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Guerra Épica do Universo

Por Pastor Hal Mayer

Guerra Épica do Universo [1]

Queridos amigos,

Bem-vindos ao Ministério Guarde a Fé. Obrigado pelas orações e pelo apoio ao trabalho do Guarde a Fé. Não é sem dificuldades que o Guarde a Fé continua a realizar sua obra especial pelas almas. Mas, pela graça de Deus, continuamos a fazer progresso no Highwood e através dos CDs mensais.

Demos início a nossa mais nova publicação, chamada “Keep the Faith Insider” [Por Dentro do Guarde a Fé, disponível somente na língua inglesa]. É um informativo virtual cheio de histórias de como Deus tem transformado vidas através do Ministério Guarde a Fé e do Highwood. Se você quiser receber nosso e-mail informativo Por Dentro do Guarde a Fé, basta enviar-nos o seu endereço de e-mail, e provavelmente estaremos lhe enviando no próximo mês. Ele também o deixará atualizado sobre onde estarei pregando, e fornecerá links para mais informações acerca do Guarde a Fé. Você não vai querer perder as maravilhosas providências do trabalho de Deus na vida daqueles que alcançamos.

Há um enorme conflito acontecendo no Universo. A Bíblia abre as cortinas para que ele possa ser visto e entendido. Este conflito é entre o bem e o mal; entre Cristo e Satanás; entre principados e potestades do Universo. Mas muitos não entendem as questões envolvidas na luta ou quão forte é nosso inimigo. Embora as origens do mal sejam um mistério, elas não estão escondidas; estão plenamente reveladas e somos instruídos a entendê-las. Do contrário, seremos levados pela ilusão e pelo engano.

Porém, antes de começarmos, inclinemos a fronte em oração: Nosso Pai celestial, Teu amor é incompreensível. Enviastes Teu filho Jesus ao nosso planeta para morrer por nós, a fim de podermos ser reconciliados com Deus. Que grande honra é para seres humanos ignorantes e pecadores achar um lugar no coração de Deus. Obrigado por assumir o risco de redimir a raça humana da destruição. Precisamos do Teu Santo Espírito para ensinar-nos a viver como Deus vive e pensar como Deus pensa. Precisamos que o amor de Jesus se espalhe em nossos corações para que nada nos faça virar as costas para Cristo. Temos um inimigo mortal que está tentando nos impedir de conhecer a Cristo. Ele está ativo hoje e todos os dias. Ele já perdeu a guerra, mas ainda lhe é permitido tentar-nos e molestar-nos. Hoje, oramos para que abras as janelas do céu e abençoe-nos com a Tua presença ao estudarmos este tópico importante. Mas também oramos para que nos ajudes a enxergar que precisamos vencer o poder do inimigo e viver de forma justa nesta época ímpia e degenerada. Por favor, Pai Santo, abra agora o nosso entendimento. Em nome de Jesus, amém.

Abram comigo as suas Bíblias no décimo segundo capítulo de Apocalipse. Aqui, encontraremos um texto muito importante que nos ajudará a entender os tempos nos quais vivemos. Começando do versículo sete, lemos o seguinte: “E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.”

Quem é esse dragão, chamado de Diabo e Satanás? Ele tem, na verdade, muitos nomes, alguns dos quais estão nestes versículos: a antiga serpente, o enganador, o diabo, Satanás, Lúcifer, o inimigo, o grande adversário, o pai da mentira, o Maligno, o Príncipe do Mal; e a lista continua. Estes nomes são todos descritivos de seu caráter.

Como pôde um ser santo, criado por Deus e por Cristo, tornar-se um pária malvado? Como pode alguém, que fora santo e perfeito, tornar-se o arcebispo do engano? Não começou desta forma. Lúcifer era um ser glorioso, criado para uma missão especial de glorificar a Deus. Ele era o anjo mais elevado e de maior autoridade do céu. Ouça como a Bíblia o descreve, começando por Ezequiel 28:12:

“Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estivestes no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados.”

Imagine só que ser glorioso Lúcifer deve ter sido. Ele era o mais lindo de todos os anjos do céu. Ele era a plenitude da pura criação de Deus até aquele ponto. Ele foi exaltado à mais elevada posição após Cristo. Ele tinha joias e pedras preciosas por toda parte, e muitas cores diferentes tornavam sua pessoa belíssima de se contemplar à luz gloriosa do trono de Deus. Lúcifer vivia na luz. Seu nome reflete a ideia de luz. Estas lindas pedras não eram para a sua glória como, muitas vezes, joias e diamantes são usados hoje. Ele foi projetado para atrair a atenção ao trono de Deus e ao Seu amor.

Por ser um ser criado e, portanto, muito inferior a Cristo, Lúcifer devia trazer glória ao seu Criador. A vida da Divindade não era emprestada nem derivada, e existira desde a eternidade. Mas Lúcifer era um ser criado. Ele não tinha vida por si mesmo; ela foi-lhe dada por Deus.

Mas Lúcifer tinha um talento fantástico. Os “tambores” e os “pífaros” referem-se à sua voz melodiosa. Este ser cantava muito bem, e anjos amavam ouvi-lo. Cristo amava ouvi-lo cantar. Seu talento musical era dedicado a entoar louvores ao Criador. Ele dirigia o coro celestial e a riqueza de sua música era, sem dúvida, irresistível.

