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Elias, O Profeta do Evangelho

Por Pastor Hal Mayer

Elias, O Profeta do Evangelho [1]

Queridos amigos,

Bem-vindos ao Ministério Guarde a Fé. Obrigado por estarem comigo hoje para analisarmos outra importante mensagem para o nosso tempo. Estamos vivendo em tempos proféticos, e a Bíblia está cheia de instrução e sabedoria para mostrar-nos como pensar e para ajudar-nos a navegar nestes tempos tão importantes. Vocês não querem estar inseguros e sem Cristo no dia das leis opressoras. Estamos nos aproximando rapidamente deste dia. O vazamento de informações da Agência de Segurança Nacional Americana, divulgadas por Edward Snowden, mostraram-nos algo acerca dos objetivos das elites globais e como elas, um dia, encurralarão o povo de Deus e o impedirão de dar a última mensagem de advertência se assim puderem. A vida de Elias é uma testemunha poderosa de como viver em um ambiente tão hostil e tirânico.

Ao considerarmos os tempos nos quais vivemos parece-me que agora, mais do que nunca, precisamos ser um com Cristo e obedecer a todos os Seus conselhos, assim como Elias. Como ele, precisamos nos tornar homens e mulheres de fervorosa e persistente oração. Este passo é muito importante se planejam sobreviver à crise vindoura e alcançar o reino eterno. Vocês precisam da proteção de Deus, e obedecer aos Seus conselhos é a forma de obtê-la. Mas nós não queremos a proteção de Deus por medo dos governos deste mundo. Queremos a proteção de Deus porque amamos a Cristo e queremos viver por Ele. Viver para Cristo em toda a sua plenitude será perigoso durante a Nova Ordem Mundial, especialmente quando leis de adoração ao domingo e outras medidas opressoras forem introduzidas. Mas em Cristo não há temor. Ao observarmos os sinais dos tempos, podemos ver o progresso contínuo do inimigo. Prestemos, pois, atenção e clamemos fervorosamente a Deus por Sua graça e poder em nossas vidas.

Antes de começarmos nosso segundo estudo sobre Elias, curvemos nossas frontes em oração: Pai nosso que estás nos céus, grande é Teu amor pela raça humana. Obrigado pela forma que tens operado em nossas vidas e na vida de Teus fiéis mensageiros ao longo dos séculos. Oramos hoje para que nos envie o Teu Santo Espírito a fim de ouvirmos Tua voz ao estudarmos Tua santa palavra. Precisamos compreender nossos tempos e aprendermos a nos orientar espiritualmente. Então abra hoje, por favor, nossas mentes e corações. Nós te agradecemos e oramos em nome de Jesus, amém.

Abram suas bíblias no capítulo 17 de 1 Reis, versículos 7-9. Estes versículos representam uma mudança importante no ministério de Elias: “E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou, porque não tinha havido chuva na terra. Então veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo: Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.”

Elias confrontara e revelara o mal e a impiedade de Acabe, e estava se escondendo. A notícia, sem dúvida, espalhou-se por Israel de que Elias tinha poder para fazer cessar as chuvas e causar seca e fome. Mas Acabe não estava infeliz somente com Elias. Ele e Jezabel estavam furiosos com aqueles obreiros bíblicos das escolas dos profetas que estavam se opondo às suas leis religiosas. Para encontrar estes obreiros religiosos escondidos e matá-los, Acabe teria que estabelecer um sistema nacional de espionagem e vigilância, também com o intuito de achar o fugitivo Elias. Eles planejavam dominar tudo e exigir que Israel adorasse a Baal. Sem dúvida eles molestavam qualquer um que suspeitassem estar em oposição à sua política de liberalização progressiva ou que percebessem ser inimigos políticos. Isto se parece com alguns líderes modernos que vocês conhecem?

Vejam bem, os princípios hoje são os mesmos dos dias de Elias. Isso acontece porque a natureza humana não muda. Líderes de governo modernos têm a mesma propensão que Acabe tinha para controlar e dominar. E as elites globais estão operando para colocar o mundo inteiro sob seu controle. Então, essa é uma das razões pelas quais os personagens e histórias das Escrituras são proféticos. Eles nos mostram o que está para acontecer baseado no que aconteceu no passado. Hoje, temos recursos digitais de alta tecnologia que Acabe não tinha, mas os princípios fundamentais são os mesmos.

Governos terrenos têm a tendência de tornarem-se mais e mais controladores. Isso está em seu DNA, então não deveria nos surpreender o fato de líderes do governo quererem obter cada vez mais controle; e assim farão gradualmente, não importa a qual partido político pertençam. Não se esqueçam, líderes políticos não estão no topo da pirâmide em termos de controle. Eles estão abaixo de mestres ocultos, mestres como sociedades secretas com as quais estão em aliança, mestres como camarilhas bancárias e as famílias mais ricas do mundo que controlam e manipulam economias, mestres como os padres do Vaticano com quem se consultam para obter direção nos assuntos globais.

E tudo isso está levando ao mesmo lugar que Acabe e Jezabel: rebelião ao Deus do céu e à Sua santa lei. Lembrem-se de que Acabe e Jezabel assumiram o papel de responsáveis por fazer aplicar as leis religiosas na terra de Israel. Basicamente eles impuseram leis de adoração e decretaram a pena de morte a qualquer um que se recusasse a obedecer ou que se opusesse a eles. Isso soa como algo que vocês já ouviram que acontecerá no futuro?

Os obreiros bíblicos daqueles dias, conhecidos como os profetas do Senhor, expuseram o ímpio rei e sua esposa pagã. Esses profetas fizeram vazar ao povo informações sobre o que o casal estava fazendo e como isso estava em conflito com a vontade de Deus. Mostraram-lhes por meio da Palavra de Deus que o que Acabe e Jezabel estavam fazendo estava errado. Estavam tentando fazer com que o povo permanecesse leal a Deus e não tomasse parte na adoração ímpia e dissoluta a Baal.

Mas eles foram perseguidos, caçados como criminosos e tiveram que encontrar algum tipo de esconderijo. Jezabel e seus agentes conseguiram reduzir consideravelmente o número deles, matando-os quando os encontravam. Não havia um julgamento justo ou um processo judicial. Jezabel trabalhava com execuções sumaríssimas. Chamamos isso de matança extrajudicial, ou assassinato fora dos meios legais normais. Governos ocidentais modernos estão começando a fazer exatamente isso. Aqueles foram tempos difíceis para qualquer um que não quisesse dobrar os joelhos a Baal. Era perigoso se opor a Acabe e Jezabel, então as coisas tinham que ser feitas de forma discreta.

Aqueles não foram bons tempos para viver nas cidades se alguém desejasse ser fiel ao Senhor sem ser detectado. Na cidade há muitos olhos espreitadores e ouvidos atentos. Havia muitos espiões, agentes secretos e policiais disfarçados trabalhando para destruir qualquer pessoa que se opusesse ao regime.

