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O Problemática Manto De José, parte 3

Por Pastor Hal Mayer

Joseph’s Troublesome Coat, Part 3 [1]

Queridos amigos,

Ao nos aproximarmos do fim do tempo, precisaremos de uma experiência similar à de José. A forma com a qual o povo de Deus será tratado terá muito dos mesmos elementos de injustiça. Contudo, precisamos manter nossa fé de que Deus está trabalhando em Seu plano, que Ele está nos usando para trazer à tona nosso destino final. Devemos, agora, aprender a confiar nEle em todas as coisas e permitir que nos prepare para o Tempo de Angústia. Não importa o “poço” ou a “prisão” que Deus permita a você experimentar, é a Sua maneira de lhe tornar o homem ou mulher que Ele realmente usará.

Lembre-se que Satanás não pode fazer nada além do que Deus permite. E se Deus permite que ele faça alguma coisa, é para nosso bem e para o bem da causa. Se ficarmos perturbados, com raiva, magoados ou vingativos, apenas atrasará, ou até mesmo arruinará, o grande propósito de Deus para nós.

Antes de começarmos o nosso estudo, vamos orar: “Nosso Pai que está nos céus, obrigado pela história de José. Ela tem grandes lições para nos ajudar a percorrer as dificuldades da vida. Ajude-nos a compreendê-las e aprendê-las por nós mesmos. Obrigado por Jesus também, do qual José é um tipo. Obrigado por Seu sacrifício na cruz por nossos pecados. Que este sacrifício mude nossas vidas. Nós oramos, em nome de Jesus. Amém”.

Talvez você se lembre que Deus permitiu que José fosse posto na prisão, outro poço, por assim dizer, para prepará-lo a fim de se tornar o primeiro ministro do Egito. Não parece estranho? O mundo não pensa dessa maneira. Ir para a prisão, normalmente, significa o fim da carreira ou reputação de alguém e não o início. Se alguém é condenado por um crime e é preso, normalmente as pessoas não pensariam que ele seria promovido a uma posição elevada após ser libertado. Contudo, isto foi exatamente o que ocorreu com José. A prisão era a forma de Deus de posicioná-lo para fazer o que Ele, há tanto tempo, planejara. Você acha que Deus trabalha desta forma em nossa vida? Na minha sim. Eu posso ver, especialmente quando olho para minha vida passada. Posso ver que Deus tem estado a me preparar, e frequentemente, por meio de provações, dificuldades, restrições, limitações, sofrimentos e injúrias.

José estava sempre sendo crucificado, mas Deus o ergueu para algo melhor. Onde quer que haja uma crucifixão, sempre haverá uma ressurreição, se formos fiéis. É a própria injustiça que justifica Deus a promover você, no final, a uma posição de honra e responsabilidade. Se formos disciplinados justamente, então talvez, mereçamos uma posição mais humilde. Mas se suportamos a injustiça, quando Deus nos ressuscitar, seremos colocados além do alcance daqueles que nos causariam mal, especialmente às nossas almas. Nós somos os únicos que podemos machucar nossas próprias almas. Por meio de reações afrontosas e não bíblicas, diante da injustiça, nos tornamos escravos de nossa natureza carnal. Somos aprisionados em nossas próprias paredes de ódio e rancor. Mas, se confiarmos em Deus, se vivermos pelo princípio e mantivermos um verdadeiro espírito de amor e perdão, nada do que possa acontecer deverá nos causar dano irreparável.

Quando José foi vendido como escravo por seus irmãos, olhou para as estrelas e tomou as promessas para si. Agora Deus testa sua fé ainda mais. Sentiu a mão de Deus tornando-o próspero na casa de Potifar. Confiaria ele em Deus, mesmo que não conseguisse, nesse momento, ver as estrelas? Desta vez José é posto na prisão, provavelmente subterrânea, onde ele não podia olhar para o familiar céu e ver as estrelas. José ainda fortalecia sua fé, apesar do fato de não poder ver as estrelas. Deus sempre faz isto conosco. Passamos por uma provação e, se passarmos por ela, com fé nas promessas de Deus, Ele, às vezes, nos leva mais fundo, onde não conseguimos vê-lO, nem mesmo Suas providências. Temos nós fé para tomarmos as promessas para nós mesmos, continuar crendo que Ele está conosco e que Suas promessas não falham?

Embora José estivesse preso, na verdade, ele era livre em sua alma. Isto é algo tremendo. Ninguém pode tirar a liberdade de sua alma. Podem lhe perseguir, mas você não precisa desistir da liberdade de sua alma. Você não precisa murmurar ou se queixar. Você não pode se deixar inundar pelo desencorajamento. Você pode continuar sendo uma benção aos outros, onde quer que esteja e, no processo, será uma benção para si mesmo.

Mas não havia uma forma melhor para Deus testar José e prepará-lo para a grande responsabilidade? Deus sabe o que faz. Ele sabe a melhor maneira de nos preparar para a nossa obra. Ele sabe exatamente qual é a necessidade de nosso caráter. Mas, o mais importante, Ele sabe que se não enfrentarmos o mesmo tipo de injustiça, não poderemos compreender o que Cristo padeceu por nós. Além disso, sem compartilhar dos sofrimentos de Cristo, somos incapazes de compreender a abnegação do céu em enviar Cristo a esse mundo para salvar a raça perdida. A menos que soframos como Ele, nunca compreenderemos o que Jesus fez. Há um texto muito importante que nos ajudará a entender isto. Encontra-se em 1 Pedro 2: 21 – 23: “Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as Suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na Sua boca se achou engano. O qual, quando O injuriavam, não injuriava, e quando padecia, não ameaçava, mas entregava-Se àquele que julga justamente”.