Todos respeitavam e amavam Lúcifer e olhavam-no como um líder. A ele também foi dada uma grande responsabilidade; o versículo 14 diz que ele era o “querubim, ungido para cobrir”, o que significa que ele era o querubim cobridor do trono de Deus e de Cristo. Isso significa que ele devia ministrar a Deus e a Cristo; devia pairar sobre o trono como um adorno vivo e glorioso. Ele era o ungido, ou seja, aquele chamado a uma missão especial ligada ao trono de Deus.

Mas não é só isso. A posição de Lúcifer concedia-lhe autoridade e poder. Ele estava, abaixo de Cristo, no comando de toda a hoste celestial. Cristo permitiu-lhe orquestrar maravilhosos projetos no céu que elevariam o nível de louvor e glória a Deus.

“No monte santo de Deus estavas”, diz o texto. Isto significa que ele foi admitido no aposento interior do céu, onde fica a sala do trono do Universo. Pouquíssimos tiveram o privilégio de estar ali. Ele andava “no meio das pedras afogueadas”. Isto se refere a ele estar na sala do trono, pois é ali que as pedras afogueadas estão. Mas também se refere à sua autoridade, que emanava do trono de Deus para ele. Ele estava realmente, realmente próximo de Deus e de Cristo. Imagine só a sua posição exaltada no céu! Como ser criado era o maior; não havia um ser criado acima dele. Este lugar importante não foi dado a nenhum outro anjo; ele estava depois de Cristo.

O versículo 15 diz: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti.”

Que ser exaltado foi Lúcifer! Mesmo assim, a Bíblia nos diz que, dentro dele, aconteceu algo que o fez pecar. O que poderia ter sido? Como pôde alguém, criado tão amável, tão lindo e em tal exaltada posição tornar-se mal, em nada menos que um céu perfeito e pacífico?

Eis a razão: Deus é amor. O amor não pode ser coagido ou forçado; o amor tem que ter livre expressão. Todo ser inteligente é livre para escolher amar ou não amar. Deste modo, Deus criou todos os seus anjos e também o homem. Somos todos livres para escolher. Se escolhermos amar a Deus, o que significa que O obedeceremos, viveremos eternamente. Se escolhermos não amar a Deus, aceitamos as mentiras de Satanás acerca de Deus, e amaremos a Satanás em vez dEle. O resultado é que não viveremos eternamente.

O amor pode surgir apenas do coração. Fomos feitos para amar, mas o pecado entrou e ameaçou destruir o amor. De fato, destruiu o amor no coração de Satanás. E teria destruído o amor no coração de todos os homens, não fosse pelo amor de Cristo, que O levou a sacrificar Sua vida na cruz pelos nossos pecados.

Porém, não há desculpa para o pecado. Não há razão para sua existência. Apesar disso, por causa da liberdade de escolha, a possibilidade de rebelião sempre existiu. Tinha que ser desta forma pois, se seres criados fossem programados somente para obedecer, seriam robôs e não teriam a capacidade de amar de coração. Amor verdadeiro só existe a partir de uma escolha de amar.

E onde estaria a liberdade se todos fossem dispositivos automáticos, que fizessem apenas aquilo que estivessem programados para fazer? Onde estaria o verdadeiro amor? Essa é a natureza da liberdade e do amor: não podem ser forçados. Liberdade significa que há outras alternativas além de amar a Deus. Nenhuma delas é boa, mas elas existem e podem ser praticadas.

Mas como pôde alguém tão perfeito, e que era “o selo da medida”, virar as costas para o Divino Amor e fazer com que outros também se rebelassem?

A razão pela qual tantas coisas ruins acontecem neste mundo é que Satanás está tentando remover o amor das famílias, das igrejas e das comunidades. Para todo lugar que você olha há evidência disso. É por isso que temos tanta violência como assassinatos em massa, terroristas, guerras e todo tipo de derramamento de sangue. A consideração pela vida humana está mais baixa que nunca. A violência existe porque Satanás controla aqueles que se entregam a ele. Está quase como era antes do dilúvio, quando a violência fez com que Deus concluísse que Ele tinha que intervir, destruir o homem e começar de novo. E quanto mais nos aproximamos do fim dos tempos pior ficará este planeta. O amor que Deus designou para tornar a vida feliz será tirado pelas escolhas que as pessoas fazem.

Eis o que Jesus disse sobre isso: Em Mateus 24:12, referindo-se aos últimos dias, Jesus disse: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.” É por isso que há assassinatos a sangue frio; é por isso que há relacionamentos frios entre muitas pessoas; é por isso que vemos ódio e malícia, emoções assustadoras que levam a conflito e derramamento de sangue.

É quase incompreensível que pôde haver guerra no céu. Mas é verdade. Houve uma guerra física violenta. Os princípios de Satanás sempre levam a guerra e violência. Ouçam o versículo 16 de Ezequiel 28: “Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste…”.

Eis o que aconteceu: Lúcifer era tão exaltado no céu que pensou ter o direito de entrar nos conselhos da Divindade. Visto que Cristo, o Espírito Santo e o Pai consultavam-Se em particular, Lúcifer achava que devia participar desses conselhos. Afinal, se ele estava depois do próprio Cristo, então por que não incluí-lo no conselho? Por que ele não podia ser tão exaltado quanto Cristo?