Para que a perseguição seja bem sucedida, governos terrenos estabeleceram um sistema de vigilância para encontrar e acompanhar os que não estão em harmonia com o regime vigente. Além disso, precisam de métodos internacionais para pressionar governos estrangeiros a recusarem abrigar ou dar asilo para seus oponentes ou denunciantes. Acabe enviou diplomatas aos países vizinhos para exigir a extradição de Elias se ele se encontrasse no país. Ele removeu todas as barreiras. Trabalhou muito duro para encontrar Elias e forçá-lo, se pudesse, a reverter a sentença de seca sobre a nação de Israel.

Outra coisa que reparamos em nosso último estudo foi que Elias foi o modelo do segundo Elias, João Batista, o precursor de Cristo. Ele também foi o modelo do terceiro Elias no fim dos tempos, logo antes da segunda vinda de Jesus. O povo fiel de Deus nos últimos dias trará uma mensagem de reforma espiritual, assim como Elias e João, e restaurará a verdadeira adoração a Deus em um período de semelhante apostasia. Possuem a mesma obra dos “Elias” anteriores, a qual será tão perigosa quanto a deles. Não se esqueçam de quão perigoso foi para João Batista; ele acabou com uma pena de morte por falar de forma tão clara e por chamar o povo e o ímpio rei ao arrependimento.

A proteção de Deus para com Elias deve ser notada atentamente. Elias era um fiel mensageiro de Deus. Ele era motivado por seu amor a Deus, e era leal. Ele amava a lei de Deus. Seu zelo refletia seu fardo emocional pela honra de Deus. Não podemos dizer que algum dos Elias anteriores pertencia à “classe educada”. Eles não eram cultos, eruditos, mestres, advogados ou ricos homens de negócio. Não havia letras após seus nomes, nenhum diploma em suas paredes, nada que lhes concedesse a credibilidade do mundo. E é assim que deve ser. É assim que Deus quer que seja. Veja bem, Deus torna a sabedoria do mundo loucura, e a loucura da pregação de Cristo a sabedoria que nenhuma pessoa mundana pode entender.

Aqui está em 1 Coríntios 1:27-29: “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele.”

Não é o doutor instruído ou o mestre altamente treinado que Deus pode usar. São as almas humildes e simples que Ele coloca diante do povo como exemplos. Elias foi um rude menino do campo nas montanhas de Gileade. João Batista foi um homem rude que morava no deserto. Mas ambos causaram um enorme impacto sobre o povo. Portanto, não espere que as autoridades religiosas avisem você quando chegar a hora de se preparar para a crise. Elas geralmente fazem acepção de pessoas; tendem a favorecer a classe mais alta da sociedade. Mas Deus provavelmente não as usará a menos que, é claro, sejam humildes e mansas. Não presumam que vocês têm que ter algum diploma teológico para fazer a obra de Deus naqueles dias. Vou contar-lhes o segredo. Se vocês quiserem ser eficazes na obra de restaurar a verdadeira adoração a Deus nos dias perigosos e nos dias que os precedem, precisam de algo mais. O segredo é que vocês têm que conhecer e aplicar a palavra de Deus às suas vidas de forma prática. Vocês têm que andar com Deus, assim como Elias. Precisam ter uma experiência poderosa com Cristo. Precisam ter uma vida fervorosa de oração.

Veja bem, Deus permite que o homem use sua chamada sabedoria, tanto política como econômica, para construir um sistema que se oponha a Ele. Permite que líderes mundiais desfilem arrogantemente no palco do mundo, e permite que eles construam orgulhosamente um sistema de vigilância e controle econômico. Ele permite-lhes gastar bilhões para aperfeiçoar esses sistemas e mecanismos para que eles pensem que conseguiram informação completa e total. Permite-lhes organizar vastas agências para espionar o povo no mundo inteiro, e torná-las tão difundidas que ninguém pode humanamente escapar das ciladas por elas preparadas. Se uma pessoa, como Edward Snowden, escapa, eles aprendem a lição e aperfeiçoam o sistema ainda mais para que o mesmo não volte a acontecer.

Sabem por que Deus permite que este temeroso sistema de inteligência e vigilância abrace o planeta como um polvo gigante? Não é por querer que vocês tenham medo dele. Não é por querer que vocês estremeçam e se acovardem em ansiedade e preocupação. Ah! Não… Ele permite que isso seja divulgado na imprensa para podermos ver a construção deste poderoso sistema sob o controle de líderes mundiais. Dessa forma podemos entender o que o inimigo está planejando para o povo de Deus. Pode ser que os líderes mundiais nem compreendam isso, mas eles estão cooperando com o inimigo para construir um sistema que um dia se voltará contra o verdadeiro povo de Deus. Já está começando a acontecer em menor escala. Mas o verdadeiro ataque sobre o povo de Deus estará relacionado com as leis de adoração que serão impostas em todo o planeta algum dia em breve.

Deus quer que vejamos esse magnífico sistema para podermos entender que não há esperança de proteção por parte de sistemas, governos e líderes humanos. Ele quer que vocês vejam isso para que fujam para ele como um pássaro. Vocês devem depender unicamente de Deus, e Ele quer que vejam o porquê. Isso não é misericordioso? Há ainda mais uma razão pela qual Deus nos dá um vislumbre do sistema. Deus permite que homens como Edward Snowden denunciem estes planos magníficos que estão sendo construídos apenas para nós podermos entender mais plenamente o poder de Deus para destruí-los. Ele fez isso com Sadraque, Mesaque e Abednego. Fez isso com Ester e os judeus de seus dias. Fez isso com Elias e o fará novamente.

Quando o povo de Deus vivenciar as leis dominicais nacionais e globais, que será o derradeiro destino da globalização e da Nova Ordem Mundial; quando Seus santos estiverem sob a mais severa pressão de negar a fé ou morrer; quando parecer não haver saída e eles estiverem cercados por todas as forças da vigilância do governo, e pelo confinamento legal e econômico assim como por outros decretos opressores, Deus revelará Seu poder e derrubará tudo, fará uma varredura e mostrará a futilidade do poder do homem em contraste com o grande poder de Deus para livrar o Seus santos. Isso não é maravilhoso, meus amigos?

Ouçam esta interessante declaração de Testemunhos Seletos, Vol. 2, página 150: “Satanás há de incitar a indignação contra uma minoria que conscienciosamente se recusa a aceitar costumes e tradições populares. Homens de destaque e reputação hão de associar-se aos que são adversos à lei e aos maus, a fim de tomarem conselho contra o povo de Deus.”

A declaração está falando sobre líderes de nações, os ricos da Terra, e aqueles que são respeitados como líderes religiosos. Eles se unirão contra aqueles que sustentam a verdadeira adoração e a lei de Deus, assim como fez Elias.