Podemos nós nos entregar Àquele que julga justamente? Só há Um que pode fazer isto. Este é Deus. Ele não erra. Mas vimos que devemos seguir os passos dAquele que não pecou, nem se achou engano em Sua boca; pelo contrário, Ele foi insultado, sofreu injustamente e foi abusado; mas não pagou na mesma moeda, o que facilmente Ele poderia fazer. Poderia ter chamado um anjo para destruir Seus inimigos e, ainda assim, teria feito justiça para com eles. No entanto, Ele suportou até mesmo ser pendurado na cruz, para que, assim, Ele pudesse justamente nos perdoar e nos dar um futuro e uma esperança. Você crê que Deus fez isto?

A Bíblia diz que, embora José estivesse na prisão, na verdade, ele estava prosperando. Leiamos Gênesis 39: 23. “O guarda da prisão não inspecionava nada que estava sob seus cuidados; porque o Senhor estava com ele, e tudo que o ele fazia, o Senhor prosperava.” Por quê? Porque ele não estava sozinho. Deus estava com ele.

Vocês se lembram o que significa prosperar? Não tem nada a haver com posses humanas. Tem a haver com o caráter e o espírito. José viveu no Espírito e prosperou. Não importa a circunstância, nem quão difícil é sua experiência, você pode prosperar quando decidir viver em Deus. O Senhor será com você, assim como foi com José, e você prosperará. É uma questão de atitude. Sua atitude e visão determinam sua prosperidade. Apesar de José estar na prisão, ele se determinou a ser uma benção aos outros. Ele os animaria. Ele os ajudaria a tratar de seus negócios. Ele os aconselharia e os encorajaria. Você pode fazer de toda situação ou dificuldade uma benção, apenas pela sua atitude. Se o Senhor estiver com você, você prosperará. Tratando os outros com mansidão, bondade e respeito, o Senhor lhe fará prosperar, até mesmo quando parece que você está sendo derrotado. Não são as circunstâncias que fazem um homem ou mulher prosperar. É a forma que vemos as circunstâncias.

Iniciamos essa narrativa de hoje com Gênesis capítulo 40. Aqui nos é dito que algo aconteceu no palácio de Faraó e este acontecimento levou José a conhecer dois homens. Leiamos os versos de 1 a 3: “E aconteceu, depois destas coisas, que o copeiro do rei do Egito, e o seu padeiro, ofenderam o seu senhor, o rei do Egito. E indignou-se Faraó muito contra os seus dois oficiais; contra o copeiro-mor e contra o padeiro-mor. E entregou-os à prisão, na casa do capitão da guarda, na casa do cárcere, no lugar onde José estava preso”.

Imaginem como deve ter sido para o chefe dos mordomos e o chefe dos padeiros acharem alguém na prisão tão feliz quanto José. Eles estavam tristes, ansiosos e com medo. Contudo, José era um prisioneiro que era feliz e útil. Ele verdadeiramente queria os ajudar, e fazer-lhes bem. Ele queria fazer bem até aos seus capturadores, incluindo o guardador da prisão. Que estranho! A prisão é um lugar terrível e escuro. Mas não para José. Ele não podia ver as estrelas à noite, mas tinha fé que elas estavam lá. Ele não podia respirar o ar fresco e ver a luz do sol, mas ele tinha luz em seu coração e sua presença era como a brisa fresca. Havia algo estranhamente diferente e maravilhoso em José. Ele aliviava o fardo de todos. As pessoas ali se sentiam abençoadas em sua presença e, quando delas se aproximava, sentiam como se ele conseguisse enfrentar toda a dificuldade.

O verso 4 nos dá um pouco mais de esclarecimento. É possível que Potifar ainda confiasse em José e, talvez, percebesse a verdade sobre sua esposa. Mas ele não mais poderia trazer José para sua casa. No entanto, ou ele deu a José autoridade na prisão, ou sugeriu isso ao guarda, sabendo que as coisas poderiam prosperar e ir bem lá sob a liderança de José. Ouçam isto: “E o capitão da guarda” (Potifar) “confiou-lhes a José” (o copeiro e o padeiro), “e ele os serviu; e eles passaram muito tempo na prisão”. Em outras palavras, este verso nos dá um esclarecimento muito surpreendente. É claro que Potifar queria que esses prisioneiros de grande valor fossem especialmente tratados, e pôs-lhes sob os cuidados de José. Assim sendo, o chefe dos padeiros e o copeiro ficaram certo tempo na prisão com José. Possivelmente ambos estavam lá, enquanto havia uma investigação de uma suspeita de conspiração contra a vida do rei. Todos os suspeitos, ou pelo menos suspeitos em potencial, foram reunidos e colocados sob custódia. Mesmo que eles fossem inocentes, o Faraó não poderia se arriscar.

