ministério de Jesus no Lugar Santíssimo em nosso favor. Prepara-nos para permanecermos firmes por Cristo e por Tua lei quando o mundo inteiro se maravilhar diante do anticristo. Que a nossa vida reflita o caráter de nosso amorável Salvador e uma pureza e simplicidade que esteja em harmonia com a fé uma vez entregue aos santos. Leva-nos para o Teu reino, nós oramos em nome do Senhor Jesus, amém.
Música.

Referência: a maior parte dos detalhes históricos utilizados nesta mensagem foi extraída de: Our Authorized Bible Vindicated, de Benjamin Wilkinson, diretor do curso de teologia do Washington Missionary College, Takoma Park, MD, Estados Unidos. As páginas consultadas foram indicadas ao longo do texto.