Continuando a leitura… “A riqueza, o gênio e a educação hão de aliar-se a fim de cobri-los de ignomínia. Juízes perseguidores, pastores e membros de igreja, hão de conspirar contra eles. De viva voz e com a pena, com ameaça, escárnio e zombaria, hão de tentar derrotar a sua fé. Desvirtuando os fatos e por meio de apelos violentos hão de procurar instigar as paixões do povo. Não podendo apresentar contra os defensores do sábado bíblico um “está escrito”, à falta deste, lançarão mão da violência.”

O que serão esses apelos violentos? Eles incluirão a lei que os impedirá de comprar e vender. A sociedade digital está nos conduzindo a isso, digitalizar o dinheiro é a forma mais fácil de impor tal lei.

Outra medida opressiva será as leis que concedem poder a agências como a ASN para espionar e coletar o máximo possível de informação sobre tudo e todos. Isso concede ao governo enorme controle sobre a sociedade. Quando a crise chegar a um determinado ponto, o povo exigirá uma lei dominical e os legisladores cederão, e os tribunais encontrarão alguma justificativa para isso.

Eis o restante da declaração: “A fim de se fazerem populares e conquistarem a simpatia do povo, os legisladores hão de ceder ao desejo deste, de obter leis dominicais… Neste campo de batalha será ferido o último grande conflito da controvérsia entre a verdade e o erro.”

Deus permite que estas coisas assustadoras aconteçam com aqueles que não estão necessariamente sob a Sua proteção para que Seu povo fiel, que está prestando atenção, possa ter um vislumbre de quão séria é a aliança entre os poderes da Terra e o inimigo, incluindo presidentes, primeiros-ministros e outros homens poderosos da Terra. Não estou dizendo que eles tencionam estar, pode ser que estejam completamente alheios ao fato. Mesmo assim continuam unidos ao inimigo de qualquer forma, pois o inimigo usa-os para estabelecer seus planos.

Pelo jeito que tratam seus adversários, denunciantes e outros alvos mais “legítimos”, podemos entender o meio pelo qual operam para encurralar e oprimir o povo de Deus. Podemos ver o justo lacre que estão construindo em volta da sociedade para poderem aprisionar aqueles que repreendem seus planos ambiciosos e rebeldes.

Deus não permite tudo isso para causar-nos medo, mas para que confiemos nEle mais plenamente. Alguns membros da igreja temem o homem, mas não deveriam. Deus é mais poderoso que todos os artifícios do homem para capturar aqueles que amam a verdade de Deus. Eles estão armando um laço para o povo de Deus. Estão construindo um sistema que irá encurralá-los e deixá-los sem opção a não ser submeterem-se às suas leis ou perderem a vida.

Ouçam agora esta declaração do Grande Conflito, páginas 630 e 631. É assim que Deus pode proteger Seu povo quando for para o interesse maior de Sua causa: “Pudessem os homens ver com visão celestial e contemplariam grupos de anjos magníficos em poder, estacionados em redor daqueles que guardaram a palavra da paciência de Cristo. Com ternura compassiva, os anjos têm testemunhado sua angústia e ouvido suas orações. Estão à espera da ordem de seu Comandante para os arrancar do perigo. Mas devem ainda esperar um pouco mais. O povo de Deus deve beber o cálice e ser batizado com o batismo. A própria demora, para eles tão penosa, é a melhor resposta às suas petições. Esforçando-se por esperar confiantemente que o Senhor opere, são levados a exercitar a fé, esperança e paciência, que muito pouco foram exercitadas durante sua experiência religiosa. Contudo, por amor dos escolhidos, o tempo de angústia será abreviado. “E Deus não fará justiça a Seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de noite…? Digo-vos que depressa lhes fará justiça.” Lucas 18:7 e 8. O fim virá mais rapidamente do que os homens esperam. O trigo será colhido e atado em molhos para o celeiro de Deus; o joio será atado em feixes para os fogos da destruição.
As sentinelas celestiais, fiéis ao seu encargo, continuam com sua vigilância. Posto que um decreto geral haja fixado um tempo em que os observadores dos mandamentos poderão ser mortos, seus inimigos nalguns casos se antecipam ao decreto e, antes do tempo especificado, se esforçam por tirar-lhes a vida. Mas ninguém pode passar através dos poderosos guardas estacionados em redor de toda alma fiel. Alguns são assaltados ao fugirem das cidades e vilas; mas as espadas contra eles levantadas se quebram e caem tão impotentes como a palha. Outros são defendidos por anjos sob a forma de guerreiros.”

A Bíblia é rica em promessas para aqueles que confiam no Senhor. Uma delas encontra-se no Salmo 91. Vocês conhecem o capítulo. Começa com as seguintes palavras: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.” Mas vejam o que o versículo três diz: “Porque ele te livrará do laço do passarinheiro…”

Vocês acham que Deus é capaz de livrá-los de todos estes grandiosos planos de capturar e encurralar o povo de Deus? Seu povo escapará do laço do passarinheiro pelo poder de Deus e atribuirão a glória a Ele. Ele nos impressionará com Seu grande poder de livramento. Ele ama Seu povo. Ele o levará ao extremo, então irá mostrar-lhe, assim como aos seus inimigos, o que Ele pode fazer para reduzir todos os seus custosos sistemas a nada. Mas Ele também coloca-lo em dificuldades e provas para ensiná-lo a desapegar-se das defesas humanas e confiar plenamente em Deus.

Passemos agora alguns momentos pensando no zelo de Elias. Zelo é algo emocional, e bem profundo. Há dois tipos de zelo. O zelo genuíno pelo Senhor ressalta a profunda angústia da alma pelos mortos vivos ao nosso redor. Sim, os mortos vivos. Há muitos que estão espiritualmente mortos ainda que vivendo e respirando. Não estão vivendo na luz da verdade de Deus. Não têm um relacionamento com Cristo e se perderão se algo não for feito para adverti-los.

Alguns até fazem uma alta profissão de piedade. Podem ser membros da igreja, mas estão perdidos porque não amam a Cristo. Louvam-nO com os lábios, mas não com a entrega do coração. Não entendem o real propósito de Deus nem a importância de buscar obter o caráter de Cristo e de viver uma vida inteiramente dedicada a Deus. Gastam sua energia e seu dinheiro com eles mesmos em vez de gastá-los com a causa de Deus. Gastam seu tempo opondo-se à verdade e aos mensageiros da verdade.

Ouçam como o apóstolo Paulo descreve isso em Romanos 10:2. Falando sobre os filhos de Israel ele diz: “Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.” Vocês veem? Eles têm um zelo que dizem ser de Deus, mas é outra coisa. É egoísta e focado em suas opiniões e motivações pessoais. Este zelo guarda ressentimento e amargura para com os inimigos. É um tipo de estado emocional muito perseguidor, particularmente para com aqueles que não concordam com as opiniões predominantes e com a baixa espiritualidade da igreja.