Enquanto eles estavam lá, José conversou com eles e aprendeu muito a respeito da corte do Faraó. Isto fazia parte do caminho de Deus a fim de prepará-lo para sua posição futura. Ele aprendeu sobre o caráter do rei. Aprendeu sobre a etiqueta da corte, seus costumes e práticas. Descobriu que tipo de influência dominava o pensamento da população. Aprendeu muitos detalhes sobre o governo e como as leis eram administradas. Ele passou a conhecer as condições gerais prevalecentes no Egito naquele tempo. Enquanto estava naquela prisão real, José acrescentou, à sua vasta experiência, um profundo conhecimento sobre o palácio do Faraó e sobre as obras do seu governo.

Era costume, no aniversário do Faraó, que ele anistiasse alguns casos judiciais pendentes. Três dias antes desse aniversário, estes dois homens tiveram sonhos durante a noite. José perguntou-lhes por que pareciam tão tristes. O verso 7 diz que José perguntou-lhes: “Porque pareceis tão tristes hoje? E eles o disseram: tivemos um sonho e não há quem interprete. E José disse-lhes: Não são de Deus as interpretações? Contai-mo, peço-vos”. José se oferece para interpretar os sonhos. Afinal, ele sabia algo a respeito de sonhos, não sabia? Ele já tinha tido seus próprios sonhos. Mas perceba que José não toma os méritos pela interpretação dos sonhos. Ele dá os méritos a Deus. Vocês vêem, José não tinha perdido sua confiança em Deus. Ele sentia que Deus o estava guiando e direcionando seus passos, mesmo na sua prisão. Ele não tinha perdido a fé na vontade de Deus.

Vejamos os versos desde o 9 até o 13: “Então contou o copeiro-mor o seu sonho a José, e disse-lhe: Eis que em meu sonho havia uma vide diante da minha face. E na vide três sarmentos, e brotando ela, a sua flor saía, e os seus cachos amadureciam em uvas; E o copo de Faraó estava na minha mão, e eu tomava as uvas, e as espremia no copo de Faraó, e dava o copo na mão de Faraó. Então disse-lhe José: Esta é a sua interpretação: Os três sarmentos são três dias; Dentro ainda de três dias Faraó levantará a tua cabeça, e te restaurará ao teu estado, e darás o copo de Faraó na sua mão, conforme o costume antigo, quando eras seu copeiro”.

Depois que contou a interpretação para o copeiro, nós vemos um lado bem humano de José. Observe o verso 14: “Porém lembra-te de mim, quando te for bem; e rogo-te que uses comigo de compaixão, e que faças menção de mim a Faraó, e faze-me sair desta casa; Porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus; e tampouco aqui nada tenho feito para que me pusessem nesta cova”. Ele lhe conta sua história e explica que estava lá injustamente. Talvez visse uma oportunidade de trabalhar para o Faraó. Embora esse fosse o plano de Deus, não ocorreria antes do tempo determinado. E nem seria apenas um trabalho sem valor. Talvez José pensasse que se pudesse trabalhar como um dos copeiros, sob a regência do copeiro-mor, ele ganharia a confiança do rei e mudaria seu próprio destino. Mas Deus tinha outros planos. Planos mais elevados do que José podia imaginar. Em vez de ser promovido na escada do progresso, José estava desenvolvendo mais fé através do desapontamento e das circunstâncias de desencorajamento. Dessa forma, Deus o exaltaria surpreendentemente ao mais alto escalão do poder.

“Fala bem de mim ao Faraó”, ele disse. José estava cansado da prisão. Desejava ser libertado. Apesar de estar resignado a fazer a vontade de Deus, achou que, se o copeiro falasse bem, poderia ajudar a Deus um pouco. Amigos, é correto ser humano. Mas como seres humanos, devemos depositar nossa confiança em Deus e ele resolverá tudo no Seu próprio tempo e forma. Confie tudo à Sua amorosa providência. Os desejos de José não eram errados. Eles eram naturais. E Deus os entendia. Cristo os experimentou e, assim, os entendia também. Ele não nos condena por nossos desejos e sentimentos humanos, contanto que confiemos nEle para realizar as coisas no Seu tempo.

O padeiro-mor pensou que, assim como o sonho do copeiro teve uma boa interpretação, tinha esperança de que o seu também teria. Contudo o sonho do padeiro-mor não era bom de forma alguma. No entanto, o mensageiro de Deus precisava dizer a verdade, não importa quão dura fosse. Esses homens a essa altura já eram seus amigos. Mas ele não reteve a verdade. Versos 16 – 22: “Vendo então o padeiro-mor que tinha interpretado bem, disse a José: Eu também sonhei, e eis que três cestos brancos estavam sobre a minha cabeça; E no cesto mais alto havia de todos os manjares de Faraó, obra de padeiro; e as aves o comiam do cesto, de sobre a minha cabeça. Então respondeu José, e disse: Esta é a sua interpretação: Os três cestos são três dias; Dentro ainda de três dias Faraó tirará a tua cabeça e te pendurará num pau, e as aves comerão a tua carne de sobre ti. E aconteceu ao terceiro dia, o dia do nascimento de Faraó, que fez um banquete a todos os seus servos; e levantou a cabeça do copeiro-mor, e a cabeça do padeiro-mor, no meio dos seus servos.
E fez tornar o copeiro-mor ao seu ofício de copeiro, e este deu o copo na mão de Faraó. Mas ao padeiro-mor enforcou como José havia interpretado”.

De todos os que conheciam José, isto certamente deu-lhe tal respeito, que ultrapassou suas habilidades de liderança e conduta. Ali estava um homem que compreendia os sonhos! Isto o tornou algo de divino ou mágico aos olhos dos Egípcios que o conheciam. Contudo, José dá glórias ao Deus dos céus. Ao invés de ficar orgulhoso e jactancioso, José, humildemente, tenta lhes falar a respeito do Deus que ele serve, do verdadeiro Deus, do Deus que está muito além dos deuses Egípcios.