No coração de Lúcifer surgiu ciúmes de Cristo. Ele começou a pensar que podia governar o céu melhor que Cristo se tivesse a mesma responsabilidade e posição. Ele sentiu que não era apreciado, e uma certa insegurança desenvolveu-se em sua alma. Ele queria reconhecimento e status mais do que qualquer outra coisa. Este desejo de exaltação própria foi a raiz do pecado de Lúcifer. Ele aspirava ter o poder e a posição que Cristo tinha, e começou a criticar a Cristo na mente e no coração.

Com aquela inveja, Lúcifer não podia permanecer na presença de Cristo. Então, ele deixou sua posição de querubim cobridor e começou a espalhar discussão sobre a lei de Deus, se esta era realmente necessária. Ele tentou gerar descontentamento entre os anjos.

Ouçam o que o livro O Grande Conflito tem a dizer sobre o que aconteceu no céu: “Deus, em Sua sabedoria, permitiu que Satanás levasse avante sua obra, até que o espírito de dissabor amadurecesse em ativa revolta. Era necessário que seus planos se desenvolvessem completamente, para que sua verdadeira natureza e tendência pudessem ser vistas por todos.”

Vejam, Deus sabia que o verdadeiro amor dependia da liberdade de escolha, o que significa que Ele teria que permitir que Satanás levasse avante sua obra de descontentamento até que esta amadurecesse e todos os anjos tivessem suficiente informação para tomar uma decisão consciente de permanecerem leais a Deus ou unirem-se às fileiras da rebelião de Lúcifer.

Continuando a leitura: “Como querubim ungido, Lúcifer fora altamente exaltado; grandemente amado pelos seres celestiais, era forte sua influência sobre eles.”

Imagine só como foi difícil para os anjos. Amavam Lúcifer e estavam acostumados a obedecê-lo. Eles também o respeitavam por seu intelecto, e muitos deles pensavam que ele estava realmente preocupado com os melhores interesses do céu.

Mas Lúcifer tinha mais em mente. Lendo adiante: “O governo de Deus incluía não somente os habitantes do Céu, mas de todos os mundos que Ele havia criado; e Satanás pensou que se ele pôde levar consigo os anjos do Céu à rebelião, poderia também levar os outros mundos. Ardilosamente apresentara o lado da questão que lhe dizia respeito, empregando sofismas e fraude a fim de atingir seus objetivos. Seu poder para enganar era muito grande; e, disfarçando-se sob o manto da falsidade, obtivera vantagem. Mesmo os anjos fiéis não lhe podiam discernir perfeitamente o caráter, ou ver para onde levava a sua obra.” Isso está em O Grande Conflito, página 497.

Repare que Lúcifer era muito amado e que tinha forte influência sobre os seres celestiais. Preste atenção em suas táticas para ganhar o controle dos anjos; ele se valeu de segredo, engano e fraude. Ele teve que deturpar o caráter de Deus de formas bem sutis. Ele sugeriu, por exemplo, que Deus não amava realmente Seus seres criados. Ele estava, na verdade, servindo Seus próprios interesses egoístas ao desejar que todo o céu O servisse e glorificasse.

O objetivo de Lúcifer era substituir o governo de Deus e a constituição do céu, a lei de Deus, com sua própria constituição. Em vez de liberdade, Satanás queria obter poder e controle sobre os anjos e os mundos não caídos, e empregou todos os meios enganosos que havia para cumprir seu propósito. Se pudesse, teria sido um ditador; teria trazido o Universo inteiro sob seu domínio.

Curiosamente, sua atitude foi a mesma da dos globalistas hoje. Ele foi o primeiro verdadeiro globalista – ou talvez seja melhor eu dizer internacionalista. E isso ocorreu no Universo, antes mesmo de haver um planeta Terra. Hoje, globalistas utilizam as mesmas táticas para conseguirem o que querem. E isso é evidente, pois eles são inspirados por seus métodos. É claro que Lúcifer esperava ir além dos anjos e, com o tempo, fazer com que os mundos e os seres inteligentes que Deus criara também ficassem do seu lado. Ele queria governar o Universo, não pelos princípios do amor, mas pelos princípios da força. É por isso que, em Isaías 14, o profeta descreve as ambições de Lúcifer nos versículos 13 e 14: “E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.”

Controle é a palavra-chave ao falarmos de governo. Lúcifer estava determinado a controlar. Ele queria a mesma posição e poder que Deus tinha. Lúcifer queria controlar o céu, mas não podia deixar que os anjos soubessem isso. Ele tinha que sugerir um propósito mais elevado, um alvo maior.

Lúcifer torcia o significado das coisas à sua própria maneira. Por exemplo, ele definiu liberdade diferente da forma que Deus definira. Liberdade, disse ele, significava que, visto que os anjos eram santos, não precisavam de leis para regê-los. A lei os estava restringindo e impedindo de desfrutar a verdadeira liberdade. Se não tivessem a lei, seriam verdadeiramente livres. Mas na realidade, Lúcifer estava procurando colocar suas próprias leis no lugar das de Deus. Os globalistas hoje tentam sugerir que precisamos abolir as leis e a soberania nacional e estabelecer uma lei universal no mundo inteiro, regida por alguns homens e mulheres da elite.