O zelo verdadeiro por Deus é humilde e manso, ainda que forte. Tem um cuidado especial com a glória de Deus e Sua lei. Ouçam as palavras do salmista: “O meu zelo me consumiu, porque os meus inimigos se esqueceram da tua palavra.” Isso está em Salmos 119:139. Reparem que o zelo tem grande estima pela palavra de Deus. Quando pecadores pisam na lei de Deus e O desonram, devemos ter uma profunda e ardente preocupação para restaurar esta honra… Este é o nosso propósito. Este é o propósito nos últimos dias dos guardadores do sábado, o sétimo dia. Eles são o terceiro Elias pois estão restaurando a verdadeira adoração a Deus no mundo.

Jesus tinha esse tipo de zelo. Quando Ele purificou o templo Seus discípulos lembraram-se do Salmo 69:9, que diz: “Pois o zelo da tua casa me devorou.” A casa de Deus tinha sido transformada em um covil de ladrões, o tráfico escandaloso não era uma honra para Deus. Cristo sabia que tinha que restaurar a verdadeira adoração em Israel, assim como a honra de Deus.

Acabe também possuía muito zelo, mas não com entendimento. Ele tinha tanto zelo que ele e Jezabel mataram pessoas que consideravam ser inimigas do estado.

Deus protegeu Elias junto ao ribeiro de Querite. Deus enviou-lhe ali porque ele não podia estar envolvido com a sociedade. Ele foi excluído. Ele não podia comprar nem vender. Ele estava sob interdição, e Deus sabia que não sobreviveria para cumprir o Seu propósito a menos que fosse protegido. Deus tinha uma obra para ele fazer. Aquilo que Cristo fez por Elias, fará por Suas fiéis testemunhas nos últimos dias pelo tempo que for preciso.

Ouçam o que o livro Maranata diz na página 268: “Durante a noite passou diante de mim uma cena muito impressiva. Parecia haver grande confusão e o conflito de exércitos. Um mensageiro do Senhor estava em pé à minha frente, e disse: ‘Chame sua família. Eu a guiarei; siga-me.’ Ele conduziu-me por uma escura passagem, através de uma floresta, e depois através das reentrâncias das montanhas, e disse: ‘Aqui você está segura.’ Havia outros que foram conduzidos a esse abrigo. Disse o mensageiro celestial: ‘O tempo de angústia sobreveio como um ladrão à noite, conforme o Senhor vos advertiu que sucederia.‘”

Como vocês podem ver, a proteção de Deus continua planejada para as almas fiéis no tempo de angústia, e ultrapassará todos os sistemas de vigilância altamente tecnológicos que estão sendo instalados. Assim como Cristo esteve com os três Hebreus na fornalha ardente, assim como Ele esteve com Elias junto ao ribeiro de Querite, Cristo estará com os Seus fiéis quando eles forem excluídos da sociedade humana e quando os sistemas humanos forem usados contra eles. Quando houver leis religiosas que os oprimam; quando não puderem comprar ou vender; quando não tiverem onde se esconder; Deus proverá refúgio e os sustentará. Será provavelmente em lugares incomuns, mas será um refúgio. E eles poderão estar em comunhão com Deus em seu refúgio.

Para entendermos o meio de sustento de Deus, precisamos entender um pouco sobre como Ele sustentou Elias. Onde vocês acham que os corvos encontraram o alimento que trouxeram a Elias? Deus poderia ter falado e o pão apareceria no bico dos corvos. Mas se fosse para Deus fazer isto, por que não somente falar para que o pão e a carne aparecessem na frente de Elias? De certo modo, não creio que isso tenha acontecido. Minha imaginação contempla uma cena diferente. Sabem que somos instruídos a fazer isso: ao lermos as histórias da Palavra de Deus, nós devemos nos colocar no lugar das pessoas envolvidas. Imaginem seus pensamentos e sentimentos. Imaginem as circunstâncias e comparem-nas com nossos tempos.

Deus pode e faz milagres quando for para o melhor interesse de Sua causa. Mas Deus, na maioria das vezes, utiliza os simples elementos de Sua criação para fazerem sua parte protegendo e sustentando o Seu povo. Ele utilizou o ribeiro para Elias beber e a floresta para escondê-lo do maligno rei. Ele utilizou os corvos para encontrar o pão e a carne e para trazê-los ao profeta a cada dia.

Havia um local em todo Israel onde, com certeza, tinha alimento. Este seria o palácio de Acabe e Jezabel. Lembrem-se de que havia muitas pessoas comendo naquele palácio. Havia 450 profetas de Baal e 400 profetas dos bosques, os quais comiam à mesa de Jezabel (1 Reis 18:19), assim como suas famílias, sem dúvida. Havia ainda a família real, que provavelmente tinha muitos servos, suas famílias e outros. Quem sabe houvesse mais de 1000 pessoas comendo todos os dias no palácio, talvez 2000. Enquanto a nação sofria com a severa seca, Acabe e seu palácio tinha muito que comer. Ele tinha uma despensa muito grande.

E sendo que provavelmente não houvesse um salão de jantar grande o suficiente para alimentar todas aquelas pessoas, elas provavelmente tinham que comer do lado de fora sob qualquer sombra ou cobertura que encontrassem. Eles não tinham grandes centros de convenções como temos hoje para serem capazes de alimentar duas mil pessoas.

E aqueles corvos incômodos e famintos sempre estavam presentes. Eles sempre tentavam pegar o pão e a carne da mesa antes que alguém viesse e se assentasse para comer. Ou eles entravam na cozinha quando os cozinheiros não estavam olhando e pegavam um pequeno bocado. Mal sabiam Acabe, Jezabel e os profetas de Baal que aqueles corvos provavelmente sairiam dali para alimentar Elias. Os meios de Deus não são maravilhosos? Ele usa até mesmo Seus inimigos para beneficiar o Seu povo.

O comportamento de Acabe é clássico. A maioria dos líderes atuais, mesmo em países democráticos, tomam para si privilégios que não estão disponíveis ao público geral. São independentes e privilegiados, mesmo que promovam programas sociais de subsistência para o povo ou que o mantenha dependente do governo. Por exemplo, o Congresso dos EUA desfruta de um plano de saúde de primeira classe, mesmo que o restante da nação esteja sendo forçado a estar sob um sistema de saúde socializado nada generoso.

Acabe não foi exceção. Entretanto a seca foi tão severa, especialmente depois dos primeiros anos, que até ele estava sendo afetado. Estava perdendo seus bens, animais, cavalos, vacas e outras coisas, a torto e a direito. Vocês acham que tempos difíceis como esses podem sobrevir ao seu país? Secas são comuns em nossos dias. Nos anos recentes tem havido secas severas na China, Rússia, Estados Unidos, África, etc.