As escrituras dizem no capitulo 40:23: “Contudo o copeiro-mor não se lembrou de José, mas o esqueceu”. Como você se sentiria se tivesse feito algo realmente bom para alguém e, em troca, pedisse um favor, mas fosse esquecido? Eu imagino que o copeiro não queria que ninguém lembrasse de seu tempo na prisão e que, talvez, tenha tido dificuldade em como levantar essa questão. Além disso, sua própria conduta estivera sob suspeita. José não se preocupou com isso por alguns dias, ou mesmo por algumas semanas. Sabia que levaria tempo para se organizar uma designação para ele no palácio. Mas, depois que os meses se passaram, ele sem dúvida começou a temer que o copeiro o tivesse esquecido. Que decepção! Ele tinha se tornado um bom amigo do copeiro na prisão, mas agora, era como se essa amizade não significasse nada. Você já investiu em uma amizade que, um dia, se acabou como que tivesse pouco significado? Claro que sim. E é difícil passar por isso.

Passaram-se as semanas; mês após mês; finalmente um ano completo. José finalmente desiste de esperar. Então, vem a luta com Deus. Por que eu, Deus? Por que estou aqui nesta cova, só e esquecido? De novo, só havia o silêncio. O que seria de seus sonhos ali naquela cova? Só o silêncio de sempre. Estaria ele errado? Estavam seus pais errados? Só o silêncio. Exatamente como ocorreu quando pleiteava com Deus, em seu caminho para o Egito com os Ismaelitas, apenas silêncio. Porque Deus não falava com ele e o confortava? Parecia que nas ocasiões em que José mais precisava de Deus, Ele não estava lá. Onde estaria Deus? Silêncio!

Nada parecia ocorrer como José esperava. Sua perspectiva parecia estar piorando e não melhorando. Suas crenças em Deus, como ensinadas a ele por seu pai e seu avô, pareciam estar erradas ou, no mínimo, não se cumpriam. Então, novamente, precisamos entender que a idéia de prosperidade e sucesso é bem diferente da qual muitos Cristãos anseiam. A idéia popular Cristã é de que o bem vem para os que são bons, e o mal sobrevem para os maus. Isto deve ser retirado de nossa mente. É exatamente o oposto.

Então, qual é a razão de sermos fiéis a Deus, se a recompensa é apenas adversidade (neste poço ou prisão)? José foi punido pelo pecado que resistiu e, com sucesso, venceu. Imagine só! O real pecado vencido. Qual é a razão de sermos bons? Por que fazemos o bem? Não faz sentido. Depois de tudo, será que Deus não existia?

Mas, o Senhor nunca abandonou José. Ele sabia que José precisava de silêncio. O silêncio faria com que ele confiasse em Deus. Então, suponhamos que o copeiro se lembrasse de José. Ele não poderia retornar à casa de Potifar por razões óbvias. Ele poderia ser libertado, haveria grande alegria em Hebron e todos pensariam ter sido esta a vontade e providência de Deus. Mas, será que isso teria cumprindo o propósito de Deus, em trazer os filhos de Israel para o Egito para que, assim, se tornasse uma nação? Será que José teria sido capaz de salvar sua família? Não. Ele tinha que providenciar um lugar seguro para sua família para que, assim, pudesse se tornar uma grande nação regida por Deus. Não é exatamente isso que Cristo faz por nós? Jesus é o lugar seguro para o povo de Deus. Ele os protegerá e os abrigará. Jesus precisava passar pela dor e sofrimento, a fim de se tornar o lugar seguro onde nós podemos nos refugiar, quando nossas almas estiverem em perigo.

Porque frustraríamos o propósito de Deus? Regozije-se quando coisas ruins acontecem. Esta é a forma que Deus tem para refinar e preparar você. Também é Sua forma de promover sua futura vitória e triunfo. Pense nisto. Os irmãos de José o lançaram na cova. Ele foi machucado e ferido. Mas, será que isto realmente o machucou? Ele foi vendido como escravo. Isso foi ruim e humilhante. Mas, será que isso realmente o machucou? Foi levado para o calabouço por causa da vil mentira da Sra. Potifar. Foi um terrível fracasso da justiça. Mas, será que isto realmente o machucou? A ingratidão do copeiro-mor foi triste e indesculpável. Mas, isso machucou José? O tempo de Deus está sempre certo. Todos os Seus planos precisam de tempo para amadurecer, e isso leva tempo. O grande relógio do céu está sempre certo. Não existe variação.

Observe, Deus controlou tudo para que José desenvolvesse um caráter perfeito. Deus o preparou para ser o primeiro ministro, salvar sua família e a nação do Egito. O tempo de Deus estava no processo. O que realmente nos machuca é o nosso próprio pecado, nossas acomodações, e nossas más atitudes.

Nossas vidas não são menos supervisadas por Deus hoje, não é mesmo? Talvez não reconheçamos a mão de Deus, mas Ele está aqui. O aperfeiçoamento do caráter é um processo lento. Não acontece da noite para o dia. O propósito de Deus não é punir, mas aperfeiçoar. Todos passarão por provações e tribulações pelo bem que executarem. Até mesmo nossos erros, pelos quais lançamos dor sobre nós mesmos, Deus usa. O caráter não é uma herança. Deus toma medidas que promoverão mudanças em nossos caracteres, as quais cumprirão Seus planos e nos prepararão para o lar celeste.