Lúcifer usou engano para criar descontentamento. Declarando falsamente que a lei de Deus era coerciva e controladora, ele tentou sugerir que, se ele estivesse no controle, não haveria leis para limitar a liberdade dos seres celestiais não caídos. Os anjos tinham vivido felizes com as leis do céu, mas agora Lúcifer sugeria que havia algo de errado com elas e que nunca haveria verdadeira liberdade e amor até que as coisas fossem corrigidas. Ele professou grande lealdade e reverência a Deus e Sua lei, mas sugeriu que talvez houvesse algumas coisas que podiam ser melhoradas.

Visto que a natureza dos anjos é santa, Lúcifer sugeriu que eles deveriam ser livres para obedecer aos ditames da própria vontade. Este era um poderoso engano; tirava a atenção da lei de Deus, algo que Satanás vem fazendo constantemente, e a substituía pela vontade do ser criado. Ao substituir a lei de Deus pela mente do ser criado ele efetivamente removeu a guia de conduta moral. Com o tempo, no caso dos seres humanos, ele substituiu a lei de Deus pelas leis e tradições de homens.

Isto é exaltação própria, pois substitui uma lei superior por uma inferior. Hoje isso é tratado como relativismo. O que é correto na sua própria mente é o que é correto. Não há nenhuma bússola e nenhum sistema de certo e errado; nenhuma necessidade de referir-se a uma lei superior; e o resultado é anarquia. Você acha que Satanás está fazendo isso hoje com os habitantes deste mundo? Toda cultura secular acaba deixando para trás suas referências de Deus e cria leis que são o seu próprio conjunto de normas morais. Inevitavelmente, isto leva a leis que requerem desobediência à lei de Deus. Toda pessoa que vive a vida fora da lei de Deus está vivendo no relativismo. É ela quem determina seu próprio certo e errado. Hoje, há muitos cristãos professos que fazem isso, não há?Muitos deles acreditam que a lei de Deus dos Dez Mandamentos não é mais válida; pensam que podem fazer como convém, e que Deus mesmo assim os salvará.

Criar insatisfação com a ordem presente e oferecer substituí-la com uma nova ordem – não importa quão vaga e indefinida – é uma tática comum dos globalistas. A princípio eles têm que esconder suas verdadeiras intenções, como Lúcifer fez no céu. Por exemplo: os globalistas que estabeleceram a Comunidade Econômica Europeia disseram que era apenas uma cooperação econômica e que nunca se tornaria uma união política. Mas estavam mentindo. Sua intenção sempre foi ressuscitar a união política da Europa sob os princípios do Santo Império Romano.

Eles sugeriram que tudo seria melhor na Europa se todos estivessem unidos sob um princípio único de economia. Eles sabiam o tempo todo que, se o seu sistema econômico fosse adotado, o que também incluía o Euro, levaria também à centralização política. Mas eles não iriam dizer isso ao povo, pelo menos não a princípio. Com o tempo, entretanto, uma vez que seus planos estivessem maduros o suficiente e não houvesse chance de parar o processo, eles divulgariam abertamente a ideia de centralizar o poder e o controle da Europa em um único governo.

Por algum tempo, Lúcifer não revelou completamente seus planos aos anjos não caídos. Alguns dos anjos começaram a sentir que Lúcifer estava, de fato, agindo em favor de seus melhores interesses, e que ele estava certo. Eles defendiam-no para os anjos que questionavam a lógica do que Lúcifer estava dizendo. Isto fortaleceu as ideias de Lúcifer em sua própria mente e, com o tempo, firmou-os em seu apoio a ele. Lúcifer tirou vantagem disto e declarou que fora tratado injustamente ao não ser tão exaltado quanto Cristo. Sugeriu que, se fosse o líder do céu, os anjos chegariam a um estado mais elevado de existência.

Foi isso que ele fez com Eva no Éden, e é o que os globalistas sempre sugerem aos seus cidadãos alvo. Se seus planos forem adotados, a sociedade alcançará um padrão mais elevado. Guerras cessarão, a economia melhorará, trabalhos serão criados, a ordem política será estabilizada, riquezas serão geradas e igualmente distribuídas, etc. Assim como Lúcifer no céu, os globalistas sugerem que não estão buscando seus próprios interesses, mas o bem de toda a sociedade. O comportamento de Lúcifer no céu é imitado hoje.

Até o papa está sugerindo que ele mesmo seja colocado como responsável da economia global. Recentemente, Bento XVI fez um discurso no qual declarou que, sem um princípio ético e moral inspecionando a economia, a natureza da sociedade sempre será corrupta. Ele então sugeriu que nenhuma entidade política pode ter poder e autoridade moral e ética para administrar a economia de forma apropriada em favor de todos. Se, por outro lado, um corpo de indivíduos de mentalidade ética e moralmente responsáveis estivessem no controle as coisas seriam muito melhores.

Pope hopes for 2013 of peace, slams unbridled capitalism [2]

Papal Speech [3]

O papa estava tentando criar descontentamento para com a ordem atual enfatizando seus defeitos. Então, apresentou-se a si mesmo como a solução do problema para tornar a sociedade mais correta e mais justa.