O fato de Acabe ter, de forma egoísta, ajuntado alimento para si e para todos aqueles fanáticos religiosos que estavam promovendo falsa adoração não fez com que Deus deixasse de prover a Elias. Deus tem milhares de meios de cuidar do Seu povo fiel e Ele pode prover a partir das próprias mesas de seus opressores. Não se esqueçam de que Obadias era o governador do palácio e Ele temia a Deus. Quem sabe ele fosse um dos 7000 que não dobraram os joelhos a Baal. Ele estava encarregado da despensa de Jezabel e estava alimentando secretamente 100 dos servos de Deus escondidos em uma caverna. Onde ele conseguiu o alimento para levar à noite à caverna. Sem dúvida era do próprio depósito de Jezabel. Quão irônico. A própria pessoa que estava matando os profetas do Senhor provia-lhes alimento involuntariamente por meio de alguém que ela confiava. E se Jezabel alimentava todos aqueles profetas do paganismo, Deus certamente podia usar parte do alimento para Seus próprios servos. Afinal de contas, pertencia a Ele de qualquer forma. Ele podia fazer com o alimento o que bem entendesse.

Com o tempo, as fontes naturais que abasteciam o ribeiro Querite secaram. Mas Deus não se esqueceu de Elias. Tinha um plano para ele. Na realidade, Deus poderia, miraculosamente, ter feito com que aquelas fontes continuassem incessantemente. Ele controla todas as fontes de água do mundo. Mas Deus não fez isso. Ele tinha um propósito ao deixar o ribeiro secar. O que vocês acham que foi esse propósito? Teria sido para colocar Elias em contato com uma pessoa que ansiava por uma vida melhor, e queria conhecer o Deus de Israel? É isso mesmo. Era para ganhar uma alma.

Agora deixe-me fazer uma pergunta: Vocês pensam que Elias ficou aborrecido quando o ribeiro secou e ele não podia mais beber dele? Acham que ele entrou em pânico? Acho que não. Penso que Deus permitiu que o ribeiro secasse para que Elias se perguntasse o que Deus faria a seguir. Às vezes, Deus permite que perplexidades apareçam em nossas vidas apenas para fazer que pensemos no dilema e confiemos nEle para uma solução. Mas se ficarmos aborrecidos e ansiosos, e se murmurarmos contra Deus, não aprendemos a lição, aprendemos?

Aposto que Elias se perguntou o que Deus tinha planejado para sua sobrevivência. Suspeito que ele orou e perguntou a Deus o que fazer a seguir. Sabem, Elias foi um homem de oração. E se vocês quiserem sobreviver ao conflito vindouro e estar protegidos de todos os avanços altamente tecnológicos que em breve serão postos em ordem contra o povo de Deus, têm que ser também homens e mulheres de oração. Sua vida de oração tem que ser forte e consistente. Quando houver um problema, voltem-se primeiramente a Deus em oração e então usem o cérebro que Deus lhes deu para procurar uma solução.

E Deus não deixou Seu servo desamparado. O ribeiro Querite secou, mas o cuidado de Deus para com Seu servo nunca cessou. 1 Reis 17:8 e 9: “Então veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo: Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.”

O quê? Ir àquela nação pagã? Deve ser uma brincadeira! Foi bem dali que veio Jezabel. Eles estavam em aliança com Acabe para encontrar Elias. Também sofriam com a seca. O que Deus estava pedindo-lhe para fazer. Não havia espias em Sidom? Não havia todo um sistema de informantes trabalhando, assim como em Israel, para descobrir se Elias estava na terra de Sidom?

Mas Elias não questionou a Deus. Apenas obedeceu a Sua voz. A Bíblia simplesmente diz que ele se levantou e foi a Sarepta (1 Kings 17:10).

Mas antes de sairmos do ribeiro Querite, pensemos por alguns instantes naquele ribeiro seco. O ribeiro seco era um símbolo das coisas espirituais. Representava a condição espiritual de Israel por causa da seca de apostasia nacional imposta por Acabe e Jezabel. À medida que o povo voltava as costas para Deus, tinham cada vez menos interesse pelas coisas espirituais, assim como o ribeiro que secava gradualmente. Eles perderam aos poucos o desejo pela verdade até que se encontraram tão secos quanto o ribeiro Querite e todas as outras nascentes, rios e fontes de água de Israel. Mas embora Deus tenha trazido uma seca sobre a terra, foi por causa do Seu amor e cuidado pelo Seu povo que Ele fez com que isso acontecesse. Queria que entendessem os princípios do céu. Queria que compreendessem a plenitude de Seu propósito para eles. Mas sob Acabe e Jezabel isto era impossível. Quando Deus pune ou traz Seus juízos sobre o povo é porque Ele quer despertá-lo da seca espiritual.

O ribeiro seco também representava as almas secas de Sidom, particularmente de Sarepta, cuja sede não podia ser saciada pela filosofia pagã e pela falsa adoração. Amigos, o ribeiro seco de Elias também representa o mundo atual, cujos cidadãos não estão cientes de que estão rapidamente aproximando-se do fim dos tempos e que o mundo está correndo de forma veloz para a destruição. Representa almas a quem vocês, como o terceiro Elias, devem encontrar e advertir acerca da breve vinda de Cristo e da necessidade urgente de preparação. Oh! Amigos, não passem por alto o ribeiro seco.

Elias ao contemplar o que Deus faria a seguir, sem dúvida pensou nas almas sedentas que não faziam ideia de como alcançar a salvação. Pensava ser o único servo do Senhor, mas seu fardo era para com almas perdidas de Israel.

Ele se levantou do ribeiro seco e dirigiu-se a uma mulher desesperada que estava espiritualmente seca e com sede da verdade. Deus estava preparando esta humilde mulher para algo muito especial. Deus não o enviara às viúvas de Israel. A maioria delas, sem dúvida, temia Acabe; hesitariam em convidá-lo aos seus lares. Quando Jesus comentou sobre isso em Lucas 4:25 e 26, simplesmente destacou que havia muitas viúvas em Israel naquele tempo, mas que Deus não enviou Elias a elas. Se assim fizesse, a notícia se espalharia e Elias, assim como essas mulheres, estariam em perigo. Elas também estavam provavelmente desesperadas, mas quem sabe talvez não estivessem prontas para obedecer. Deus enviou Elias como Seu primeiro profeta aos gentios, para abençoar esta mulher com a mensagem e o poder de Deus.

Tenham em mente que João Batista também foi enviado aos gentios assim como à casa de Israel. O terceiro Elias deve fazer o mesmo. Elias foi expulso de sua pátria. Eles tinham adotado todas as práticas e rituais da adoração pagã, e Israel tornara-se pior do que eles. Então, Elias foi enviado aos gentios para ensiná-los a verdade de Deus, assim como os apóstolos foram instruídos a fazer séculos mais tarde. Veja Atos 18:6.