Dois anos completos se passaram e José ainda estava na prisão. Novamente ele pensou consigo mesmo em todas aquelas perguntas. Porque eu estou aqui, neste lugar esquecido por Deus? Que propósito tem toda essa tribulação? Novamente ele se lembra das estrelas. Ele se considera parte de um grande plano, no qual Deus cuidará de tudo aquilo que estava ocorrendo. Mal sabe ele que o próximo passo em sua experiência será uma completa e quase esmagadora surpresa. Pouco ele compreende que todas essas dificuldades e treinamentos estão perto de acabar.

Não sabemos quanto tempo José passou na prisão. Alguns acham que foi mais de dez anos. Outros já acham que foi mais de três anos. Sabemos que foi mais de dois anos porque ele só saiu depois de dois anos da interpretação do sonho do copeiro. Sem essa paciente resistência e confiança, José não teria sido o homem que foi. Sem essa paciente resistência e confiança, José não teria capacidade de tratar seus irmãos com compaixão e bondade. Precisamos fortalecer nossa resistência. Ela faz coisas por nós que nada mais no mundo pode fazer. Ela muda nossas perspectivas. Revela-nos o nosso ser interior. Também nos ajuda a dissolver os sentimentos de amargura e ódio. Se pacientemente confiarmos em Deus, finalmente receberemos a vitória sobre as partes mais obscuras de nossas vidas. Lançando-as para trás, conseguimos, assim, avançar. Mas se nos inquietamos e murmuramos nas provações e dificuldades, se permitirmos o ódio e a amargura se manifestarem para com aqueles que nos ofendem, nunca seremos elevados ao nível do poderoso caráter que Deus planeja para nós.

Cedinho, antes do nascer do sol, mensageiros foram enviados do palácio de Faraó por toda a cidade. Os operários mal se dirigiam aos locais de trabalho, quando eles batiam nas portas designadas. Mensageiros reais estavam trazendo ordens para todo o concílio atender ao rei. Que tipo de emergência convocaria um concílio matinal? Centenas de operários começaram a sussurrar com excitamento e ansiedade. O que seria? Por que todos? Por que acrescentaram ao concílio supremo todos os sábios, mágicos, adivinhadores, feiticeiros, sacerdotes e conselheiros?

Enquanto a grande assembléia se reunia, o mais rápido possível, os boatos circulavam pela cidade. Potifar estava entre os que foram convocados ao palácio. Afinal, ele estava encarregado da segurança e precisava comparecer.

Ao dar-se início ao concílio, Faraó relatou seu sonho. Mas a preeminente assembléia ficou apavorada e emudecida. Ali estavam centenas de sábios, conselheiros, adivinhos, mágicos, filósofos, sacerdotes e feiticeiros, mas, ninguém tinha pelo menos uma hipótese racional. Nem um indício. Talvez os boatos vazassem pela cidades a respeito do sonho e que ninguém podia dizer o significado. Toda a cidade estava em agitação. Sonhos eram tidos como presságios do futuro no Egito, e quando o Faraó teve tal sonho, tão incomum, deveria ser algo sério reservado para o Egito.

O Faraó fala ao concílio a respeito das sete espigas magras e das sete espigas gordas, e as sete espigas magras que comeram as sete gordas. Enquanto a vasta assembléia ouvia o sonho do Faraó, um silêncio mortal invade a multidão. O que os sonhos significavam? Ninguém se mexe. Ninguém quer aventurar um palpite sobre o significado, porque temem estarem errados. E esta é uma mensagem muito importante.

De repente, alguém se move ao lado do trono. Um passo a frente e se curva perante Faraó. A assembléia está quieta. É o copeiro-mor. O que ele saberia sobre o sonho? Eles escutaram suas palavras. Capitulo 41:9–13: “Então falou o copeiro-mor a Faraó, dizendo: Das minhas ofensas me lembro hoje: Estando Faraó muito indignado contra os seus servos, e pondo-me sob prisão na casa do capitão da guarda, a mim e ao padeiro-mor. Então tivemos um sonho na mesma noite, eu e ele; sonhamos cada um conforme a interpretação do seu sonho. E estava ali conosco um jovem hebreu, servo do capitão da guarda, e contamos-lhe os nossos sonhos e ele no-los interpretou, a cada um conforme o seu sonho. E como ele nos interpretou, assim aconteceu; a mim me foi restituído o meu cargo, e ele foi enforcado.”

Perceba que o copeiro não admitiu que estivesse na prisão. Isto era muito desagradável. Ele apenas diz que foi posto na prisão domiciliar do capitão da guarda, Potifar. E com ele estava um servo, não um prisioneiro de Potifar. Potifar está de pé próximo ao trono examinando e ouvindo tudo o que estava sendo dito e feito. Seu agradável sorriso aumentava visivelmente em sua boca. Este não poderia ser outro além de seu confiável servo José.

Perceba que o copeiro não dá nenhumas sugestões. Ele teme que se o Faraó não as aceite, ou, se elas não funcionarem, tudo recairia sobre ele. Possivelmente sente que o Faraó não confie tanto assim em sua palavra e, portanto, ele é muito cuidadoso para não trazer lembranças, nem fazer sugestões que possam resultar em investigações, tais como descobrir que José, na verdade, está na prisão.