Ele está dizendo, em essência, que ele e o papado deveriam estar encarregados da economia. Não há nenhuma entidade política, além da Igreja Católica, que tenha um ponto de referência moral, ele declara. Todos os políticos e líderes mundiais agem de acordo com os seus próprios interesses; e neste ponto ele está correto. Mas colocar o papado como responsável pela economia não a fará menos, mas mais corrupta. O papado tem um registro aberto de corrupção e injustiça econômica. Mas o papa também sabe que se o Vaticano for colocado como responsável pela economia global, isso também levará, com o tempo, ao controle político.

O papa está dizendo que, ao darem-lhe mais poder, ele o utilizará para assegurar liberdade econômica a todos, particularmente aos pobres. Isto é o que Lúcifer sugeriu no céu; que ao buscar mais poder, ele não estava tentando se exaltar, mas assegurar liberdade para todos os seres do céu.

Com o tempo, Lúcifer conseguiu o apoio de um terço dos anjos. Apocalipse 12:4 diz que ele “levou após si a terça parte das estrelas do céu”, significando um terço dos anjos. Ao ver mais e mais anjos passando para o seu lado, tornou-se cada vez mais confiante e aberto com relação a seus planos. Ele semeou desconfiança de Deus e disse que a lei era um obstáculo no caminho da liberdade. Para muitos dos anjos, este pensamento era completamente novo. Eles nunca tinham imaginado que sua liberdade fora restringida. Sentiam-se tão livres quanto possível. Mas agora Lúcifer semeava desconfiança em Deus e logo vários de seus anjos passaram a sentir-se como ele. Ele deixou a sua posição de querubim cobridor. Afinal, aquele lugar era próximo demais de Cristo, seu rival. Ele não podia trabalhar ali. Além do mais, ele não podia servir Aquele a quem estava buscando suplantar.

Cristo apelou a Lúcifer, mas ele apenas resistiu mais. Cristo ofereceu perdoar sua rebelião e restabelecê-lo à sua posição de querubim cobridor. Mas Lúcifer tinha desenvolvido um orgulho em seu coração, e seria humilhante demais reconhecer a sabedoria da lei de Deus e da ordem do céu. É sempre o orgulho que nos impede de nos arrependermos de nossos pecados e reconhecermos a justiça da lei de Deus. Em primeiro lugar, é o orgulho que nos leva a quebrar a lei de Deus.

Lúcifer declarou, em resposta aos apelos de Cristo, que estava sendo mal interpretado, e suas motivações mal representadas. Também declarou que Cristo queria humilhá-lo perante todo o céu.

Como vocês podem ver, estavam se desenvolvendo circunstâncias que levariam a conflito e guerra abertos. Deus permitiu que Lúcifer amadurecesse seus planos. Ele tinha que fazer isso; de outra forma, o Universo inteiro não seria capaz de ver o mal do caráter de Lúcifer. Deus tinha que deixar isso amadurecer para que todos pudessem fazer uma escolha consciente de serem leais a Deus ou leais a Satanás.

Mais uma vez lerei O Grande Conflito, págs. 498 e 499: “Mesmo quando foi decidido que ele não mais poderia permanecer no Céu, a Sabedoria infinita não destruiu a Satanás. Visto que apenas o serviço por amor pode ser aceito por Deus, a submissão de Suas criaturas deve repousar em uma convicção sobre a Sua justiça e benevolência. Os habitantes do Céu e de outros mundos, não estando preparados para compreender a natureza ou consequências do pecado, não poderiam ter visto então a justiça e misericórdia de Deus com a destruição de Satanás. Houvesse ele sido imediatamente excluído da existência, e teriam servido a Deus antes por temor do que por amor. A influência do enganador não teria sido destruída por completo, tampouco o espírito de rebelião se teria desarraigado totalmente. Devia-se permitir que o mal chegasse a amadurecer. Para o bem do Universo inteiro, através dos séculos sem fim, devia Satanás desenvolver mais completamente seus princípios, para que suas acusações contra o governo divino pudessem ser vistas sob sua verdadeira luz por todos os seres criados, e para sempre pudessem ser postas acima de qualquer dúvida a justiça e misericórdia de Deus e a imutabilidade de Sua lei.”

Quando Lúcifer soube que seria expulso do céu, reuniu seus anjos em uma tentativa violenta de tomar o trono de Deus. Apocalipse 12:7-9 revela alguns detalhes: “E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.”

Isaías 14:12-15 diz: “Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.”

Jesus disse em Lucas 10:18: “Eu via Satanás, como raio, cair do céu.” Ele estava se referindo à guerra sobre a qual lemos em Apocalipse 12.

Lúcifer declarara que era por culpa de Cristo que ele estava em rebelião, pois Cristo estabelecera uma ordem opressora no céu, que tinha que ser derrubada para haver paz. Mas Cristo suportou a deturpação dos fatos e apenas esperou. Na verdade, ele esperou até a cruz. Na cruz, os desígnios malignos de Satanás foram manifestados em seus detalhes mais sangrentos.