Mas por que mais Deus enviou Elias a Sidom? Lá era o lar de Jezabel. Era o próprio trono da falsa adoração. Vocês acham que Deus enviará alguns dos que fazem parte do terceiro Elias bem ao coração da falsa adoração em nossos dias para trazer almas humildes à luz da verdade? Temos que dar a mensagem de advertência: “Sai dela povo meu…”. Isso sugere que temos que ir aonde eles estão para encontrá-los. Acho muito interessante que embora Jezabel fosse a maior inimiga humana de Elias, Deus o enviou a seu país para encontrar refúgio. A sociedade de vigilância de Jezabel falhou em notar que Elias fora ao seu próprio país para ali ensinar uma humilde mulher sobre o Deus do céu a quem Jezabel desprezava. Deus não é fantástico? Não precisamos nos preocupar com nada. Ele tem tudo sob controle. E Ele sabe como operar através de maravilhosos meios para trazer a verdade àqueles que não O conheciam.

E sua anfitriã? Esta mulher não estava entre os ricos comerciantes ou os grandes homens de Sidom. Ah! Não! Esta mulher era tão pobre nos bens deste mundo que não tinha um servo para cortar a lenha para ela. Ela mesma tinha que apanhá-la. Ela estava mais em condições de receber esmolas e caridades do que de hospedar um estranho. Ela não ocupava uma elevada posição como Obadias, o qual alimentara os obreiros bíblicos do Senhor em uma caverna. Ela era uma mulher humilde da casta mais baixa da sociedade. Ela não era educada, mas sim pobre de espírito. Ela não era sofisticada, mas sim humilde e ensinável. Mais uma vez Deus revela que pode usar as coisas fracas e loucas do mundo, e honrá-las com a Sua presença. Isso não é precioso, meus amigos? Deus quer honrá-los com a Sua presença, mas vocês têm que ser pobres de espírito assim como foi esta mulher. Deus é um Deus dos pobres e das viúvas. Ele é um Deus daqueles que não têm marido ou esposa. É um Deus daqueles que sentem sua desesperada e extrema necessidade dEle.

Leiamos o que aconteceu em 1 Reis 17:10-12: “Então ele se levantou, e foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou, e lhe disse: Traze-me, peço-te, num vaso um pouco de água que beba. E, indo ela a trazê-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me agora também um bocado de pão na tua mão. Porém ela disse: Vive o SENHOR teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela, e um pouco de azeite numa botija; e vês aqui apanhei dois cavacos, e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos, e morramos.”

Que história trágica! Eis aqui uma mulher que não conhecia o Deus de Israel. Estava desesperada e se entregara ao seu destino. Estava em seu último extremo. Ela sabia que estava perdida. Sabia que estava sem esperança. Sabia que não tinha nenhum auxílio ou solução para o seu problema. Foi bem nesse ponto que Deus enviou-lhe um homem a quem usou para levá-la a Cristo. Pessoas em crise, meus amigos, são as que Deus pode alcançar. Não têm para onde se voltar. Vocês são os instrumentos de Deus para prestar auxílio ao desamparado, esperança ao desesperançado, e gozo ao sofredor. É disso que a Bíblia fala quando diz em Malaquias 4:6 que Elias, o terceiro Elias, “converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais…”. Esta é uma obra espiritual de reconciliação entre o homem e Deus, e entre nossos semelhantes.

Permitam-me compartilhar isto: Esta mulher sabia quem era o Deus verdadeiro. Ela reconheceu o Deus vivo de Israel: “Vive o Senhor teu Deus…”, disse ela. Mas ela não era uma seguidora do Deus de Israel. Há uma grande diferença. Ele não era o seu Deus. Mas pelas suas palavras, era óbvio que ela respeitava o Deus de Israel e estaria, quem sabe, aberta a aprender mais. Elias não deixou isto passar por alto. E quando ela disse que comeria o que restara com seu filho e morreria, isso deve ter tocado o coração desse homem de Deus.

Vejam como Deus orquestrou tudo isso. Ele a trouxe ao portão da cidade no exato momento em que Elias ali chegou também. Ele levou Elias para lá para sustentá-lo tão miraculosamente quanto fizera por meio de corvos. Deus permitiu que esta pobre mulher viúva chegasse ao ponto de fome e desespero para que seu coração estivesse aberto à Sua palavra através deste profeta. Seus corações estão abertos à palavra de Deus por meio de Seu profeta, meus amigos? Ou vocês têm mais do que podem comer? Vocês têm fome e sede de justiça, ou tentam se satisfazer com as migalhas deste mundo? Amigos, a menos que sintam fome e sede de Cristo, não desejarão a palavra de Deus. Se preencherem a mente com as coisas deste mundo, como esportes, entretenimento e música mundanos, nunca desejarão a verdade de Deus.

A mulher não reclamou ou discutiu com a providência divina que trouxera a seca. Quando Elias pediu-lhe água, embora esta fosse escassa, e naquele momento provavelmente valendo boa quantia de dinheiro, ela não hesitou, mas foi buscá-la. Ela não perguntou a Elias o que daria por ela, apenas virou-se e foi buscá-la. Ela não mencionou que ele era um estranho. Ela não usou a fome como desculpa. Ela não lhe disse que tinha coisas mais urgentes para fazer do que atender ao seu pedido. Ela simplesmente parou de juntar gravetos e foi buscar água para ele. Isso foi verdadeira hospitalidade. Hospitalidade é um princípio divino que não pergunta se a pessoa é digna ou se será um incômodo. Apenas pergunta se há uma necessidade.

Elias estava testando-a. Este foi o primeiro de vários testes. Ele estava tentando ver que tipo de mulher ela era. Deus nem sempre nos diz tudo de antemão. Nós aprendemos prestando atenção. Ao testá-la, estava preparando-a para o próximo teste. É assim que Deus trabalha conosco. Ele nos dá um pequeno teste de fé e confiança, então nos dá outro, e outro, e outro até que estejamos acostumados a obedecer aos Seus mandamentos. Aprendemos a confiar que Seus mandamentos podem ser executados pelo Seu poder.

Ao sair para buscar água, Elias a chamou para pedir um pouco de pão. O nível dois foi um pouco mais difícil para ela. Chegara ao seu extremo. Mas Elias fez-lhe este pedido para ver se ela estaria disposta a obedecer.

O primeiro teste foi simples. Mas este requeria algum trabalho e bastante sacrifício. Sua observação não foi tanto falta de fé quanto uma explicação de sua situação desesperadora que, até então, Elias não entendia. Foi uma prova de fé atender ao seu pedido, e ela pensou que seria melhor informá-lo sobre suas circunstâncias extremas. Ela não tinha nada para oferecer-lhe a não ser o último bolo que estava preparando para assar para si mesma e seu filho antes de morrerem. Dar aquilo a Elias era algo muito custoso para ela. Sua última refeição estava sendo pedida por aquele estranho, este homem de Deus de Israel. Como poderia o Deus de Israel pedir-lhe tal coisa quando a seca que Ele mesmo causara a colocara em tal extremo? Seria Ele um Deus de amor? Seria possível confiar nEle? Mil emoções e sentimentos devem ter passado em seu coração ao explicar em perplexidade seu caso a Elias. Todavia, ela não expressou dúvida. Apenas revelou suas circunstâncias. Não murmurou. Apenas explicou. É como se ela estivesse tentando testar a Deus em retorno.