Mas o Faraó, tão ansioso a respeito de seus sonhos, nem mesmo pensou no que estava fazendo. Ele rapidamente convoca este homem. Potifar despacha mensageiros a seu palácio e chama José.

Apesar de ser urgente o chamado do Faraó, e tendo que ser encaminhado com pressa, José, no entanto, sabe que tem que ter uma aparência respeitável. Então, toma o tempo suficiente para fazer a barba e mudar as roupas. Sabe o que lhe espera na corte. Sabe que não pode ir com as vestes de um prisioneiro. Isto seria terrivelmente desrespeitoso e traria descrédito sobre o propósito para o qual fora chamado. Meus amigos, lembrem-se sempre de se prepararem a fim de dar uma boa impressão.

Quando José entra no palácio, fica intimidado. Ali estava a assembléia mais nobre de todo o Egito. Estão calados enquanto ele se aproxima do trono. Pode sentir a ansiedade no ar, pois todos os olhos estão sobre ele. O silêncio era tão grande que daria para ouvir um alfinete caindo. O suspense é imenso. Talvez, com o canto do olho, José vê Potifar em pé, ereto, com os braços cruzados, com um leve sorriso em sua face, um conhecido sorriso, um sorriso de aprovação.

Verso 15. Faraó torna conhecida a sua vontade: “E o Faraó disse a José, eu tenho tido sonhos, e não há ninguém que os possa interpretar: tenho escutado a respeito de ti, que tu podes entender um sonho e interpretá-lo”.

José responde com confiança e nobremente diz ao Faraó que é Deus quem interpreta e revela os sonhos. “Não está em mim mesmo” – ele diz no verso 16 – “Deus dará ao Faraó uma resposta de paz”. Ele sugere que Deus tinha dado este sonho ao Faraó e oferece uma solução para o problema. Isto é confortante e encorajador para o Faraó. Ele sente que há um propósito divino por trás destes inquietantes sonhos e que poderá confiar no que José dirá a respeito disto.

O Faraó conta os seus sonhos a José e relata que os mágicos não puderam dar o significado, tornando ainda mais óbvio o contraste entre a falsa religião deles e a fé de José no verdadeiro Deus.

Sem hesitação, José interpreta os sonhos. Para ele o significado é obvio. Não por causa de suas habilidades pessoais, mas porque o Santo Espírito revelou – lhe o significado exato.

Meus amigos, essa era a verdade presente naquele tempo. Essa era a mensagem para o mundo. Essa era uma mensagem de advertência e uma mensagem de salvação. É exatamente o tipo de mensagem que o povo de Deus terá para dar, nos últimos dias. Isto não é maravilhoso? Se Deus irá preservar um povo para Si, ele primeiro enviará uma mensagem de alerta. E agora, nos últimos momentos da história da terra, Deus envia outra mensagem de alerta, para fazer o ajuntamento final de Seu povo. Você é o mensageiro. Você é aquele a quem Deus escolheu para trazer à luz a preparação que precisa ser efetuada para a crise e o tempo de angústia, os quais sobrevirão sobre o mundo, assim como José foi o designado para explicar a preparação que precisava ser feita para o tempo de angústia do Egito.*****888888

Verso 25: “E José diz ao Faraó, O sonho do Faraó é um só: Deus mostrou ao Faraó o que Ele está para realizar”. Ambos os sonhos se referiam à mesma coisa. Os “setes” se referiam a anos. Haveria sete anos de abundância e, depois, sete anos de fome. Verso 32: “E por isso o sonho do Faraó foi dividido em dois; porque isto está estabelecido por Deus, e Deus se apreça em cumprir”. José afirma que esta é a clara mensagem de Deus e é muito importante que o Faraó faça algo para preservar o Egito.

Agora o rei se enche de pavor. A interpretação faz muito sentido e é muito clara. Por que o Deus de José é tão bom, a ponto de dizer-lhe o que está por vir? Os deuses pagãos não fazem isso. Sua confiança em José dá um enorme salto.

O Santo Espírito impulsiona José a dar sábias recomendações. Lembre-se, o Senhor estava com José para fazê-lo prosperar. Versos 33 – 36: “Portanto, Faraó previna-se agora de um homem entendido e sábio, e o ponha sobre a terra do Egito. Faça isso Faraó e ponha governadores sobre a terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura. E ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm, e amontoem o trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem. Assim será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos de fome, que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome”.

Imaginem a satisfação de Potifar. Ali estava o jovem o qual amava. Ali estava o jovem que o fez prosperar tanto. Agora estava recomendando o caminho mais prudente ao Faraó. Dificilmente Potifar consegue esconder o orgulho. Algum dia ele teria a oportunidade de relembrar a Faraó que ele havia treinado José (por assim dizer), o que sem dúvidas afetaria sua carreira política de formas muito positivas.