Cristo sabia que o “poderoso argumento” da cruz demonstraria “ao Universo todo que o caminho do pecado, escolhido por Lúcifer, de maneira alguma era atribuível ao governo de Deus.” Isso está em O Grande Conflito, página 500.

Todas as tentações blasfemas do deserto foram obra de Satanás. Todo sofrimento e dor que Cristo passou ao longo de Sua vida na Terra foi obra de Satanás. Todo o ódio demonstrado a Cristo pelos sacerdotes e pelo povo; toda a humilhação e vergonha lançadas sobre Cristo revelaram o verdadeiro caráter de Satanás. A guerra do céu tornou-se uma guerra na Terra, tanto contra Cristo quanto contra Seus seguidores. Quando os anjos do céu viram o que Satanás fez a Cristo, suas afeições por Satanás, seu ex-comandante, finalmente por livre e espontânea vontade acabaram. Eles viram que, tivesse ele recebido a autoridade e poder no céu da forma que pediu, ele teria governado os anjos da forma que governou os homens. Vocês podem imaginar o terror dos anjos ao pensarem no que podia ter acontecido a eles se tivessem se unido a Lúcifer, assim como vários de seus anjos companheiros fizeram? Eles eram agora demônios, entregues ao mal, e tinham que ser confrontados mais amplamente. Os anjos não mais se opunham a Satanás meramente por princípio. Agora, eles podiam verdadeiramente confrontá-lo do fundo do coração. Viram que, a menos que ele fosse confrontado incessantemente, não haveria nenhuma esperança para as pessoas acharem o caminho para as cortes de luz e amor através da salvação.

Lúcifer “declarou que, enquanto o Criador reclamava abnegação de todos os outros, Ele próprio não a praticava e não fazia sacrifício algum”. O Grande Conflito, pág. 502.

No magnífico sacrifício de Cristo na cruz todos puderam ver que nem Deus nem Cristo estavam buscando a própria exaltação. Eles estavam, em vez disso, buscando genuinamente a restauração do homem caído: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.” 2 Coríntios 5:19.

“Viu-se também que, enquanto Lúcifer abrira a porta para o pecado, pelo seu desejo de honras e supremacia, Cristo, a fim de destruir o pecado, Se humilhara e Se fizera obediente até à morte.” Isso está em O Grande Conflito, pág. 502.

Cristo tinha que sofrer e morrer, não somente pelo homem caído, mas para que os anjos pudessem ver as verdadeiras questões envolvidas no grande conflito e entender completamente o ódio e malícia de Satanás. Deus também tinha que revelar a eles que a lei do céu, a lei do amor, era imutável. Ele tinha que demonstrar que Seus preceitos são corretos e justos. A cruz de Cristo, por outro lado, demonstrou Seu amor e misericórdia pelo pecador arrependido. Cristo colocou estes dois grandes princípios lado a lado durante toda a Sua vida e ministério na Terra, e especialmente em Sua morte. Ele mostrou que justiça e misericórdia são o fundamento de todo o Seu governo, e também os grandes princípios de Seu caráter benevolente.

A guerra com Satanás não deixou nenhuma dúvida na mente dos anjos não caídos e de todos os seres não caídos do Universo de que o amor de Deus é o meio mais poderoso; de que o amor de Cristo é o maior motivador que há. É o amor de Cristo que nos motiva a guardar toda a Sua lei; é o amor de Cristo que nos faz adorar ao Criador em Seu imutável dia de sábado; é o amor de Cristo que revela Sua lei dos dez mandamentos como sendo o reflexo do caráter de Deus; eles combinam perfeitamente.

Satanás ouviu sua sentença de morte no jardim do Éden quando Cristo disse que esmagaria sua cabeça. Quando Cristo disse: “Está consumado”, pendurado na cruel cruz do Calvário, Satanás ouviu novamente a sua própria sentença de morte.

Quando Cristo disse: “Está consumado”, estava dizendo que a batalha fora ganha; Satanás estava agora derrotado. Todas as suas declarações eram enganos. O pai da mentira foi exposto e todo o Universo pôde ver isso. A cruz, meus amigos, não foi somente para nós, mas também para todos os seres não caídos de todo o Universo. Eles tinham que ver a manifestação madura do verdadeiro ódio e do verdadeiro amor em conflito mortal. Eles tinham que ver a lei de Deus defendida com sucesso; tinham esperado pacientemente por muito, muito tempo, na realidade 4000 anos, por este momento.

E eles assistiam em silêncio, chocados, a Cristo sendo agredido, amaldiçoado e zombado. Contemplavam em absoluto assombro, os líderes da igreja de Deus abertamente exigindo Sua crucificação na cruz romana. Viram, com terrível espanto, seu comandante celeste sendo cravado no cruel madeiro; ansiavam intervir e salvar Cristo de Seus inimigos, mas foram estritamente instruídos que tinham que se afastar e deixar acontecer. Seu pesar não conhecia limites, ao chorarem em horror pela morte de Cristo. Imagine os poderosos anjos de Deus que, com um golpe, podiam ter destruído todos os inimigos de Cristo, tendo que se conter e apenas assistir a tudo isso, consternados. Imagine só a impressão causada no céu quando Cristo exclamou em triunfante agonia: “Está consumado!”