E esta é a natureza dos testes. Muitas vezes eles têm dois lados. Deus nos testa para ver se confiamos nEle. Nós testamos a Deus para ver se Ele é confiável.

Elias viu isto e ainda foi além. Notem o que ele disse a ela em resposta à angustiada história de aflição. Versículos 13 e 14 dizem: “E Elias lhe disse: Não temas; vai, faze conforme a tua palavra; porém faze dele primeiro para mim um bolo pequeno, e traze-mo aqui; depois farás para ti e para teu filho. Porque assim diz o SENHOR Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará até ao dia em que o SENHOR dê chuva sobre a terra.”

Elias acalmou sua ansiedade: “Não temas”, disse com delicadeza. Estas palavras foram para ela um doce bálsamo ao seu coração ansioso. Eis aqui uma mulher cuja vida estava para findar. Mas Elias acalma seus temores. Quantas vezes durante a vida de Jesus Ele disse: “Não temas?” E não é isso o que Jesus diz a nós? Quando estamos em nosso extremo, quando parece não haver saída, Jesus diz: “Não temas. Estou contigo. Não temas, não há nada que eu não tenha sob controle. Não temas, Eu tenho todo o poder e posso suprir todas as tuas necessidades. Não temas, Eu posso tomar conta do passado e do futuro para ti. Deixe comigo.”

Esta mulher ouvira acerca do Senhor Deus de Israel. A fama de Elias deve ter se espalhado pelas nações circunvizinhas. Após tudo isso, Acabe obteve um juramento da parte deles de não estarem refugiando Elias explicando-lhes as consequências de tal ato. Agora, ela é confrontada com uma promessa do próprio Deus de Israel que causara a seca. Mas esta foi uma promessa de sobrevivência. Reclamaria ela a promessa e agiria segundo as instruções do profeta? Será que o Deus de Elias se tornaria seu próprio Deus? Vejam bem, quando aceitamos e reclamamos as promessas de Deus para nós, então também aceitamos Aquele que as deu. Ele se torna o nosso Deus. Quando obedecemos a Sua palavra, Suas promessas passam a ter efeito. E quando estas promessas se concretizam em nossas vidas, nós então passamos a adorá-Lo em vez de nós mesmos. Ah! Se o próprio povo de Deus tivesse seguido as instruções de Seus profetas. Ah! Se o próprio povo de Deus desviasse o coração dos Baais e voltasse ao seu Pai, Deus, o verdadeiro sustentador da vida. Esta mulher era uma adoradora de Baal. Era uma pagã. Mas seu coração estava aberto e Deus viu isso e enviou Elias.

Deus prometeu-lhe vida ao invés da morte. Não é isso que Deus sempre promete? Estamos mortos em ofensas e pecados. Estamos em uma seca espiritual e, assim como esta mulher viúva, não temos esperança de sobrevivência. Mas Cristo nos oferece vida. Ele promete que viveremos se seguirmos as Suas instruções e obedecermos as Suas palavras. Ele oferece perdoar nossos pecados. Este é o evangelho no Antigo Testamento. Elias foi um profeta do evangelho.

Com Elias hospedado no lar desta pobre e destituída mulher, Deus a recompensaria ricamente com milagres diários até que a chuva voltasse. E se ela aceitasse a graça de Deus, Ele lhe concederia a vida eterna. Deus sempre nos gratifica, não é mesmo? Se não for nesta vida, a recompensa será rica no céu. Não sabemos o que aconteceu com a mulher após Elias tê-la deixado. Então, teremos que esperar até a eternidade para descobrir. Mas se ela estiver lá, sem dúvida estará cantando louvores ao Deus de Israel.

Deus disse que Ele ordenara que a viúva sustentasse Elias. Sabem o que isto significa? Significa que Ele fez com que ela quisesse e fosse capaz de cumprir a vontade de Deus. Todo mandamento de Deus vem acompanhado de poder capacitador. Em Parábolas de Jesus, página 333, temos esta poderosa declaração: “Colaborando a vontade do homem com a de Deus, ela se torna onipotente. Tudo que deve ser feito a Seu mando pode ser cumprido por Seu poder. Todas as Suas ordens são promessas habilitadoras.”

Deus não lhes pede para fazer algo que Ele não esteja disposto ou não seja capaz de cumprir, se vocês cooperarem com Ele. Todas as instruções da palavra de Deus vêm com poder para executá-las.

Vocês acham que isso é o que Deus quer fazer nestes últimos dias com vocês e comigo? Vejam bem, Deus quer comissioná-los como parte do terceiro Elias e usá-los para trazer uma mensagem de esperança e sobrevivência para as pessoas deste mundo que têm fome e sede por algo muito melhor do que possuem. Ele quer usá-los para dizer a essas pessoas, que vivem em uma sociedade opressora em meio a um tempo muito difícil, para não temerem. Ele quer usá-los para dar coragem e esperança àqueles que temem e tremem diante dos poderes terrenos. Esta é sua missão.

Versículo 15: “E ela foi e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias.”

Ah! Mulher, grande é tua fé. Fé que não se encontrou em Israel. Ela considerou a palavra do profeta um fato, que fazendo o que ele disse ela não perderia nada. E a promessa foi cumprida.

Imaginem o que aconteceu. Esta mulher assou um bolo para Elias e trouxe para ele. Então ela voltou para casa, e eis que havia mais óleo na botija e mais farinha na panela. Vocês podem imaginar a alegria em seu coração ao pegar aquele precioso óleo, a preciosa farinha e assar outro bolo para o filho, e ainda mais um para si mesma? E então na manhã seguinte foi ver novamente e havia ainda mais óleo e farinha para fazer pelo menos mais três bolos. E toda manhã, dali em diante, havia o suficiente para o dia.

Versículo 16: “Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou; conforme a palavra do SENHOR, que ele falara pelo ministério de Elias.”

Amigos, isso é o que acontece quando você estuda a palavra de Deus, o pão da vida. Há apenas o suficiente para aquele dia. Vocês descobrirão que ao passar tempo com Deus por meio de Sua palavra, Ele alimenta-lhes a alma, mas apenas o suficiente para um dia. No dia seguinte é preciso voltar à botija de azeite e à panela de farinha para obter mais comida espiritual. E ao fazerem isso, têm que cooperar com Deus para receberam a Sua bênção. Primeiro, têm que juntar os ingredientes: um pouco de farinha, que representa Cristo, e um pouco de azeite, que representa o Espírito Santo. Notem que a mulher não usou mais nenhum ingrediente. Ela estava fazendo pão não levedado, o qual representa o corpo partido de Cristo na cruz. Isso é comida de verdade, meus amigos. Isso é o evangelho no Antigo Testamento. Elias estava ensinando a esta mulher uma poderosa lição do evangelho acerca de Cristo. Ele era verdadeiramente um profeta do evangelho.