Faraó está profundamente impressionado e grandemente comovido pela humildade e a clara visão de José. Ali estava um jovem que era muito sábio e entendido. Meus amigos, isso é o que Deus pode fazer com os jovens que entregam seus caminhos a Ele e permitem ao mesmo Deus, que prosperou José, guiar e comandar suas vidas. Para as crianças que ouvem esta mensagem, gostaria de lhes contar que Deus tem um propósito para vocês também. Para os jovens que ouvem esta mensagem, quero dizer que José viveu em um Egito corrupto. Havia tentações ao seu redor para comprometer sua integridade. Mas virou as costas para todas aquelas atrações mundanas e manteve os olhos fixos na glória de Deus. Se você fizer o mesmo, Deus o abençoará e o colocará onde Ele realmente o poderá usar. E para os adultos que estão ouvindo esta mensagem, eu gostaria de estimulá-los a, aconteça o que acontecer, olhar além das trevas e, pela fé, aceitar que os planos de Deus para nós serão perfeitos, e em Seu tempo. Ele nos levará a lugares onde poderá nos usar poderosamente em Seu serviço.

Versos 37 – 38: “E isto pareceu bem aos olhos do Faraó, e aos olhos de seus servos”. Por que isto pareceu bem aos olhos deles? Foi por causa de José, ou porque Deus fez José prosperar? Todos, na vasta assembléia, ficaram aliviados e satisfeitos com a proposta: “E o Faraó disse aos seus servos: Podemos nós encontrar alguém melhor do que este, um homem que possui o Espírito de Deus?” Vocês ouviram isso? O Faraó compreendeu que José tinha o Espírito de Deus. Ele, inconscientemente, revela a vida intima de José, sua vida secreta. O esconderijo de Seu poder.

Faraó nomeia José como primeiro ministro. O que a corte via em José? O que os fez desejar exaltá-lo, um mero escravo, acima deles? Um pensamento interessante, não é mesmo? Eles sentiam que Deus estava com ele. Sentiam que Deus estava nele. José era tão transparente a ponto de sentirem a presença de Deus. Através dele, sentiram que Deus estava com eles. Que testemunho de sua vida secreta!

José se humilhava. Saia totalmente de cena e Deus era apresentado. Será que José achava que o Faraó lhe daria a posição que tinha aconselhado a criar? Não, acho que não. Ele era hebreu, um estrangeiro, de uma raça diferente, de religião diferente, era um escravo e prisioneiro, sob a mancha da criminalidade, e ele não podia imaginar isso. Sem dúvidas, achava que havia indivíduos bem qualificados no governo do Egito que fariam o que ele havia aconselhado. Além do mais, ele ainda era um jovem inexperiente. Tinha apenas trinta anos de idade. Ele, que nunca tinha tido contato com a corte, foi deixado sozinho para supervisioná-la. Seu único contato foi à distância, como servo de Potifar e como amigo do copeiro e do padeiro. Mas José tinha uma dignidade discreta. Havia um centro de força nele que Deus tinha desenvolvido através de severos testes e provações. E era essa força interna, provinda de sua confiança nas promessas de Deus, que deu ao Faraó e ao concílio confiança em sua liderança.

José se muda da prisão para o seu próprio palácio dado por Faraó. (Que contraste. José sabia o que era ser humilhado, e sabia o que era ser exaltado.) Ele vai ao trabalho e, por sete anos, armazena os grãos. Agora, preste atenção ao que Deus está realizando aqui. O plano de Deus é para tornar Israel uma grande nação. Ele planeja levá-los para o Egito. Então, além de apenas levá-los para lá, Ele ordena uma fome. Após sete anos de abundância, a família de José é forçada a vir e comprar comida. Essa fome não é apenas em relação ao alimento. É com respeito à reconciliação também.

Meu amigo, quando você se desvia dos caminhos de Deus, como os irmãos de José fizeram, você tem fome no coração. Quando volta as costas para Deus, você fica faminto e sedento. Talvez você tente disfarçar. Pode tentar se satisfazer da sua própria forma, mas você permanece com a fome espiritual. Esta é a forma de Deus o trazer de volta. Esta é a forma que Deus tem para trazer de volta seus irmãos e irmãs perdidos. Pense nisso. Você pode voltar para Deus. Se você tem se extraviado, pode voltar. E ficará satisfeito com o pão do céu e a água da vida. Você não precisa mais vaguear. Você pode se achegar a Jesus e ser reconciliado, assim como os irmãos de José fizeram. Não espere. Jesus o está chamando, meu amigo.**********

A fome não está apenas no Egito, está em todas as nações ao redor do mundo. Todos estavam indo a José. José se torna a figura internacional politicamente mais importante daquele tempo. Ele se torna o ponto focal de todas as nações.

Deus fez todas essas coisas; só assim poderia trazer Israel para o Egito e também para atuar no caráter de José e no de seus irmãos. E ensinar aos Egípcios e Cananeus sobre Si. E mais. Deus fez José e sua família passarem por essas longas e desgastantes manobras, para que pudesse construir um reservatório de confiança nEle através dos 400 anos de escravidão. Queria que todo o Israel olhasse às estrelas a noite e confiasse que as promessas de Deus eram para cada um deles pessoalmente, assim como foram para José e para igreja como um todo, bem como foram para a família de José. Deus, às vezes, conduz desgastantes manobras em nossa vida também, para que, assim, possamos aprender a olhar para as estrelas e fazer de Suas promessas as nossas próprias.

Deus pensa no futuro. Ele conhece as grandes leis da hereditariedade. Ele precisava conduzir toda a família pelo fogo para elevá-los, todos juntos, mais altos do que eram, para que a impiedade e a influência hereditária sobre as gerações posteriores tivessem o caráter de serem (se eles escolhessem ser leais a Deus) um povo peculiar, nação real, povo de Deus. Além disso, havia essa maravilhosa história para relembrá-los, nos tempos de trevas, do bondoso trato de Deus para com eles.