Sem dúvida, anjos do céu pairavam próximos a José de Arimateia, quando preparava sua tumba para Cristo. Sem dúvida, pairavam próximos aos discípulos, quando cuidadosa e delicadamente tiraram o corpo de Cristo da cruz e o prepararam para o sepultamento. Os próprios anjos gostariam de ter feito isso, mas novamente, foram instruídos a se afastar e deixar Jesus ser colocado na tumba por Seus amigos terrenos. Muito em breve, eles teriam a oportunidade de ministrar a Cristo e Sua família terrena.

Satanás também estava assistindo. Seu semblante deve ter desabado com as palavras: “Está consumado!” Ele fez todo o possível para seduzir Cristo a pecar; fez todo o possível para pressionar a Cristo e forçá-Lo a se afastar de Deus. Ele trabalhou secretamente para que Cristo fosse preso e julgado à noite, sem ninguém saber; agitou os líderes da igreja e muitos do povo a gerarem tumulto, exigindo que Cristo fosse crucificado. Ele inspirou o homem com tanto de seu próprio ódio e malícia que chegaram ao ponto de matá-Lo. Agora tudo estava acabado; ele havia perdido!

À medida que as implicações da morte de Cristo começaram a entrar em sua mente, Satanás sem dúvida sabia que era só uma questão de tempo até que ele também fosse destruído. Seu ódio por Cristo ainda não tem limite, mas ele não pode mais ferir a Cristo pessoalmente.

Mesmo assim, ainda é permitido a Satanás continuar sua obra de engano e destruição nesta Terra entre os homens. Eles foram feitos à imagem de Cristo, e Satanás tem que fazer todo o possível para destruí-los.

Agora, o que aconteceu no céu, Deus precisa permitir na Terra. Deus tem que permitir que Satanás amadureça completamente seus planos para a raça humana, para que cada pessoa seja capaz de tomar sua própria decisão livremente. Por saber que seu tempo é curto, ele “anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar”. 1 Pedro 5:8.

Satanás está procurando trazer o mundo inteiro sob a sua própria bandeira para impor suas próprias leis, incluindo leis de adoração em oposição aos Dez Mandamentos de Cristo. Ele está fazendo isso gradualmente, centralizando o controle de todos os recursos da Terra nas mãos de cada vez menos pessoas; aquelas a quem ele pode manipular e usar como seus agentes.

Ele tem inspirado líderes globais com o mesmo espírito de rebelião contra a lei de Deus. Eles estão trabalhando para criar globalização para que, com o tempo, possam impor uma religião global no mundo todo, sendo esta contrária à lei de Deus. Eles têm o mesmo propósito que Ninrode em Babel, e os mesmos princípios que Nabucodonosor demonstrou em Babilônia. Agora, querem usá-los para governar uma nova ordem mundial que também irá desafiar a lei de Deus e, com o tempo, impor uma adoração universal, uma lei dominical de adoração, que irá forçar a todos que habitam sobre a Terra a adorar a Satanás. Em vez do santo dia de sábado, estabelecido por Cristo na criação, ele está introduzindo as suas próprias leis.

A lei dominical é isso: é um desafio à lei de Deus. É a exaltação das ideias do homem acima dos princípios da lei de Deus. É a manifestação do mesmo princípio que Satanás tentou estabelecer no céu. Satanás tentou fazer com que todo o céu fosse leal à sua ditadura ao invés de ser leal à lei do amor, à lei dos Dez Mandamentos de Cristo.

Amigos, esse é o grande conflito. A Bíblia, em linguagem simples e em poucas palavras, revela os abrangentes princípios das questões envolvidas neste grandioso conflito. Todavia, está cheia de significado para cada um de nós; este conhecimento remove as cortinas a fim de que os eventos que ocorrem em nosso mundo façam sentido para nós.

Por que Deus permite sofrimento? Por que Ele permite que crianças pequenas sejam atingidas por tiros e sejam mortas? Por que crianças inocentes têm que sofrer abuso sexual de líderes religiosos? Por que pessoas inocentes têm que morrer nas mãos de terroristas? Por que Deus não cessa toda a violência?

Amigos, esse Deus amoroso odeia tanto o pecado que tem que permitir que este amadureça, para que todos vejam o verdadeiro caráter de Satanás e façam uma livre escolha de amar a Deus. Ele sabe como cuidar de vítimas inocentes por toda a eternidade. Se forem mortas, estão apenas sendo removidas para que Seu propósito mais elevado seja realizado. Ele irá contemplá-las com misericórdia e amor. Estou muito feliz por Ele ser o juiz e levar em conta todas as vantagens e desvantagens de cada um ao determinar seu destino final. Não temos que nos preocupar com Deus sendo injusto por deixar coisas más acontecerem com pessoas inocentes. Satanás é que é injusto ao trazer dor e sofrimento àqueles que não merecem.

E acima de tudo isso está o grandioso propósito de Deus de finalmente destruir o pecado e o mal, uma vez que estejam maduros. Mas há mais uma coisa: Por que isso se estende por tanto tempo? A Bíblia mais uma vez abre as cortinas, e podemos ver um Deus misericordioso. Ouçam o que nos diz 2 Pedro 3:9. “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” e consequentemente alcancem a vida eterna.