Assim é com vocês e comigo. Guiados pelo Espírito Santo, vocês coletam um versículo daqui, um versículo dali, e outros versículos ainda de outras partes. Vocês misturam-nos bem e amassam até chegar a uma textura e sabor ricos. Esta foi uma lição de cooperação com Deus. Deus supriu a farinha e o óleo. Ele supriu Cristo e o Espírito Santo. Era o papel da mulher uni-los com as mãos que Deus lhe deu, e é assim que devemos fazer. A Bíblia existe para que a estudemos. Devemos usar nossas mentes para meditar nela e aplicar os seus princípios.

Esta é uma lição de cooperação com Deus. Deus provê o alimento espiritual, mas temos que trabalhar para torná-lo apetecível e nutritivo. Esta é a lição que aprendemos da viúva que cooperou com Deus em Sarepta. Elias levou-lhe o evangelho, mas não fez tudo por ela. Oh! Amigos, vocês não querem se alimentar vários dias da palavra de Deus? Vocês estão espiritualmente famintos? Abram a Bíblia. Deixem que Deus os sacie ricamente.

Sabem o que mais aprendemos com esta história? Aqui está, ouçam atentamente. Se quisermos a bênção miraculosa de Deus, temos que primeiro devolver a Deus as coisas temporais que Ele nos dá. Com o dízimo e as ofertas apoiamos Seus servos e ministros fiéis, então utilizamos o restante para nossas próprias necessidades. Acredito que a viúva fazia o bolo de Elias primeiro todas as manhãs durante todos aqueles dias antes de fazê-los para si mesma e para seu filho. Este é o princípio dos dízimos e ofertas. Fazemos isto primeiro. Essa é a nossa prioridade para ensinarmos a nós mesmos: que Deus e Sua vontade vêm antes de qualquer coisa. Mostramos que estamos dispostos a esvaziarmo-nos de nós mesmos para o Seu serviço. Devolvemos a Ele de nossa insignificante renda primeiro, e então teremos Sua bênção em todas as coisas. Isso traz a recompensa.

Mas é mais do que isso. Aqueles que lidam com Deus precisam aprender a confiar: “Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça…”, diz a Bíblia em Mateus 6:33, “e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Confiamos em Sua promessa. Primeiro nós entregamos a nossa porção para as necessidades da Sua obra, então seremos grandemente recompensados. A fé desta viúva, ao agir segundo as instruções do profeta, ao negar a si mesma pela causa de Deus, e ao depender da promessa divina; sua fé foi um milagre direto. A provisão diária de azeite e farinha foi um milagre tanto no reino de Sua graça como no reino de Sua providência terrena. Esta mulher nunca antes experimentara a fé no Deus de Israel. Esta foi sua primeira lição. O cuidado de Deus por ela era imenso. E ela rapidamente aprendeu a confiar nEle e a depender dEle.

Se vocês alguma vez quiserem ser vitoriosos na guerra contra o inimigo, precisam ter a mesma fé miraculosa. Ao usar do azeite e da farinha a cada dia, mais era provido pelo poder divino. Quando você usa algo, o volume diminui, correto? Não sob a bênção de Deus. O uso gera aumento. Quando vocês se entregam para Deus, sua força aumenta. Quando vocês dão, a Bíblia diz: “ser-vos-á dado”, Lucas 6:38. Ouçam Provérbios 11:24: “Ao que distribui mais se lhe acrescenta, e ao que retém mais do que é justo, é para a sua perda.”

A farinha e o azeite se multiplicaram, não acumulando, mas gastando. Então, não acumulem seus bens ou seus talentos, mas usem-nos na causa de Deus e eles aumentarão.

Agora, pensem nisso. Quando junto ao ribeiro Querite, Elias foi sustentado com pão e carne. Mas na casa da viúva, ele foi sustentado com pão e azeite. Isto mostra uma progressividade nos princípios de saúde. Quanto mais andarmos com Deus, mais simples nossa dieta se tornará. Deus, em Sua providência, revelou através de Elias como os “Elias” subsequentes viveriam. Elias não comeu carne quando hospedado com a viúva. Aqueles que não conseguem viver sem carne não poderiam ter se hospedado com Elias no lar da viúva de uma forma satisfatória, e assim não teriam experimentado os milagres diários ocorridos ali.

João Batista, o segundo Elias, também não comia carne. Ele se alimentava de alfarroba e mel no deserto. Embora traduzida como “gafanhotos” em muitas versões da Bíblia, trata-se da planta “alfarroba”, não de um inseto, como alguns pensam por engano.

A lição é clara. Aqueles que querem fazer parte do terceiro Elias um pouco antes de Jesus voltar não comerão carne. Serão vegetarianos. Se não puderem viver sem carne, não receberão de Deus o espírito e o poder de Elias (Lucas 1:17 e Malaquias 4:6). Então, meus amigos, se vocês quiserem fazer parte disso, tirem a carne de entre os dentes. Não precisam dela. Precisam muito mais do Espírito Santo. A carne faz mal à saúde. Também prejudica a mente e reduz nossa habilidade de ouvir a voz do Espírito Santo.

O mesmo se dá com o vestuário. Simplicidade no vestuário é muito importante para o povo de Deus nos últimos dias se este quiser glorificar a Deus e se afastar da vanglória em si mesmo. Elias vestia vestes simples, que eram as vestes utilizadas pelos profetas antigos (Veja Profetas e Reis, página 121). Assim fez também João Batista, cujas vestes eram feitas de pele de camelo (Mateus 3:4). Eles são exemplos para nós, o terceiro Elias. Os mensageiros de Deus, tanto homens como mulheres, nos últimos dias, também serão cuidadosos em vestirem-se de forma simples e modesta.

A viúva teve alimento para dois anos como recompensa por aquele bolo que fez para Elias primeiro. O Salmo 37:18 e 19 diz: “O SENHOR conhece os dias dos retos, e a sua herança permanecerá para sempre. Não serão envergonhados nos dias maus, e nos dias de fome se fartarão.”

Amigos, nós não devemos viver com medo da Nova Ordem Mundial e de todos os seus métodos de controle. Abram a Bíblia e deixem Deus ensiná-los como pensar e como viver para que estejam sob a Sua proteção na tribulação vindoura. Que Deus os ensine como fazer parte do terceiro Elias.

Oremos: Pai nosso, obrigado pela história de Elias e de como o sustentastes em meio a um governo opressor, e o usastes para ganhar uma alma para o Deus do céu. Precisamos da fé de Elias. Precisamos da vida de oração de Elias. Alimenta-nos ao estudarmos a Tua palavra. Revela-nos as suas riquezas e a sua plenitude. Mostra-nos nosso papel como terceiro Elias nos últimos dias. Dá-nos Teu Espírito e ajuda-nos a viver assim como ele viveu. Que vivamos de tal forma que outros vejam nosso amor por Deus e pelo nosso semelhante. No precioso nome de Jesus, Amém.