Deus é grande. Ele permite uma fome sobre a terra, só para que a família de José pudesse vir para o Egito e fizesse deles uma nação. Eles nunca teriam escolhido isso por vontade própria. Jacó talvez, mas, agora, ele não estava só. Tinha a influência da família com a qual lidar, e ele não confiava em seus filhos. Teria sido difícil tomar tal decisão. Então Deus deu a eles uma pequena ajuda… ou melhor… uma grande. Você acha que Deus moveria céus e terra por você, como fez para com José e sua família? É claro que sim. E Ele o fará. Deus tem um destino para você, assim como tinha para eles. No fim dos tempos, é exatamente isso o que Ele planeja fazer com Seu povo – transformá-los em uma grande nação.

Por que Deus não apenas falou a Jacó que haveria uma fome para que, assim, ele se preparasse? Isto seria fácil. Mas isto teria frustrado Seu plano para Israel. Não é maravilhoso que Deus sempre trabalhe nos bastidores, vigiando o que é Seu? Ele, às vezes, nos deixa nas trevas, mas ordena o melhor conjunto de circunstâncias perfeitamente designadas às especificas necessidades do nosso caráter. Ele sacrificaria muita coisa, a fim de salvá-lo e lhe dar um destino, uma herança entre os santos de Deus. Incrível! Ele moverá nações para que isso se cumpra. Quando as coisas parecem dar errado, por que não temos uma visão mais ampla? Apesar de não podermos ver o futuro, por que não confiamos em Deus? Ele tem tudo isso em Suas mãos. Então, por que ter raiva de coisas insignificantes? Por que ficar perturbado com alguém que é indelicado e injusto? Por que guardar ressentimento? Aprenda a perdoar e deixe Deus tomar conta de tudo.

Talvez, meu querido amigo, você tenha passado por injustiça em sua vida. Talvez você tenha sido tentado a irar-se, a ter amargor e sentimentos de indisposição em sua alma. Se esse for o caso, tenha coragem. Deus permite que isto aconteça para o seu bem e para o bem daqueles que fazem isso a você. Você faz parte do grande plano de Deus. Ele o usará, se você O permitir. Você pode ser positivo, mesmo sofrendo grande injustiça nas mãos de outros.

Você não precisa viver em um mundo de frustração ou mágoa. Deus lhe convida a erguer-se. Pode sair, em uma noite clara, e olhar às estrelas, as mesmas estrelas que José via. E pode receber as promessas de Deus para você. Precisa fazer isso. Dará a você grande coragem. Ao olhar para o céu, pense no que José deve ter pensado. Seu coração pode ser reparado. Deus quer fazer isto por você. Ele determina que você passe por este tipo de experiências, para que possa corrigir seu coração, mais do que você acha que precisa. Ele quer lhe dar o nobre caráter de José, que suporte dificuldades e provações. Entregar-Lhe-á você o seu coração? Confiará a Ele o seu futuro? Pode confiar nEle hoje, com todos os pesares, dores e tristezas? Você sabe que pode. Faça isso agora.

O abandono da raiva traz grande conforto. Deixe Deus tratar com os irmãos de José que estão em sua vida. Ele cuidará deles, discipliná-los-á e castigá-los-á, se for preciso. Você não tem idéia de como Deus trabalhará com eles. Mas você pode confiar nEle. Eles talvez estejam sentindo o senso da culpa exatamente agora, pelo que fizeram a você. Podem estar sofrendo com a pressão de saber que fizeram mal a você, mas, por causa do orgulho e de outras coisas que passam em suas vidas, eles são incapazes de se reconciliarem. Dê tempo a Deus. Continue com sua vida. Não viva o passado e seus problemas, dores e perseguições. O que você acha? Por que não? Você será muito mais feliz.

Se não está passando por tais provações agora, talvez você já tenha passado. E certamente passará, no futuro. Devemos compreender a história de José para que, quando formos acusados injustamente, possamos nos lembrar do profundo cuidado e amor de Deus e de Seu plano pessoal para cada um de nós.

Deus o abençoe e o guarde, enquanto você examina profundamente os acontecimentos em sua vida; e assim, você compreenderá Seu grande propósito e o destino final de sua alma, se você for vitorioso. Vamos orar.

“Nosso Pai que estás nos Céus. Quão grande és Tu. Nós queremos aprender as poderosas lições de como confiar em Ti, em todas as circunstâncias de nossas vidas. Nem sempre temos as respostas. Muitas vezes Tu permaneces em silêncio. Mas podemos crer que tens um plano-mestre, um plano que nos dará um futuro e uma esperança, um lugar em teu reino. Por favor, ajuda-nos a não nos desencorajarmos com as circunstâncias. Por favor, ajuda-nos a não permitir que a conduta dos outros nos ofenda ou nos angustie. Não queremos viver nesse tipo de mundo. Obrigado por cuidar de nós pessoalmente. Obrigado por Jesus, que é nosso Senhor e Salvador, nosso Protetor e Refúgio. Em Teu Santo nome eu oro. Amém.”

Lembre-se que Satanás não pode fazer nada além do que Deus permite. E se Deus permite que ele faça alguma coisa, é para nosso bem e para o bem da causa. Se ficarmos perturbados, com raiva, magoados ou vingativos, apenas atrasará, ou até mesmo arruinará, o grande propósito de Deus para nós.