O Senhor Jesus não está demorando por ser lento ou cruel, ou por qualquer outro motivo errado. Ele quer salvar o máximo de pessoas possível. Portanto, Ele opera para ganhá-los através de anjos celestiais, os quais estão, neste momento, completamente dedicados a confrontar Satanás até o fim dos tempos. Ele opera através do Espírito Santo, que trabalha para conduzir homens a arrependerem-se e entregarem-se e através de servos dedicados de Deus na Terra, que levam almas ao Salvador. Ah! Meus amigos, vocês não querem fazer parte desse grande exército de obreiros que cooperam com o céu para alcançar almas perdidas com a verdade acerca de Deus? Eu certamente quero.

Apocalipse 12:17 diz-nos que Satanás, ou o dragão, “irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”.

Então, Satanás continua solto, meus amigos. Ele continua guerreando contra Cristo na pessoa de Seus seguidores. Ele está irado com Cristo, e irado com a mulher, que representa a igreja de Cristo. Ele está especialmente irado com a última igreja de Cristo na Terra, a igreja remanescente, pois ela guarda os próprios mandamentos de Deus que ele tentou derrubar no céu. Eles têm os mandamentos e o testemunho de Jesus Cristo. Suas vidas testificam de que Cristo vive neles. Esta última igreja é muito especial, pois está no centro do conflito por ser leal a Cristo, arqui-inimigo de Satanás.

O Grande Conflito ainda está sendo travado. Sim, o fim dele é claro; o resultado da guerra já está determinado, mas cabe a vocês decidirem de qual lado ficarão. Se vocês estiverem do lado de Cristo, todas as forças do mal estarão contra vocês, mas terão também todas as forças do céu para ajudá-los. Vocês não devem ficar surpresos ao passarem por provações e problemas difíceis de tempos em tempos; mas também não devem surpreender-se por Cristo os acompanhar em meio a eles. Vocês devem guardar a fé; devem ser valentes na batalha. Na fraqueza, têm que se tornar fortes em Cristo; têm que ser soldados leais de Jesus.

Deixe-me ler para vocês o capítulo 11 de Hebreus, começando pelo versículo 32: “E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas, os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos. As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra. E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados.”

Vejam, meus amigos, estas pessoas são nossos exemplos. Eles lutaram com fé; e você e eu devemos fazer o mesmo. Eles venceram suas batalhas pela fé, e você e eu também podemos.

Reparem que eles estão esperando por nós para serem aperfeiçoados. Como você pode ser aperfeiçoado? Através das tentações e provas, pelo poder de Cristo. Ao sofrer por amor a Cristo, considere isso uma alegria. Tentações e provas virão, mas se tornarão em bênçãos se você viver pela fé em Cristo. Vocês podem ser vencedores! Ouçam o que o apóstolo Tiago tem a dizer:

“Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.” Isso está em Tiago 1:2-4.

É com fé que vencemos Satanás. Cristo o venceu pela fé no amor e poder de Seu Pai; nós o vencemos pela fé em Cristo.

Ouçam o que será de Satanás, o qual outrora andara pelas pedras afogueadas no monte de Deus.

Isto está em Ezequiel 28:16-19: “Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te veem. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais subsistirá.”

Amigos, eu mal posso esperar até que tudo esteja terminado; mal posso esperar até que Satanás seja destruído. Simplesmente não quero mais viver neste mundo de pecado. Sei que você provavelmente se sente da mesma forma. Temos que viver de forma justa neste mundo atual para que Cristo possa demonstrar que, de fato, tem um povo em quem pode confiar, que não cederá às tentações de Satanás; e então, Ele poderá fazê-los passar pela crise final.

Estamos vivendo em tempos solenes, meus amigos. Nossa vida está à prova. O tempo virá em que a porta da graça será fechada. Estamos fazendo todo o possível para ganhar a outros para a verdade sagrada de Deus para este tempo? Estamos alcançando nossos vizinhos e amigos que não conhecem a Cristo, ou que não conhecem a mensagem final para estes últimos dias, ajudando-os a encontrar o caminho? Estamos trabalhando em harmonia com o céu para salvar o perdido?

Oro para que estejam realmente trabalhando lado a lado com Cristo, os santos anjos e o Espírito Santo, a fim de viverem uma vida justa e o caráter de Cristo seja visto em vocês. Preciso do Espírito Santo em minha vida e sei que vocês também precisam. Sem este importante agente estaríamos desesperadamente perdidos.

Oremos: Pai nosso que está nos céus, por Jesus Cristo pedimos pelo perdão dos nossos pecados e pela restauração da justiça em nossas vidas. Por favor, envia o Espírito Santo para ajudar-nos a vencer Satanás e implantar o amável caráter de Cristo em nosso próprio coração. Ajuda-nos a enxergar as magníficas questões envolvidas no grande conflito entre Cristo e Satanás, e o porquê do inimigo estar ainda ativo. Dá-nos vitória sobre as suas artimanhas. Que vivamos por Cristo diante de todos ao nosso redor. Em Tua força, ajuda-nos a resistir às suas tentações, que tantas vezes vêm a nós. Vindica Teu caráter de amor em nossas vidas. Eu peço que a Tua presença esteja conosco ao nos aproximarmos do fim dos tempos, em nome de Jesus, amém.